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17 de dezembro de 2011

“LIXOS” PECULIARES



Adriana Teixeira Simoni

Invariavelmente tudo que não queremos mais é considerado lixo.  Porém esse algo que não nos serve que perdeu a beleza, a utilidade, a graça e que se encontra demais em nosso armário, sótão, despensa, que já enfeitou nossa casa e que agora enjoamos, não deve ser considerado necessariamente “lixo”.
Muitas pessoas sentem-se incomodadas de oferecer algo usado a outra pessoa, provavelmente porque ela mesma carrega o sentimento de desprezo por algo que não é novo, que não sai da loja embalado com etiqueta e validade. Lógico que jamais devemos esquecer que este “algo” deve estar em perfeito estado, que ainda funcione, e que apresente possibilidades de uso por outra pessoa ou família.
Esse sentimento de desprezo pelo bem usado acaba fazendo pessoas jogarem na lixeira da calçada de suas casas objetos que poderiam transformar a vida de outras pessoas. Poderiam ser o “algo” mais que falta na vida de muitos por aí.
Já tive oportunidade de ver de tudo durante minhas caminhadas pelas ruas da cidade, mas o que me chamou a atenção em 2009 numa lixeira foi um aparelho ortopédico de tração dorso/cervical ajustável para qualquer tamanho em perfeito estado. Isso prontamente me motivou a pegá-lo e encaminhá-lo a uma instituição que pudesse aproveitá-lo, mas me levou também a pensar porque aquela pessoa que o jogou na lixeira não pensou da mesma maneira? Se de fato instituições filantrópicas penam por recursos esse aparelho seria muito bem vindo, pois afinal poderia ser útil a alguém e sendo assim o receberiam com muito gosto, como o fizeram quando o entreguei para uma fisioterapeuta de uma instituição para crianças.
 Histórias com “lixo” não me faltam, tem também outra vez que encontrei uma cadeira de rodas que necessitava apenas higiene e lubrificação. Bom se o pensamento for de que o catador de reciclagens a levaria, muito bem, porém talvez a levasse para virar brinquedo do filho até acabar-se ou ser vendida como ferro velho, porém penso que ela ainda poderia merecer um final mais digno ajudando alguém temporariamente. E sendo assim, providenciei reparos com a ajuda de um amigo e encaminhei a outra instituição.
Mas tem também um dia mais especial que tem tudo a ver com a época natalina, na qual encontrei uma boneca que estava com o braço arrancado e a cabeça deslocada, porém era um bebê de feições tão perfeitas e de material tão bom que resolvi levar para casa e restaurá-la. Encontrei-a jogada numa rua de terra, molhada pela chuva e suja, o brinquedo foi desprezado por que se encontrava tecnicamente destruído. Porém, ainda vi potencial para um belo brinquedo a uma criança ávida por uma boneca e sem possibilidades de ser contemplada com semelhante.  Reparei-a com um novo corpinho de pano, higienizei, apliquei cheirinho e roupinhas de bebê, acrescentei mais alguns adereços e pronto, ficou perfeita!
Como era inicio do mês de dezembro busquei adotar  uma cartinha na Associação Comercial  de alguma criança que desejasse ganhar uma boneca de presente do Papai Noel e prontamente encontrei  uma menina que estava desejosa de ganhar um bebê que falasse. Foi realmente muito emocionante proporcionar essa surpresa a essa garotinha de oito anos, uma ótima dica para quem quiser fazer uma criança carente acreditar num sonho.
Portanto, neste final de ano haja com peculiaridade com o seu lixo e verá possibilidades de colocar em prática a sustentabilidade, pensando tanto no ambiental quanto no social, pois o que não lhe serve mais hoje pode realizar o sonho de alguém, além de contribuir com um viver mais simples capaz de proporcionar um impacto menos profundo durante a sua caminhada no planeta.

10 de dezembro de 2011

LAÇOS DE SUSTENTABILIDADE



Adriana Teixeira Simoni

Não basta dizer-se sustentável é necessário abraçar-se ao conceito com o objetivo de tocá-lo. Parece utópico tentar tocar um ideal, uma ação onde os dias atuais estão intrínsecos, mas é possível. Hoje  a sociedade lê, ouve, fala sobre esse assunto e muitas vezes nem percebe a importância e a  necessidade de verdadeiramente dar vida a essa ação, a essa ideia de constância com ar de eternidade.

