28 de janeiro de 2012

DÉBITOS E CRÉDITOS


Adriana Teixeira Simoni

A composição atmosférica de períodos em períodos se modifica causando extremos no clima da terra. Houve épocas que a terra era um sorvetão imenso com muito gelo e os vulcões tratavam de aquecer a terra expelindo dióxido de carbono. Porém desde a revolução industrial os vulcões se acalmaram e a chaminé do crescimento e do progresso vem despejado gás carbônico na atmosfera em quantidades muito maiores que a natureza fazia controladamente através dos vulcões. Hoje, esse componente calórico, os gases estufa, viraram problemas mas também valor de negociação.

Desde 2005 com a assinatura do protocolo de Kyoto que deve ser estendido até 2020, países desenvolvidos se comprometeram a diminuir em 5 % suas emissões em relação a marca de 1990 e necessitariam mostrar essa redução de 2008 a 2012, fato em que o Brasil não estava incluído, pois não faz parte das nações em desenvolvimento apesar de ser um dos 20 Países mais poluidores e com um agravante: Brasil colabora com emissões ligadas ao desmatamento, agropecuária e queimadas. Todavia o Brasil manifestou na reunião do COP17 compromisso em apoiar a prorrogação do Protocolo de Kyoto até 2020. E vivas ao novo código Florestal! Será que ele fará mudar algo positivo nesse quesito emissões de gases?

Atingir essas metas com o aumento populacional e o crescimento do investimento tecnológico para o aumento da produção é algo desafiador mesmo com o avanço tecnológico investido na diminuição da poluição, pois por mais que energias renováveis sejam estudadas e implementadas ainda assim é tímido seu avanço e a necessidade reconhecida pelas grandes nações desenvolvidas de colaborarem.

Durante a COP17 foi dito que 2011 foi um dos anos mais quente desde 1850, e tudo isso em razão da atividade humana, e esse cenário pode levar a mudanças profundas e irreversíveis ao planeta Terra e a vida humana, portanto não é o caso da opção não querer assinar o compromisso, e sim , se faz necessário o comprometimento imediato de todos países poluidores.

O valor econômico da proteção ao meio ambiente se estabeleu como algo promissor no mundo dos negócios. Eu em minha santa ignorância econômica confesso dificuldades para compreender tal processo apesar de parecer simples onde um país com altos níveis de emissão de gases na atmosfera pode pagar a outro país que esteja com esses níveis de poluição abaixo do limite comprometido e desta forma utilizando a Bolsa de valores ou de mercadorias negociam esses títulos. Quem passa dos limites de emissões de gases “ compra” o seu excesso de quem não poluiu tanto e que poderia ter poluído. Confuso não? Eu diria que parece uma forma de disfarce para o bem.

Esse tipo de valorização de gases de efeito estufa cria um novo mercado que envolve outra indústria, a indústria de projetos para diminuição de emissões. Onde busca nas empresas que não estão na lista negra disponibilizar seus créditos para serem negociados com as grandes poluidoras que não conseguem diminuir suas emissões.Confuso? Mas ainda parece trambique perante a natureza e a biodiversidade.

O assunto é complexo mesmo para uma coluna tão reflexiva proposta por mim. Porém o assunto se torna interessante para concluirmos que todo tipo de extração, seja ela dos recursos naturais ou dos recursos disponibilizados pelo desenvolvimento produtivo do país culminam em moeda corrente. Novamente o lucro em detrimento ao bem do planeta e da sociedade.

E essa moeda pode contabilizar tanto débitos onde se enquadraria na parte negativa do processo onde a indústria de produção exagera no uso dos recursos naturais devolvendo ao planeta só resíduo e os créditos quando advindos dos projetos ou implementações para conter a degradação ocasionada por essa mesma produção.

Porém, nesse ano em Junho teremos a Rio + 20 Conferência Mundial das Nações Unidas que terá como tema: "Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza". Nesse encontro depois de 20 anos da Eco 92 trará discussões tímidas em menção as emissões de gases e o aquecimento global, portanto creio que os débitos estarão sem limites para ocorrerem contra nosso planeta mesmo apesar das discussões socioambientais estarem presentes nessa reunião, o saldo pode ser negativo.

Sendo assim, resta a nós da sociedade providenciarmos mais créditos advindos de práticas sustentáveis como por exemplo separar e destinar corretamente o nosso lixo, na economia da água e se possível divulgando e convidando o vizinho a participar dessa conferência para o bem da nossa comunidade resultando em créditos para o planeta inteiro.Eu estou dentro e você??

27 de janeiro de 2012

SACOLINHAS QUAL A MELHOR SOLUÇÃO?

