25 de maio de 2012

EVOLUÇÃO REQUER A SOCIEDADE



Adriana Teixeira Simoni

O assunto lixo vem sendo discutido em muitos dos meios de comunicação, numa  busca incansável de  soluções para o  descarte do lixo, isso chega a ser incompreensível, pois  algo que comprovadamente agrega tanto valor, entretanto  as soluções no seu   destino  correto  fazem tantos rodeios.

A questão é profundamente preocupante, pois se afunila nas exigências advindas de novas normas e legislações que impõem data limite para soluções quanto ao fim dos lixões e cobram destinação adequada dos municípios brasileiros. Paralelamente aumenta a produção lixo ao mesmo tempo que  a população anestesiada pelas artimanhas do capitalismo se deixa cair nas armadilhas do consumo fácil,  do consumo descartável.

O fato é que toda e qualquer iniciativa referente a soluções quanto ao lixo devem incluir a sociedade e incluí-la efetivamente, pois não é aceitável com tudo que é falado, discutido e difundido nas mídias se encontrar parte dessa sociedade descomprometida e sem participação nas questões envolvidas com a preservação ambiental. Não basta só levar a sacola retornável ao supermercado para se dizer agente ambiental.

Quando se fala em comprometimento dessa população no assunto destino correto do lixo se evidencia a necessidade da evolução dessa sociedade para lidar com o lixo para lidar com algo de alto valor agregado, onde é possível extrair energia, geração de renda com a saída da miséria para muitas famílias além de economia dos recursos naturais, a famosa sustentabilidade.

A população precisa estar consciente de sua importância nesse processo relacionado ao destino do lixo urbano, e do reciclável,  pois  antes de qualquer investimento pelo município em qualquer das tecnologias  disponíveis para dar o fim  adequado ao lixo,  desde que a  tecnologia elegida não venham a prejudicar o ambiente a sua volta , a população  precisa ajudar separando  o  lixo reciclável do lixo orgânico possibilitando assim  o sucesso desse plano.

As cooperativas de recicladores quando conveniados a prefeituras onde um apóia o outro, a coleta seletiva pode ser bastante incrementada aumentando consideravelmente o lixo reciclável recolhido e encaminhado a geração de renda, livrando assim  o município de despesas inúteis com a disposição  final desse material “rico”  proporcionando um ganho socioambiental  fantástico.

Presenciei um dia de coleta de lixo num  bairro  de classe média alta,  eram umas 19h00 onde praticamente em todas as lixeiras havia uma infinidade de produtos recicláveis misturados entre outros lixos contaminados dispostos para  a coleta urbana levar. Fato que revolta,  pois já tem anos em que a cooperativa  de recicladores recolhe em dia específico da semana. Custa a sociedade  colaborar e separar para eles? Lógico que não! Mas é o que ocorre. 

Esse lixo “rico” demorará muitos anos para decompor e com esse destino irresponsável ou descomprometido acaba deixando de garantir o sustento de algumas famílias. Esse comportamento foi notado num bairro de classe média alta, porém   se fosse num bairro de baixa renda com certeza o preconceito daria outras explicações...

Vamos cuidar do nosso lixo e cobrar do poder público uma destinação adequada. Cada um fazendo a sua parte  logo chegaremos a evolução!


Por mais que tento me distanciar do assunto "LIXO" mais me aproximo....creio que hoje o que permeia minhas preocupações é a questão do "lixo" e as responsabilidades com ele envolvidas...


Fantástico é a frase em que fala de " lixo e luxo " pois é a verdade , o "lixo" possui uma série de riquezas que uma hora serão descobertas e virarão disputa entre muitos empresários....EU ACREDITO NISSO  E VOCÊ ?

16 de maio de 2012

DESTRUINDO FLORESTAS beneficiando classes





Adriana Teixeira Simoni

O  atual texto do Código Florestal aprovado em 25 de Abril,  após três anos de discussões nada mudou, pois o que tiraram de um lado de  proteção ao nosso planeta,  logo  outro texto, outro parágrafo e descaradamente  mudou na direção dos defensores do agronegócio. Os  ruralistas se mantiveram firmes em defender  os  desmatamentos já feitos bem como os futuros. Um texto que permite interpretações diversas e terrivelmente preocupantes quando a saúde e a sustentabilidade do planeta.

Nesses anos de discussões para decidir a sustentabilidade, decidir o prolongamento e a preservação de nossa existência enquanto seres que necessitam antes de qualquer “tablet” ou celular, de espaço saudável para habitar, de ar puro para respirar, de água para beber... Porém grita um ruralista: - Você precisa comer também, logo a agricultura precisa se expandir. Ora me poupem de tamanha expressão clara de falsa preocupação com a fome da humanidade.