Realmente creio que o momento, a década está extremamente permeada do uso dessa expressão tanto pelo apelo em si de “ecologicamente correto” , bem como pelo reconhecimento da necessidade de se pensar sustentavelmente todas as ações socioambientais do planeta , cujo sentido é promover a constância existencial de toda a diversidade planetária permitindo a existência da humanidade igualmente a todos, sem  tolher de alguns a oportunidade de conhecer ou viver algo desse planeta por pura irresponsabilidade de alguns atravessadores do lucro que menosprezam a todo instante  nossos recursos naturais a qualquer custo.

Nesse  momento se percebe o envolvimento de grande parte da sociedade,  do meio empresarial e governamental  com a temática da sustentabilidade num propósito de querer amenizar danos que foram provocados no passado e que agora mostram-se nos rios, florestas e atmosfera. A ação predatória por muitos anos com intuito de visar o  crescimento do País  fez com que essas ações irresponsáveis degradassem de forma quase que irreversível muito do nosso planeta.

Agora é correr atrás do prejuízo, e não adianta apenas  panfletar ou aderir à marca  mensagens de sustentabilidade e ou publicar páginas inteiras  na imprensa do que sua empresa fez ou deixou de degradar em nosso planeta. Faz-se necessário colocar a sociedade dentro dessa luta  não só como consumidora e geradora de lucro a essa empresa,  mas como participativa dessas  ações sustentáveis, cujo resultado será muito maior em benefícios a efetiva sustentabilidade planetária.

As iniciativas para esse caminho estão tomando corpo e substância  nessa últimas décadas, onde um caminhão de erros e contra-sensos foi necessário para agora separar o que realmente foi positivo do que se mostrou neutro e negativo. Onde cada vez mais se faz  possível vislumbrar um equilíbrio nesta luta pela efetiva sustentabilidade  empoderando a sociedade para esta sentir-se capaz e motivada a participar da construção de uma  nação preocupada com o planeta e a sua própria sobrevivência.

As ações isoladas no âmbito empresarial e governamental não resultam numa educação ambiental efetivamente capaz de produzir mudanças. Do que adianta ações pontuadas em anúncios ou mesmo dentro de escolas em  pequenos projetos, com palestras , lindos slides e o blá blá blá sustentável de sempre. Isso não faz refletir sobre a ação, é necessário  se fazer parte do movimento da mudança, é necessário colocar a mão na massa e ver como é que a coisa realmente funciona.

A Política Nacional de Resíduos sólidos será uma grande aliada neste laço de sustentabilidade, promovendo a união de toda cadeia produtiva até o destino final, incorporando também responsabilidades ao  consumidor neste processo. Porém, ainda requer um preparo para que esse consumidor seja convocado de forma ser ancorado nessa responsabilidade como participante da ação sustentável ciente de sua importância e não apenas como  adereço.

O mesmo deve ser com a educação ambiental, ela deve estar presente e ativa como algo semelhante aos hábitos com a higiene, algo sistemático  que cresça e se manifeste naturalmente com a visão do bem estar ambiental sem que seja uma pequena faceta de matéria publicitária de aspectos ecologicamente corretos  oriundos do Estado ou de grupos empresariais.Requer um laço bem feito!

12 de novembro de 2011

CONTROLE SEU COMPORTAMENTO AO CONSUMIR



Adriana Teixeira Simoni

É impressionante como o avanço tecnológico provoca mudanças de comportamento da sociedade, onde muitas vezes é impossível não acompanhar a tecnologia e o apelo publicitário, pois a própria tecnologia não nos permite ficar parados, nos empurra para o avanço.

Se até ontem você vivia muito feliz  com uma Televisão 29 polegadas  que foi o “must” há uns  anos atrás, hoje mesmo  que ela ainda  apresente condições de  assistir a todos os programas televisionados abertos e  também dos transmitidos por antenas pagas, aceita DVD e vídeo cassetes esse último outra antiguidade, ela hoje, está completamente fora dos padrões estéticos de volume e “designer” implementados pela indústria da imagem.

Enfim, quem sofre com todo este avanço é o ambiente. O gasto energético e consumo de água para a fabricação destes itens é absurdo se considerado o tempo de uso que a sociedade de hoje tem feito desses equipamentos eletroeletrônicos.  Assim que se torna absoleto o bem, o impulso é a substituição imediata, muitos na ânsia de demonstrar suas possibilidade financeiras mesmo sem as tê-las o fazem antes mesmo de esquentar a publicidade, pagando o valor do lançamento sobre o item, nesse passo precipitado quem fica  ainda mais feliz  é a rede de distribuição.