Nossa, ando um tanto  exausta de ler tanta coisa  referente ao acordo para não distribuir mais gratuitamente a mau fadada SACOLINHA no comércio e principalmente supermercados.

Bom, na  minha opinião  esse processo de não distribuição gratuita  da sacolinha não trará  o retorno  ambiental  esperado, mas é uma forma imposta para mudança de hábitos.  O que é  muito bom! Eu defendo uma EDUCAÇÃO ampla e irrestrita para lidar com o  nosso próprio lixo e ter essa consciência já colabora bastante com o ambiente.

Acredito também que conscientizar a sociedade para escolher produtos com menos embalagem, pensar e LER antes de consumir   é algo que leva tempo e talvez não venha a ocorrer com muita rapidez pois as ações no Brasil não andam de mãos dadas. 
Existe nisso  tudo um pouco de tudo, chamo os psicólogos para explicar melhor. Implica no  sentimento de  não TER as coisas que  posso ( as vezes até as que não posso) , se autobloquear  ao consumo é algo complexo.

As redes sociais , grupos de ambientalistas e industria do plástico flexível  estão se engalfinhando por esse assunto com trocas de publicidades diversas contra e favor.
Eu  havia me recolhido para não fazer nenhum post a respeito, porém me incluo nos ambientalistas e também tenho minha posição a respeito.

Penso que a mobilização contra o plástico deve ser maior e geral abrangendo embalagens de isopor também. Difícil! Também acredito nisso, pois embalagens são necessárias sejam para comercializar os produtos  , levar a marca  e  principalmente  proteção a contaminação.

Outros tipos de embalagens em substituição as sacolinhas nos supermercados  como a gravura abaixo, condeno!! 

PAPEL apesar de se desfazer mais rapidamente na natureza ele  consome um absurdo de recursos para  ser produzido desfazendo a natureza, as nossas  florestas. Impossível , esse  foto/cartaz abaixo se precipitou sem fundamento com essas iradas colocações.
  




A conscientização para mudança de hábitos ao ir ao supermercado, levando sua própria sacola, carrinho, caixa é uma ótima forma de fazer a sua parte e não prejudica ninguém. Você pode  até não levar nada para carregar suas compras se estiver de  carro pode jogar as suas compras no porta malas numa caixa para isso ou soltas,  é uma solução e  em casa você dá um jeito.

O problema é que uma grande parte das sacolinhas de supermercado distribuidas gratuitamente tornam-se   em casa saco para colocar o lixo na rua para a coleta  urbana .  Ora, sem elas os consumidores   terão de ADQUIRIR sacos pretos para colocar seus lixos na rua, certo? Pois bem  sacos plásticos são de PLÁSTICOS logo irão para os aterros  e seu ciclo é bem semelhante ao do PLASTICO da sacolinha ao  se decomporem. 

Enfim o consumidor tem um pouquinho mais  de trabalho, muda de comportamento levando sua  própria sacola ao mercado porém gasta mais,  pois terá de comprar o saco  preto para  disponibilizar seu lixo na rua.


Algo errado aí, pois o AMBIENTE continua com o mesmo problema... Com o PLÁSTICO


Quando há uma desconcientização ou despreparo para embalar seus produtos com as SACOLINHAS DISTRIBUÍDAS GRATUITAMENTE o excesso delas  pode ser encaminhado a reciclagem afinal é plástico... Melhor aprender a ser razoável!

Já penso  bem melhor quanto  a distribuição gratuita das sacolinhas biodegradáveis,   pois serão igualmente utilizadas para embalar o lixo e se degradarão em menos tempo, resolvendo  assim mais a contento essas discussões e não onerando o consumidor "diretamente"  SALVANDO  PARTE  do planeta.

Uma solução  mais  favorável também para solucionar o problema do lixo reciclável  seriam  PONTOS de troca nos supermercados  por vales sacolinhas ou outros produtos, você leva recicláveis separados em sua casa e ganha bônus, vales ou produtos, brindes...GANHAR algo no Brasil também anima....exemplo disso o aumento de arrecadação com os prêmios da NOTA FISCAL PAULISTA.  Não que isso  (a ideia)  seja  o supra sumo pra qualquer pessoa aderir, mas seria uma forma de condicionar as pessoas a separarem e destinarem corretamente o seu lixo  reciclável.  Já que vai ao mercado use a mão dupla e leve sua coleta seletiva  para o mercado  colaborando com a LOGíSTICA REVERSA, com o ambiente, com a cidade que mora também.
Em Curitiba há  um projeto  semelhante, trocasse  3 quilos de recicláveis por alimentos hortifrutigranjeiros, o que contribui social e ambientalmente certo?. 