Esse novo Código Florestal além de avançar nas Apps, também obscuramente inverte papeis com anistias absurdas que transforma desmatadores como compassivos da fome no mundo, como se esses distintos fossem salvar a humanidade, quando na verdade estão defendendo sua própria classe ao custo do desequilíbrio ambiental, ao custo de um futuro tenebroso com escassez de água, destruição de rios e  com o crescente e temido aumento da temperatura planetária.

É evidente a insistente defesa do agronegócio nesse processo de renovação do novo Código Florestal, fato que expõe da forma mais bárbara a condição de preservar ganhos com a invasão das Apps e também na ganância de não repor  os danos ocorridos com  as florestas, ajuizando na defesa que o uso da terra há muito vem desequilibrado e mal administrado  aproveitando-se  disso   como aval para a  manter anistia aos desmatares, transformando-os  em coitados e vítimas da má gerência do  uso da terra que ocorreram no passado como se isso fosse o sinal verde para seguir desmatando.

Preocupante quando se percebe que houve 274 votos a favor, 174 contra, demonstrando que  estamos nas mãos de perdulários do planeta, dilapidadores de nosso florestal, pois se passaram anos de discussões e pouco se fez na defesa da vida, o que se percebeu com  essa votação foi apenas a defesa de uma classe numa demonstração de poder  e apadrinhamentos.

Ambientalistas, cientistas e o governo haviam se manifestado a favor da aprovação das mudanças feitas pelo Senado  mantendo o equilíbrio ambiental e produtivo, porém novamente foram todos ignorados e partes importantes do texto foram suprimidas. Percebeu-se que o plenário estava decidido a afundar nossas florestas na ambição pessoal de uma classe implicada com o agronegócio. Tal fato pode complicar a posição do anfitrião na Rio + 20 , pois caso seja aprovado desta  forma  o código Florestal demonstrará que o Brasil não está muito empenhado com o desenvolvimento sustentável.

Não basta sermos donos da maior floresta do mundo, precisamos unir forças para garantir continuarmos sendo os donos da maior floresta conservando-a como o maior patrimônio do mundo. Para tanto aguardemos que a Presidenta Dilma vete por completo esse código florestal lhe garantindo também um desgaste menor nas exposições da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) que acontece  no Rio de Janeiro em Junho.

12 de maio de 2012

Natureza mãe, ou Mãe natureza?



Adriana Teixeira Simoni 


Personificada ou não, a natureza é feminina sim, representa a fertilidade sem dúvidas porque da terra ou na terra quase tudo se multiplica (perigosa afirmação), enfim, esse arquétipo feminino rodeado de cultos da fertilidade e de vida alimenta o conceito de que a terra é mãe e é a grande geradora de todo processo de vida do planeta. 

No entanto, se nós humanos somos fruto dessa fertilidade também somos os responsáveis pelo que recompensamos a mãe natureza pela vida que ela nos proporciona. Sendo assim nunca poderemos nos fazer vítimas das revoltas que ela  nos brinda vez ou outra com sua voraz resposta ao nosso comportamento. 

A mãe natureza nos envolve em catástrofes, e desgraças diversas o que para ela é apenas uma maneira verossímil de chamar nossa atenção, mesmo que com essa cruenta forma de nos educar ceife algumas vidas. Todavia essa foi à maneira que ela encontrou de reagir aos males que nós humanos ocasionamos a ela para satisfazer nossos apelos consumistas da modernidade e que pouco nos importamos se alguém ou algo prejudicou. 

Hoje o homem já sabe que a Natureza reage com certa fúria e também com maior frequência sobre os traumas que nosso modo de vida moderno têm infringido aos recursos que ela nos disponibiliza. Por muito tempo se extraiu, explorou a terra achando ser tudo infinito e lucrativo, hoje ainda se tira se suga, porém já se tem conhecimento de que pode acabar e que o preservar é mais lucrativo para o hoje e para o amanhã, porém pouco se faz por isso. 

A mãe Natureza faz questão de avisar que ela é generosa, mas cobra mesmo que tardiamente para manter o equilíbrio vital nos seus ciclos de vida envolvendo toda biodiversidade necessária cuja harmonia e equilíbrio depende a vida humana para sobreviver. 

Contudo somos muitos a condenar à morte o que a nós foi ofertado pela natureza mãe e essa completamente atônita com as indesejáveis fumaças,a poluição jogada nos rios, o uso indiscriminado de seus minerais e a destruição de sua biodiversidade se torna então mais vítima do que Deusa, pois na impossibilidade de manter-se viva aos poucos cede e perde alguma coisa mais de sua criação. 