O planeta clama para que debelemos este impulso para o consumo desnecessário, afinal se o seu equipamento tem uma tecnologia não muito antiga e apresenta funcionamento condizente com as necessidades presentes, contenha-se em substituí-lo. Você poderá sair ganhando economicamente, pois depois do lançamento de um modelo o preço costuma baixar bastante.

Essa tecnologia da televisão de espessura  fina  é fantástica mesmo, difícil  não olhar para ela com a  pretensão de adquirir (o que “ amigos do alheio” , também admiram muito, devido ao fácil transporte e condução). Afinal esta TV pode ser pendurada na parede.

Para rirmos um pouco, lembro de uma amiga que por ser tão fina a TV, me disse quando “amigos do alheio” a visitaram e levaram  de sua sala seu sonho de consumo e alguns de meses de economias, disse-me que haviam levado a “panquequinha” dela.

Mas  enfim , o que fazer com aquele “tubão” enorme das TVs 29 polegadas? O fato, é que não há locais corretos para o descarte destes equipamentos em desuso.  Mesmo a cooperativa de reciclagem de lixo não absorve todo e qualquer item eletroeletrônico e de  E-lixo.  Acredita-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos que ainda está dando os primeiros passos em breve nos agraciará com novidades tornando a indústria responsável por pontos de descarte, facilitando e dando um retorno sustentável. Pois sua reciclagem garante economia dos recursos naturais.

O mais importante também é nós consumidores controlarmos o nosso impulso e não nos deixar levar pelo consumo da moda ou pela imposição publicitária. Devemos Ser o que somos não o que consumimos.

5 de novembro de 2011

POR UM PLANETA SEMPRE MELHOR?



Adriana Teixeira Simoni


Na próxima semana Paulínia será a cidade anfitriã do 2° festival de musica SWU de 2011 onde SWU significa (Starts with You)  Começa com você.  Serão três dias de shows com muitas atrações confirmadas. Será esperado  público de 210 mil pessoas.  Resta saber se tudo isso será realmente por um planeta melhor.

O que me fez realmente lembrar desse acontecimento grandioso para muitos adeptos desse estilo de música, na verdade foi a “sustentabilidade” preconizada para o evento,  inclusive em discussões que acontecerão lá dentro num Fórum Global de sustentabilidade com diversos convidados engajados na causa ambiental promete espalhar conceitos de sustentabilidade.

A tal sustentabilidade exposta como foco deste evento peca em muitos aspectos baseados no primeiro festival ocorrido em 2010 em Itu-SP.  Partindo do preço e fila para alimentação, do uso complicado dos banheiros, o transporte que não funcionou, a enorme quantidade de lixo e falta de disponibilidade de água potável para beber gratuita. Havia água apenas vendida em garrafas pet, o que para um evento “sustentável” é outro grande avesso.   

As tentativas de demonstrar no evento iniciativas sustentáveis além destas acima citadas, já se nega na entrada do evento, com o preço dos ingressos para assistir as bandas. Isso embasando no tripé da sustentabilidade: social, econômico e ambiental, já não cumpre a promessa de sustentabilidade do evento.

Enfim, a polêmica se acalora pelo fato do afinco dos organizadores em prometer algo dentro desse mega evento, partindo de uma publicidade gigante encima de uma sustentabilidade que não é real.  Publicaram na internet um relatório também surreal, onde os dados expostos incluem sem o menor pudor resultados fantásticos para “iludir” investidores.
Apesar de o evento apresentar algumas iniciativas ecologicamente corretas, ainda assim não é possível sustentar que não haverá impacto ambiental. E sendo assim não pode dar garantias de um evento plenamente sustentável.

No evento anterior além da insustentabilidade dos freqüentadores ao jogarem lixo por todos os cantos fora das lixeiras que como sempre em eventos são mal calculadas, também houve outros desgastes, mas quanto ao impacto gerado do evento em si, prometem que árvores serão plantadas em número que garanta a absorção de todas as emissões geradas para  o evento de 2010 e para esse próximo evento. Isso compensaria os  impactos por um mundo melhor?