 A sacolinha já foi bem vinda na sua  troca pelo saco de papel  distribuído anteriormente  a  elas. Desde então  descobriu-se uma infinidade de utilidades para as sacolinhas como catar caca de cachorro e  saco de lixo . Inventaram  também "PUXA SACOS" onde você guardava as sacolinhas enroladinhas para posterior utilização .
Nessa época os coitados sacos pretos é que sofreram, pois ninguém os  comprava mais. Enfim talvez a sacolinha tenha contribuído para o aumento do desperdício, pois facilitando o transporte as pessoas acabam levando para casa muito além do que precisariam.



21 de janeiro de 2012

O HOMEM, ONTEM e HOje



Adriana Teixeira Simoni

Hoje um devaneio, me fez escrever tentando ilustrar o homem na roda do mundo, embaralhado a esse progresso que cresce sem a ordem que flameja na Bandeira Nacional Brasileira, em busca da consciência de que fora da bandeira as estrelas se apagam assim como o verde que representa as florestas também se avermelha entre as árvores derrubadas. Assim como no amarelo da bandeira é tão raro encontrar valores como ouro, pois nesse losango que o País flutua as riquezas como a moral e a dignidade que transformaram a humanidade são tão raras quanto onças livres nas matas desse País.  Na esfera central do progresso o céu deixa de ser tão azul para mostrar uma face acinzentada e  intoxicada prometendo tampar o sol e apagar as estrelas numa contagem regressiva a cada nova tecnologia que o homem inventa.

Esse artesão nato, caçador exímio. Foi atropelado pelo poder de acumular tudo, sem sucumbir ao todo, foi derrotado por máquinas que o superaram em números. A produção de massa o empobreceu enquanto ser, ainda que presente nos movimentos sociais foi debelado pela façanha maldita do próprio homem e o poder.

Como compreender tamanho acontecimento que o pôs em situação depreciada, onde os critérios estabelecidos pela ciência foram promovidos pela sua própria curiosidade e ânsia de responder as suas próprias hipóteses.


Ah! Como pode culpar algo ou alguém? Se na verdade procurou tudo que hoje encontra. Desde a floresta que não é mais virgem a todas as outras espécies que nem desenhar mais consegue, pois a imagem também já se apagou. Tanto fez que nem pensou na finidade possível até mesmo de sua existência, pois ao fim desse planeta nem ele mesmo existirá assim como a moral e o civismo.

Nos rastros que deixa nessa ânsia de descobertas no caminho que essa roda percorre, arrasa toda natureza inclusive a natureza humana de sentimentos e valores  em busca também de encontrar no infinito, algo que nem ele sabe ao certo porque  tanto busca e para que vai servir nessa busca.

Conquistou a velocidade, atingiu doenças que o tentavam debelar. Determinou razões infelizes para o futuro de sua própria vida e de seus semelhantes no uso de descobertas irracionais, se perdeu em vícios e maledicentes corrupções a título de acumular mais.

A tecnologia se apresentou como uma arma contra ele próprio, pois nem sempre é preciso estar presente para fazer esse algo funcionar. A toda volta que a roda do progresso o leva, o homem acaba a deriva de todos os problemas que ocasionou. De tantos recursos arremessados na atmosfera desfazendo de toda a biodiversidade que deveria ser protegida por ser a sua companheira a sua dádiva salvadora na saúde e na doença nada faz para impedir a crescente destruição e o crescimento da desvalorização humana.

Nessa terra repleta de florestas em se plantando tudo dá, espera-se nascer na consciência desses homens à percepção de que todo esse mal atribuído um dia retorna, e muitas vezes retorna para  recuperar um outro  dano causado, ou algo levado e  assim o ontem será hoje e provavelmente não será o amanhã.

“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.” (Mahatma Gandhi) 

14 de janeiro de 2012

DILEMA ALIMENTAR E AMBIENTAL


Adriana Teixeira Simoni

A industrialização da produção agrícola levou ao uso dos agrotóxicos nos processos produtivos para garantir que hoje os sete bilhões de habitantes tenham acesso a alimentação. O que infelizmente também foi pontuado pelo fim da agricultura familiar e a saída destas famílias para área urbana das cidades. Alterando negativa e definitivamente como vimos hoje o relacionamento do ser humano com a natureza.  Deixando de lado a ligação sustentável que mantinha com o ambiente, onde extraía apenas o necessário para seu consumo não modificando nem destruindo o ecossistema de sua sobrevivência.