Confrontamos essas reações da natureza ao nosso comportamento tentando contornar os males que lhe ocasionamos, estudando novos processos, instituindo leis de preservação, educando a humanidade para preservar e diminuir impactos, enfim a Natureza mãe por sua vez aceita e se reinventa nesse novo processo de cura, enquanto a Mãe Natureza continua a aceitar seus filhos redimidos dos males que lhe ocasionaram lhes permitindo continuar a compartilhar de sua criação e assim aproveito para desejar um Feliz dia das Mães!

5 de maio de 2012

CONHECER PARA CONSUMIR





Adriana Teixeira Simoni 

A Atualidade nos enreda em suas articulações e nos transforma para o meio em marionetes consumistas. O perigo não está somente em ser enredado pelo excessivo apelo publicitário, mas também pelo apelo do valor baixo. 

Hoje os materiais usados na fabricação de objetos e utensílios estão cada dia mais frágeis, com a verdadeira intenção de não durarem mesmo, pois o lucro deixaria de existir caso fossem feitos com matéria prima e especificidades para garantirem uma melhor qualidade com conseqüente durabilidade. 

Ora, desta forma ficamos atados a essa cadeia capitalista que nos paga pouco e nos suga por completo fazendo a sociedade consumir sem necessariamente querer. E veja que somos atacados por todas as frentes; se ligamos o rádio lá vem blá, blá ; ao assistir televisão no canal aberto ou TV paga idem, somos bombardeados com propagandas exaustivamente; quietos em casa aguardando os boletos para pagar o já consumido , o que encontramos na caixa de correspondências? Propagandas. Paramos o carro no semáforo e lá vem mais propaganda. 

A propaganda só vem exaustiva no caso de fazer-nos consumir mais, se for para garantir-nos algum direito ela virá bem escondidinha, entre linhas, de forma que, para compreender de fato seu direito você lamentavelmente terá de contratar um advogado pela complexidade em que se torna o reclamar. 

Portanto no momento que desejamos adquirir algo devemos analisar além da aparência física do utensílio, também devemos esmiuçar o material ao qual é fabricado, história da marca, o preço, que tipo de energia e mão de obra usa , como usa e de preferência que esse produto seja ecoeficiente. 

Além desses itens físicos do produto, existe ainda o que está por trás e que hoje se torna algo que agrega muito mais valor ao produto final que é a responsabilidade social da empresa. É interessante procurarmos saber se não emprega trabalho infantil nem escravo, que o uso de recursos naturais seja de forma sustentável, que demonstre sua preocupação em diminuir seu impacto ambiental promovendo ações socioambientais responsáveis. 

Voltando as propagandas, essas em panfletos deveriam ser abolidas completamente, pois se tornam um resíduo pernicioso rolando pelas ruas, pois ao serem colocadas por todos os cantos dos portões e caixas de correspondência, na maioria das vezes é o chão que ganham e posteriormente um bueiro. Talvez devêssemos não consumir nada dessas empresas, pois colaboram com geração de lixo, com desmatamento e poluição das ruas e consequentes enchentes, e são ideia herdada das poluidoras propagandas políticas em épocas de eleição. 

Valorizar empresas responsáveis com questões socioambientais dignifica o produto adquirido e nos proporciona estar contribuindo como um aliado das iniciativas socioambientais dessa empresa escolhida. Logo, estamos também fazendo nossa parte pelo planeta e para a sociedade. O consumo consciente não garante só uma boa aquisição, mas se bem avaliado garante uma sociedade mais justa e um ambiente mais puro.

1 de maio de 2012

DIA DO TRABALHADOR será ?



Adriana Teixeira Simoni



FELIZ FERIADO,

FELIZ DIA DO TRABALHADOR!!!
Os trabalhadores brasileiros comemoram rodeados de “festas” com artistas famosos e também com escândalos políticos que demonstram a promiscuidade presente em todas as esferas públicas do poder . A corrupção aparece a cada dia com requinte diferente desviando dinheiro de investimentos da saúde, segurança, educação e saneamento enquanto isso o trabalhador comemora... “ a falta de creche, a falta de médicos, a falta de escola , a falta de emprego...”

Porém o excesso de demagogias e uma variedade de promessas eleitorais continuam a impulsionar essa roda perfeita de corrupção, porque anestesiado ou cansado o povo brinda com tudo isso sem manifestar sua indignação , apenas reclama e ainda assim engambelado novamente muitos ainda votam ...

Diante dessa roda gigante que envolve a grande MAIORIA dos políticos, é um desafio o trabalhador se manter confiante em buscar o sustento de sua família com honestidade, pois maus exemplos pipocam no horário nobre da sua TV diariamente...



Um Pouco mais  de reflexão:

Por Mirian Sales Oliveira
http://www.msor.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=2588591

Por Sandra UGA
http://uniaoglobaldeatitudes.blogspot.com.br/2012/05/dia-do-trabalhador-o-que-comemorar.html

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