Essa união de diversão e conscientização só será válida pela chamada à reflexão, pois ao prometerem sustentabilidade cabe a nós cobrar, contestar e criticar por todos os meios, caso ela não aconteça como o prometido.

Chega de engolir exemplos de “greenwashing” o tal marketing verde dissimulado!  Quem gosta cuida, observa e vê adiante. Portanto vamos manter-nos atinados e cobrar as promessas sustentáveis para que o planeta se mantenha sempre melhor para gerações futuras, afinal já somos 7 bilhões. A diversão é válida mas a responsabilidade é  sempre bem vinda.



Maiores Informações:   http://www.swu.com.br/

1 de outubro de 2011

SER OU PARECER SUSTENTÁVEL?




Adriana Teixeira Simoni


A “sustentabilidade” tão mencionada na atualidade teve seus primeiros passos em 1972 na primeira Conferência das Nações Unidas pelo meio ambiente e vem sendo usada até os dias atuais numa crescente que, por vezes sua utilização não representa a sustentabilidade propriamente dita.

Ser SUSTENTÁVEL é ser capaz de suprir as necessidades do hoje sem prejudicar as possibilidades de uso no futuro, porém dentro desta básica explicação outros itens devem estar relacionados para que a sustentabilidade realmente aconteça.

Hoje ser sustentável é uma qualidade muito requerida em todos os segmentos para assim garantir preservação da vida humana e do planeta a “longo prazo”, esse é o foco que deve ser buscado, todavia muitas empresas se dizem verdes e sustentáveis apenas para garantir um selo de qualidade que na verdade ela não merece. Para ser sustentável não basta exibir certificados precisa realmente SER SUSTENTÁVEL.

Pode-se verificar isso pesquisando sobre uma empresa, como se dá o processo de sua produção ou sua atuação no mercado, se ela trata o ambiente de forma ecologicamente correta, se sua matéria prima não corre riscos de se extinguir por mau uso ou por não ter consumo sustentável, se ela desenvolve seu processo de forma socialmente justa e compromissada com a integridade humana, e se contribui para um engrandecimento da cultura de forma a permitir que seu bem seja desfrutado de forma igual por todos.

Vimos muito a utilização do selo sustentável sendo usado por Bancos, ora, Bancos são sustentáveis? Conseguem essa proeza? De que forma um Banco pode ser sustentável se ele cobra juros altíssimos pelo dinheiro que empresta, além de segregar muitas pessoas de seu uso, um ponto negativo para inclusão.  Ah! Mas eles investem em projetos sócio-culturais e ambientais, porém não sustentam muitos dos requisitos para ser uma empresa “sustentável” verdadeiramente, a isso que precisamos estar atentos.

Por tanto, as empresas deveriam ter mais cuidado ao usarem esse marketing tão exaustivamente tentando iludir a sociedade. O CONAR - Conselho Nacional de auto-regulamentação Publicitária acabou de colocar em vigor no dia 1° de Agosto/11 novas normas éticas para publicidade que evocam a sustentabilidade o que vem colocar um pouco mais de credibilidade no setor, pois reduzirá a banalização ocorrente do termo sustentável. Para que a sustentabilidade ocorra não são necessárias publicidades apelativas, mas políticas públicas focadas efetivamente na sustentabilidade.

Mas, para tanto, uma idéia de real sustentabilidade seriam as Ecovilas e as cidades sustentáveis, pois ao serem menos dependentes do petróleo equilibram as mudanças climáticas pelas suas baixas emissões de CO2.  Pelo fato de serem mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas como ecológicas, garantem uma vida simples, porém mais saudáveis a sua população e ao planeta. 

Já para nós da sociedade consumista vamos tentar ostentar nossa bandeira sustentável com ações e práticas em nosso dia a dia pensado em diminuir nosso impacto no ambiente. Sendo assim, você acaba de ser convidado a ser mais sustentável a partir de hoje se ainda não é...