Todavia, o processo de uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos permitiu que a agricultura fornecesse mais alimentos para suprir a demanda humana, animal  e industrial.  Entretanto além de promoverem o aumento significativo da produção de alimentos, o que fora relativamente necessário e importante também se tornou outro problema.
O seu crescente uso na produção agrícola projeta o descarte de milhares de embalagens residuais com alto teor de contaminação de solo e mananciais além de prejuízos a saúde humana. Seu uso contínuo e indiscriminado sem o devido acompanhamento técnico contribui para desenvolvimento de pragas resistentes e aumentos dos problemas com. Isso tudo caminhou para originar maiores pesquisas para minimizar tais impactos ao meio ambiente.

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), foi um órgão que colaborou muito para colocar hoje o Brasil como referência mundial na destinação final correta das embalagens fitossanitárias usadas, frente a Países como Alemanha, França, Japão e Estados Unidos.   No Brasil, das embalagens recolhidas, 92% são recicladas onde se transformam em tubos de esgoto. Vimos que iniciativas adequadas podem contribuir para a produção sem desequilibrar o ecossistema.
Foi um trabalho de conscientização  e união,  que prosperou com  iniciativas  de  toda a  rede produtiva nacional , incluindo os agricultores,  a distribuição, a  indústria e o poder público, esse último com a premissa de garantir enquadramento dentro da    Política Nacional de Resíduos Sólidos , de responsabilidade compartilhada e da  logística reversa.

Isso trás ao cerne que quando há real interesse para solucionar problemas, existe mobilização para que impactos ao meio ambiente sejam mitigados, promovendo iniciativas não só paliativas e pontuais, mas com decisivo interesse de cortar o problema pela raiz.
A união de toda a rede produtora foi o verdadeiro motor que levou o Brasil a esta consagração de pioneirismo frente a países ricos e que enfatizam organização e estruturação na sua produção agrícola. Porém Brasil é pioneiro em outros rankings negativamente, pois se encontra também entre os Países que mais consomem agrotóxicos,  sendo 5,2 litros a cada ano por habitante.

As discussões devem sempre aconchegar todos interessados, porém devem ser conduzidas por técnicos e cientistas capacitados a evidenciar o que será benéfico ao ambiente e definindo o melhor caminho para preservar o planeta da destruição sem comprometer a subsistência e  saúde humana.

 O homem tem por costume ambicionar o lucro acima de tudo esquecendo-se que essa Terra é nossa única morada ao menos até que provem o contrário. E demonstra também pouca preocupação com a saúde mundial oferecendo alimentos com potencial venenoso no uso exagerado de agrotóxicos tudo pela ambição do lucro fácil sem medir conseqüências atuais e futuras. E nisso ficamos nós consumidores, cercados  tanto pelo alto custo dos produtos orgânicos  (mais saudáveis) ou dos envenenados por agrotóxicos...


Documentário "O veneno está na mesa" por Silvio Tendler.
Pobre tem que comer veneno, orgânico é para rico!

7 de janeiro de 2012

MOMENTO LIXO


Adriana Teixeira Simoni

Irremediavelmente não podemos viver longe desse momento, ele participa de todas as atividades humanas, é onipresente, não há maneira que eu conheça cotidianamente falando de não produzirmos lixo e sendo ele tão onipresente acredito já estar na hora de mantermos uma convivência  sadia e consciente do mal que o lixo mau administrado pode acarretar na vida em sociedade.

Eu com essa insistência em querer que todos manifestem práticas bem vindas com referência ao seu próprio lixo, acabo me indispondo e me aborrecendo, pois acredito ser inadmissível não demonstrar responsabilidades com o nosso próprio lixo e é cruel perceber isso em bairros de classe social diferenciada também,  pois tanto se vê irresponsabilidades com lixo na periferia quanto em bairros de classe média alta e me permito voltar novamente ao assunto fogos de artifício , que são lindos de observar, porém  deixam resíduos bem feios e quem solta baterias  de fogos ou pequenos foguetes deve se responsabilizar pelo lixo deixado numa área pública  bem como as pessoas que não  dispõem de paciência e jogam barranco afora armários os sofás que não querem mais.

Que a produção de lixo está presente em todas as atividades diárias já é sabido. Que há também uma demora do poder público para dar disposição final para o lixo urbano mais condizente tanto com a legislação vigente quanto para com o que o meio ambiente requer, também. Porém nem sempre essa solução esperada do poder público necessita ostentar gastos fabulosos com tecnologias importadas daqui ou dali, coisa que nos dias atuais com tanta podridão aparecendo envolvendo prefeitos da região e de familiares dos mesmos pode nos desenvolver certa desconfiança merecendo nossa atenção, pois afinal é o dinheiro de impostos pagos a municipalidade que seria usada nesses projetos e que poderiam fazer falta em outras áreas caso o investimento não fosse transparente.