20 de junho de 2011

RESPONSABILIDADE SOCIAL, UM INVESTIMENTO COM RETORNO

Adriana Teixeira Simoni
A responsabilidade social  tem sido uma prática bastante implementada  pelas empresas devido aos retornos já comprovados ao meio empresarial unido a  necessidade de estarem presentes no desenvolvimento sustentável do Pais..
Além disso,  também apresentam  retorno financeiro considerável relacionado ao valor de ações negociadas em  bolsa de valores quando as possuem.
Enfim, preconizar a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável trás retornos positivos direta e indiretamente aos empresários, portanto é um bom negócio, o que contribui com o capital, que é  o que move o empresário e  também colabora com o sócio-ambiental, essas evidências demonstram que há essa relação direta de investimento social e crescimento econômico.
Com o crescente aumento do consumo e também do marketing usado em embalagens  o que colabora para o grande volume de lixo gerado diariamente , onde sua grande maioria é de resíduos plásticos em suas diversas formas , creio caber um providência dirigida a este segmento.
Com a Plano Nacional de resíduos sólidos, aprovado ano passado ,  algumas políticas estão sendo implementadas nas esferas Federal, Estadual e Municipal,  com regulamentação geral e abrangente sobre a forma de gestão dos resíduos sólidos e na  responsabilidade compartilhada . Já os Municípios receberão verbas para implantação de Usinas de Lixo em regime de consórcios ou não. E também estão proibidas as construções de lixões e aterros  sanitários  sem  estarem adequados ambientalmente, o que  é ótimo, cobrando assim um destino correto e mais responsável  ao lixo gerado no Município.
E  neste aspecto gostaria de opinar,   sugerindo aos empresários se juntarem   aos Municípios numa ação conjunta  de responsabilidade social com geração de renda e adequação a Lei de resíduos sólidos,  desenvolvendo ou apoiando  juntos uma cooperativa , utilizando mão de obra de  pessoas em vulnerabilidade social do próprio município.
Uma cooperativa   com maquinários necessários para um processo que transformasse as várias formas de plástico,  que  hoje  NÃO  apresentam    potencial reciclável  interessante para as cooperativas ativas e catadores autônomos  de recicláveis.   Reciclando esse  plástico  transformando-o em  matéria prima facilmente  vendida a industrias locais  e também utilizando-o como  combustível desse processo  para o próprio funcionamento destas máquinas numa operação viável e sustentável.
Como exemplo o ISOPOR,  que é um material  leve demais porém faz  grande volume físico ,  o que acaba  desestimulando  a venda na logística do produto para empresas recicladoras que geralmente se encontram em outras regiões, e na contra partida ele rola pelas ruas causando grandes problemas, pois ele bóia e demora a ser absorvido ao ser depositado em aterros.
Neste exemplo, pode-se esperar que a união de  políticas públicas   às empresas interessadas em investirem em  responsabilidade social , numa geração de riqueza econômica e social,  contribuindo de forma eficiente   para  o desenvolvimento sustentável do país , garantindo o tripé Econômico, social e ambiental.
Lógico que poderia uma indústria utilizando  esse processo se instalar no município, gerando assim  lucro a ela própria  e distribuição de benefícios ao Município, mas enquanto ela não chega, a idéia é boa e reflete um pensamente socioambiental e é uma idéia  possível, com retorno garantido.  Basta interesse de ambos, público e/ou privado.

11 de julho de 2010

SUSTENTABILIDADE X QUESTÃO SOCIAL



Adriana Teixeira Simoni

Devido ao meu interesse sócio-ambiental, venho lendo tudo o que diz respeito ao ambiente, pois sobre a área social a faculdade vem me suprindo e inspirando a defender a tese de que qualidade de vida está inteiramente ligada a forma como tratamos o meio ambiente e sendo assim, todas as atitudes voltadas para a sua preservação, devem ser escaladas no time titular.

A cada artigo que leio sobre providências, pesquisas ou movimentos , pouco vejo de implicações voltadas para a área social ,principalmente se o assunto for referente a qualificar perdas . As preocupações sobre perdas são sempre voltadas para as perdas econômicas nos setores da pecuária, da indústria, da agricultura, no impacto que a falta de energia causaria, etc. Enfim, onde nessa última frase foi citada a injustiça social que todas essas questões anteriores foram as principais causadoras dessa problemática, devido ao famigerado capitalismo que conjuga apenas o verbo produzir ? Claro que em nenhum momento. Apesar de estar intrínseco que o homem é quem conduz todos esses meios, então, o problema se encontra no “como” conduzem esses meios de produção.

Estamos avançando para um futuro preocupante, pois, apesar do Brasil ter assinado em Copenhague que colaboraria com um corte de emissão de gases estufa até 2020 entre 36% a 39% , as pesquisas a que temos conhecimento, apontam para dados muito inferiores, o que nos levará em muitos prejuízos, e entre esses prejuízos é bom lembrar, em um plano bem mais valorizado, o ser humano. Por isso é necessário insistir em providências locais , pois é com pequenas ações, onde cada cidadão consciente de sua responsabilidade, colabora para uma mudança global, e assim se aplica a sustentabilidade de forma efetiva.

Esses irresponsáveis e previsíveis desastres ambientais estão sempre mais desfavoráveis a população em vulnerabilidade econômica, de diferentes regiões do nosso país, em especial atenção norte e nordeste, e que necessitam de uma atenção maior, pois somente o “Bolsa Família” entre outros benefícios de ordem financeira , não serão suficientes, é necessário um política sócio-ambiental mais consistente e coexistente entre as preocupações econômicas advindas dos meios de produção e nas injustiças sociais que a sociedade fica exposta. A elevação do clima, decorrente das emissões de gases e o desmatamento não geram somente problemas de ordem ambiental e econômica, há todo um ecossistema envolvido, onde a população é também atingida e acaba perdendo o pouco da autonomia que possuía. A questão social deve permear as pesquisas e se mostrar mais presente nas ações políticas e no desenvolvimento sustentável de nosso país, garantindo qualidade de vida e cidadania.


Publicado no Jornal O Popular em 26/05/2010

2 de novembro de 2009

E AGORA O LIXO




Adriana Teixeira Simoni

Os dias de hoje nos fornecem informações  e atualizações tecnológicas a um piscar de olhos. Porém isso tem um custo ao meio ambiente. O lixo provindo dessa atualização quando não bem administrado destrói nosso meio ambiente. Mas quero falar do nosso lixo de cada dia, embora pareça desprezível é algo de suma  preocupação para com o  desenvolvimento sustentável.

Tente contar ao fazer uma caminhada pelo seu bairro ou por uma avenida movimentada que venha a ter um córrego ou rio próximo, quanto de lixo podemos enumerar entre latinhas, essas pelo valor financeiro gerado ainda será recolhida por algum “catador” de lixo, se estiver de fácil acesso, mas, vamos aos  PETs, frascos diversos ,sacolinhas de supermercado enroscadas entre o mato nas vias ou dentro dos córregos ,  papeis usados em propagandas de lojas e supermercados que são colocados em portões e os mesmos voam pelas ruas com o destino certo: os bueiros,  outras  vezes lotam  nossas caixas de correspondências, mas neste  caso menos pior pois  é possível guardar para destiná-los a reciclagem.  E com mais detalhes enumeremos também as butucas de cigarro e papeizinhos minúsculos que muitas vezes algum despreocupado com o futuro, joga pela janela do veículo ou mesmo deixa na própria porta do estabelecimento que lhe deu a balinha como troco ou agrado. 

Gente! Devemos dar  mais atenção a esse lixo, ao NOSSO LIXO.

 Percebo que o poder público também não destina a atenção devida a esse problema. Temos em nossa cidade o “Projeto Recicle” que trabalha aos trancos com veículos em estado lastimável, que com isso consomem o dinheiro que poderia ser usado no diesel para ampliar recolhimento de recicláveis em outros bairros, porém, gasta em consertos intermináveis da “lata velha” que possuem.
O trabalho desenvolvido por essa cooperativa trás benéficos de valor incalculável a nossa cidade e  uma parcela ao mundo, se  possuísse instalações  mais adequadas, que pudessem receber investimentos, seria um número maior de empregos e conseqüente maior entrada de recursos com a venda do material recolhido  e assim  aumento de  investimentos   em máquinas, e o mais importante :  menos LIXO.
 A reciclagem do lixo  reduz em 80% o volume do lixo que iria para o aterro sanitário, ao qual nosso município nem possua, paga para despejar em outra cidade e isso tudo  ao custo por tonelada. Com a reciclagem esse valor diminui, pois o destino do lixo seria outro, um destino muito mais inteligente e saudável ao meio ambiente.

Voltemos ao nosso lixo de cada dia, convido a todos a cada impulso de jogar algo reciclável no lixo comum ou de arremessar seja uma butuca,  o papel da balinha ou ainda aquele bilhetinho que já nos  serviu de lembrança  ao chão ... Pensemos em nossos filhos, netos, bisnetos e assim, preservar para que eles possam encontrar o meio ambiente, quem sabe, até, melhor do que hoje desfrutamos.


Publicado no jornal O Popular em 05/11/2009

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