Todavia não são necessários investimentos tão altos do município para contornar os problemas com o lixo urbano. A coleta seletiva implementada com seriedade em algumas cidades, renderam benefícios socioambientais incalculáveis o que proporciona economia na extração dos recursos naturais, geração de  renda e  pode movimentar milhões ao lidar da forma sensata com o lixo.

Mas o pior desse cerne está a população que precisa evoluir muito mais do que o próprio assunto lixo.  Essa população ainda está parada no tempo e não tem diferença social que explique tal comportamento. O assunto consciência ambiental tem de estar na pele como perfume, pois demonstrar práticas ecologicamente corretas além de “moda” faz com que as pessoas se tornem celebridades. Hoje uma massa grande de artistas está bastante envolvida com a causa ambiental, não só como protagonistas de publicidade, mas como uma prática pessoal cotidiana deles e se orgulham desse comprometimento. Então me pergunto o que há de MENOS em eu, você, seu vizinho em agir para o bem do ambiente onde vivemos?  Devemos separar e cuidar do nosso lixo na frente de nossa casa, sim cuidar, porque não basta a gente colocar pra fora, precisamos cuidar para que ele seja realmente encaminhado para reciclagem, espalhado pela rua só vai potencialmente lhe causar prejuízos futuros no carro, no esgoto de sua casa, e outros.

Enfim, as vezes a falta de apoio a  Cooperativa de Recicláveis  pode fazer com que  a mesma deixe de prestar um serviço a população eficaz  pois a falta de caminhões decentes para fazer a coleta nos bairros mina seu perfeito e requerido serviço de coleta de recicláveis sendo que se houvesse um convênio com a Prefeitura como há em outras cidades,  o bem seria para todos tanto ao município pela economia com toneladas de  lixo urbano com potencial reciclável que deixa de ser encaminhado ao aterro sanitário bem como o  social proporcionando renda a famílias de catadores cooperados  e melhorando a qualidade de vida da população em geral. Portanto dedique um momento  para o seu lixo!

31 de dezembro de 2011

ANGUSTIA AMBIENTAL



Adriana Teixeira Simoni

Hoje último dia do ano. Um ano pelos registros e acontecimentos foi de fracasso ecológico! Leia-se novo código florestal, licença Belo Monte, vazamento de óleo ,  etc. Mas...

Estaria eu falando dessa forma porque a angustia de que se foi mais um ano me contaminou ou me amargou? Nada!  “... Tudo passa tudo sempre passará, a vida vem em ondas como mar...” na voz de Lulu Santos  pego carona e digo que  tudo passa. Conquistas vão e vêm, derrotas acontecem, mas não perpetuam , há nascimentos bem vindos outros fora do  programa , há  despedidas e recomeços,  nada vem para ficar porém  nada será em vão, tudo tem um sentido terá  uma verdadeira  razão.

Essa comemoração esfuziante da passagem do ano conclama uma enorme diversidade de acontecimentos negativos ecologicamente falando. Olha que eu nem sou eco-chata, mas como dizem: Baixou em mim hoje, justamente hoje na última publicação dessa coluna nesse ano de 2011 uma ECO-ANGUSTIADA!

No fundo gostaria, de abrilhantar os demais recortes publicitários com imagem de gente feliz brindando, rodeadas de onomatopéias de taças se batendo com  riscos e estrelinhas diversas brilhando pelo fundo da figura... Pare! Foi isso que me indignou hoje e me tornou uma eco-chata ao quadrado nesse último dia do ano.

Esse invento chinês realmente possui uma inebriante beleza pela diversidade de cores e formatos que se apresentam aos nossos olhos. Apresentam também uma capacidade de reunir muitas pessoas para assisti-los.  Porém os fogos de artifício causam uma série de impactos negativos   próximos ao ambiente onde são lançados. Alteram a rotina de aves e animais que assustados mudam o comportamento e acabam migrando para outros lugares comprometendo a sobrevivência da espécie. Animais domésticos se tornam irritados com o barulho, pois para a audição animal esses aproximados 120 decibéis se tornam ensurdecedores. 

Para o meio ambiente o impacto é altamente nocivo dissipando no ar mais emissões de dióxido de carbono (CO2), o maldito rojão liberta estrôncio uma perigosa substância tóxica na atmosfera, além de fazer um barulho horrível, chato e irritante para alguns. Ele também possibilita incêndios e queimadas em mato seco ocasionando outros sérios problemas ambientais.

Toda essa poluição, mais a gerada pelo potássio cobre e bário liberados quando ocorre a explosão, acumuladas em uma noite de comemorações no Estado de São Paulo, a poluição gerada pode ser maior que a  de um ano de funcionamento de “uma” usina de lixo.

Portanto esse espetáculo pirotécnico interfere no meio ambiente, portanto  mudar esse hábito tão intrínseco da convivência humana ancorado nas tradições comemorativas vai ser bastante difícil. Porém, temos aqui  uma ótima oportunidade para fazermos uma reflexão sobre as coisas que referenciamos na alegria, descontração e felicidade que nem sempre colaboram positivamente com a vida por completo ao planeta. Onde muitos de nossos hábitos e costumes podem nem sempre agradar a todos a nosso redor.

Tirando as “ecochatisses” do ano todo, as despedidas que venhamos a lamentar,  que todos tenhamos  uma belíssima passagem de ano.
Feliz 2012 !

24 de dezembro de 2011

NATAL VERDE OU VERMELHO?


Adriana Teixeira Simoni
No final do século XIX Papai Noel que foi inspirado no Bispo São Nicolau, vivia na França e distribuía dinheiro aos pobres, já hoje no Brasil a bolsa família se encarrega disto. Voltando ao São Nicolau, este, começou a vestir vermelho por conta da influência publicitária de uma grande fabrica de refrigerante que fantasiou o Papai Noel como vimos hoje, porém ele antes disso vestia roupas verdes e era magro. 

Bom, nos dias atuais, Papai Noel não veste mais verde nem tão pouco preconiza o verde no que está diretamente ligado a sua imagem. Talvez esse fator tenha sido pela influência da marca de refrigerantes, cala boca Adriana!

Brincadeiras a parte, o Natal pode não ter nada de solidário nem tão pouco de sustentável. Pois a data ludibria a sociedade, faz com que ela gaste sem pensar e nem sempre o presente é por afável gosto e muitas vezes se prejudica economicamente, e ainda colabora negativamente para com a causa ambiental onde o tripé que sustentaria um Natal sustentável entre o social, econômico e ambiental se faz completamente esquecido. Não bastasse isso a precoce publicidade da data inicia-se já no mês de Outubro com as investidas publicitárias para o consumo hipnotizando a todos impondo consumo e muitas vezes frustração por assistir tal movimento sem poder participar.

Não quero ser rude numa data tão gostosa. Com certeza não há nada mais agradável do que receber um presente e também dar outro com o coração, mas o problema que estas datas específicas para “presentear” desencadeiam nas pessoas comportamentos extremamente insustentáveis que colaboram com o comprometimento do planeta.

O lixo gerado pela quantidade de embalagens, as emissões de C02 pelo deslocamento para ir às compras, da logística e da indústria é assustador além do comprometimento financeiro que geralmente é a perder de vista e que muitas vezes perde mesmo, pois são tantas prestações que a soma é maior que o ganho até o décimo terceiro do ano seguinte.

Enfim, desejo que realmente seu Natal seja VERDE, tanto nas possibilidades que tenha para garantir presentes às pessoas amadas bem como para suas atitudes com o ambiente. Que a data também o leve a reflexão antes de se atirar as compras, tenha consciência de que todo lixo gerado em embalagens é reciclável, portanto, destine corretamente à cooperativa de recicladores, agindo assim estará sendo solidário com a sociedade e o planeta.

Mantenha-se verde e de coração aberto sempre de forma sustentável para desfrutar de muitos outros Natais e que de vermelho apareça só a roupa do Papai Noel permitindo que suas finanças pisquem verde até o próximo Natal da mesma forma abundante como a Barriga do atual Papai Noel.

Um FELIZ NATAL repleto de Ideias Sustentáveis
 aos amigos e  leitores do Blog !

17 de dezembro de 2011

“LIXOS” PECULIARES



Adriana Teixeira Simoni

Invariavelmente tudo que não queremos mais é considerado lixo.  Porém esse algo que não nos serve que perdeu a beleza, a utilidade, a graça e que se encontra demais em nosso armário, sótão, despensa, que já enfeitou nossa casa e que agora enjoamos, não deve ser considerado necessariamente “lixo”.
Muitas pessoas sentem-se incomodadas de oferecer algo usado a outra pessoa, provavelmente porque ela mesma carrega o sentimento de desprezo por algo que não é novo, que não sai da loja embalado com etiqueta e validade. Lógico que jamais devemos esquecer que este “algo” deve estar em perfeito estado, que ainda funcione, e que apresente possibilidades de uso por outra pessoa ou família.
Esse sentimento de desprezo pelo bem usado acaba fazendo pessoas jogarem na lixeira da calçada de suas casas objetos que poderiam transformar a vida de outras pessoas. Poderiam ser o “algo” mais que falta na vida de muitos por aí.
Já tive oportunidade de ver de tudo durante minhas caminhadas pelas ruas da cidade, mas o que me chamou a atenção em 2009 numa lixeira foi um aparelho ortopédico de tração dorso/cervical ajustável para qualquer tamanho em perfeito estado. Isso prontamente me motivou a pegá-lo e encaminhá-lo a uma instituição que pudesse aproveitá-lo, mas me levou também a pensar porque aquela pessoa que o jogou na lixeira não pensou da mesma maneira? Se de fato instituições filantrópicas penam por recursos esse aparelho seria muito bem vindo, pois afinal poderia ser útil a alguém e sendo assim o receberiam com muito gosto, como o fizeram quando o entreguei para uma fisioterapeuta de uma instituição para crianças.
 Histórias com “lixo” não me faltam, tem também outra vez que encontrei uma cadeira de rodas que necessitava apenas higiene e lubrificação. Bom se o pensamento for de que o catador de reciclagens a levaria, muito bem, porém talvez a levasse para virar brinquedo do filho até acabar-se ou ser vendida como ferro velho, porém penso que ela ainda poderia merecer um final mais digno ajudando alguém temporariamente. E sendo assim, providenciei reparos com a ajuda de um amigo e encaminhei a outra instituição.
Mas tem também um dia mais especial que tem tudo a ver com a época natalina, na qual encontrei uma boneca que estava com o braço arrancado e a cabeça deslocada, porém era um bebê de feições tão perfeitas e de material tão bom que resolvi levar para casa e restaurá-la. Encontrei-a jogada numa rua de terra, molhada pela chuva e suja, o brinquedo foi desprezado por que se encontrava tecnicamente destruído. Porém, ainda vi potencial para um belo brinquedo a uma criança ávida por uma boneca e sem possibilidades de ser contemplada com semelhante.  Reparei-a com um novo corpinho de pano, higienizei, apliquei cheirinho e roupinhas de bebê, acrescentei mais alguns adereços e pronto, ficou perfeita!
Como era inicio do mês de dezembro busquei adotar  uma cartinha na Associação Comercial  de alguma criança que desejasse ganhar uma boneca de presente do Papai Noel e prontamente encontrei  uma menina que estava desejosa de ganhar um bebê que falasse. Foi realmente muito emocionante proporcionar essa surpresa a essa garotinha de oito anos, uma ótima dica para quem quiser fazer uma criança carente acreditar num sonho.
Portanto, neste final de ano haja com peculiaridade com o seu lixo e verá possibilidades de colocar em prática a sustentabilidade, pensando tanto no ambiental quanto no social, pois o que não lhe serve mais hoje pode realizar o sonho de alguém, além de contribuir com um viver mais simples capaz de proporcionar um impacto menos profundo durante a sua caminhada no planeta.

10 de dezembro de 2011

LAÇOS DE SUSTENTABILIDADE



Adriana Teixeira Simoni

Não basta dizer-se sustentável é necessário abraçar-se ao conceito com o objetivo de tocá-lo. Parece utópico tentar tocar um ideal, uma ação onde os dias atuais estão intrínsecos, mas é possível. Hoje  a sociedade lê, ouve, fala sobre esse assunto e muitas vezes nem percebe a importância e a  necessidade de verdadeiramente dar vida a essa ação, a essa ideia de constância com ar de eternidade.

Realmente creio que o momento, a década está extremamente permeada do uso dessa expressão tanto pelo apelo em si de “ecologicamente correto” , bem como pelo reconhecimento da necessidade de se pensar sustentavelmente todas as ações socioambientais do planeta , cujo sentido é promover a constância existencial de toda a diversidade planetária permitindo a existência da humanidade igualmente a todos, sem  tolher de alguns a oportunidade de conhecer ou viver algo desse planeta por pura irresponsabilidade de alguns atravessadores do lucro que menosprezam a todo instante  nossos recursos naturais a qualquer custo.

Nesse  momento se percebe o envolvimento de grande parte da sociedade,  do meio empresarial e governamental  com a temática da sustentabilidade num propósito de querer amenizar danos que foram provocados no passado e que agora mostram-se nos rios, florestas e atmosfera. A ação predatória por muitos anos com intuito de visar o  crescimento do País  fez com que essas ações irresponsáveis degradassem de forma quase que irreversível muito do nosso planeta.

Agora é correr atrás do prejuízo, e não adianta apenas  panfletar ou aderir à marca  mensagens de sustentabilidade e ou publicar páginas inteiras  na imprensa do que sua empresa fez ou deixou de degradar em nosso planeta. Faz-se necessário colocar a sociedade dentro dessa luta  não só como consumidora e geradora de lucro a essa empresa,  mas como participativa dessas  ações sustentáveis, cujo resultado será muito maior em benefícios a efetiva sustentabilidade planetária.

As iniciativas para esse caminho estão tomando corpo e substância  nessa últimas décadas, onde um caminhão de erros e contra-sensos foi necessário para agora separar o que realmente foi positivo do que se mostrou neutro e negativo. Onde cada vez mais se faz  possível vislumbrar um equilíbrio nesta luta pela efetiva sustentabilidade  empoderando a sociedade para esta sentir-se capaz e motivada a participar da construção de uma  nação preocupada com o planeta e a sua própria sobrevivência.

As ações isoladas no âmbito empresarial e governamental não resultam numa educação ambiental efetivamente capaz de produzir mudanças. Do que adianta ações pontuadas em anúncios ou mesmo dentro de escolas em  pequenos projetos, com palestras , lindos slides e o blá blá blá sustentável de sempre. Isso não faz refletir sobre a ação, é necessário  se fazer parte do movimento da mudança, é necessário colocar a mão na massa e ver como é que a coisa realmente funciona.

A Política Nacional de Resíduos sólidos será uma grande aliada neste laço de sustentabilidade, promovendo a união de toda cadeia produtiva até o destino final, incorporando também responsabilidades ao  consumidor neste processo. Porém, ainda requer um preparo para que esse consumidor seja convocado de forma ser ancorado nessa responsabilidade como participante da ação sustentável ciente de sua importância e não apenas como  adereço.

O mesmo deve ser com a educação ambiental, ela deve estar presente e ativa como algo semelhante aos hábitos com a higiene, algo sistemático  que cresça e se manifeste naturalmente com a visão do bem estar ambiental sem que seja uma pequena faceta de matéria publicitária de aspectos ecologicamente corretos  oriundos do Estado ou de grupos empresariais.Requer um laço bem feito!

3 de dezembro de 2011

HUMANOS ILEGAIS ANIMAIS HUMANOS



Adriana Teixeira Simoni


Atualmente o que mais cresce são lojas para cuidar de animais de estimação, porém antagonicamente se encontra o descaso e abandono  de animais domésticos. O carinho e companhia de um animal de estimação é praticamente igual ao praticado por humanos, porém  não possuem a racionalidade, mas   apresentam sentimentos e os mais dignos encontrados hoje em dia e todavia  raros entre alguns  humanos.

Como é triste constatar esse grande número de animais domésticos desprezados pelas ruas, que na sua grande maioria momentaneamente tiveram um lar, porém a vida passa inclusive para os animais e aqueles bebezinhos graciosos cresceram muito além do que esperavam os incautos “donos” e cruelmente deixaram de gostar do animal tratando-o como um brinquedo que não funciona mais como gostariam.

Porém, essa falta de comprometimento e responsabilidade ao adotar um filhote e depois soltá-los pelas ruas é um fator cruel e que pode acarretar uma série de problemas à sociedade. O que se faz urgente é uma educação para com o ambiente urbano e potencializar a posse responsável para garantir aos animais o direito à vida com mais dignidade e saúde, mas de qualquer forma o poder público deve estar atento e atuar para o controle, pois de bonitinhos podem se transformar em transtornos sérios a sociedade.

Ando pela rua e percebo uma infinidade de ninhadas de gatos que acabam vivendo em bueiros até se tornarem adultos, cães que perambulam por tempos esmolando comida aqui e ali até que desaparecem ou se encaminham a outras paragens ou algo pior lhes acomete, o mesmo com os gatinhos. Tudo isso acontece porque animais procriam as ruas, pois as fêmeas são dispensadas prenhas por puro descomprometimento.

Num veraneio fora da temporada no sul do País, cidade com algumas faculdades  onde os estudantes preferem alugar casas no balneário e ficar com o lazer bem pertinho dos estudos. Ora, para lhes fazer companhia durante o ano letivo adquirem um animal de estimação, na maioria das vezes um cachorro, porém quando vão de férias de volta à casa da família deixam os animais completamente atordoados perdidos e abandonados de seus vínculos criados durante o período das aulas.

Fiquei consternada ao ver uma ninhada de 12 cãezinhos numa caixa de papelão famintos, jogados próximos a praia atrás de uma duna imensa de areia sem a sua genitora. Pode-se conceber um humano fazer tal maldade? Deveria ao menos ter providenciado um abrigo descente a esses animais para que tivessem uma chance de ganhar um dono. E depois, os animais é que são irracionais.

O fato é que apesar de animais de estimação serem tratados com regalias raras para algumas pessoas de nossa sociedade, de terem legislação que os protejam, ainda assim não existe uma relação plenamente  positiva, entre animais de estimação e a temática ambiental.

Eu respeito os direitos dos animais, porém acredito mais nos homens que cumprem deveres para depois fazerem jus aos direitos, respeitando tanto seu semelhante quanto o ambiente com propósito absoluto de ser um humano.

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