12 de julho de 2015

BENCHMARKING BRASIL 2015 - Conheça os primeiros colocados






Ranking com as 28 melhores práticas socioambientais do País são apresentadas pelo Programa Benchmarking Brasil
Itaipu, Cargill e Triunfo-Transbrasiliana foram os primeiros colocados
Inovações, preservação ambiental, desenvolvimento sustentável é o que reúne o Programa Benchmarking Brasil que chega à sua 13a edição e divulga o ranking 2015 com as melhores práticas socioambientais do País. Os três primeiros colocados foram Itaipu Binacional (PR), Cargill e Triunfo-Transbrasiliana com os respectivos cases Mais Peixes em Nossas Águas, Pomarola Mais Sustentável e Multiplicadores em Educação Ambiental. Outras 25 organizações foram certificadas pelo Programa este ano, considerado o mais importante selo socioambiental do País justamente o pelo seu formato inovador com que mobiliza a massa crítica do setor e contribui para o avanço da sustentabilidade. Todas as empresas submeteram seus cases para avaliação de 16 especialistas de seis diferentes países segundo a metodologia “Benchmarking”, reconhecida pela ABNT e já são referências pela inovação e qualidade de suas práticas.
Essa edição recebeu 58 inscrições de organizações de vários ramos e portes, localizadas em todo território nacional. Os 28 cases reconhecidos este ano passam a integrar o maior banco digital de práticas de sustentabilidade certificadas e com livre acesso do país, e também são publicados em livros e revistas especializadas e de gestão, além de serem apresentados em encontros técnicos.  “Apesar de existirmos há mais de uma década, são poucas as organizações que conseguem passar pelo crivo do Programa Benchmarking Brasil e obter nota suficiente para ter seu case certificado”, diz Marilena Lavorato, idealizadora da iniciativa.  “Benchmarking Brasil é um contraponto ao green washing, e a organização que participa comprova sua coerência (e excelência)”, encerra.


Conhecendo melhor os três primeiros colocados
O primeiro colocado do ranking foi a Itaipu Binacional com o projeto “Mais Peixes em Nossa Água”. O projeto é desenvolvido desde 2003 e atinge 140 toneladas de peixe produzido pelos pescadores artesanais. Isso representa 10% da produção pesqueira do reservatório em Foz do Iguaçu (PR). “Conseguimos retomar a quantidade de peixes nativos que tínhamos anteriormente no reservatório. O projeto tem como objetivo promover o desenvolvimento socioambiental e a melhoria de renda dos pescadores artesanais em torno da região de Itaipu, por meio do cultivo de peixe em tanque-rede”, comenta Celso Buglione, representante da Itaipu.
A empresa Cargill foi premiada em segundo lugar com o “case” “Pomarola Mais Sustentável”. As ações envolveram todas as etapas da cadeia do molho de tomate, como transporte do tomate para fábrica, ações na fábrica e pós-fábrica, na chegada do produto até o cliente. O conjunto de ações teve um impacto no processo produtivo como a redução de 10 mil toneladas de CO². Isso equivale a toda a frota da cidade do Rio de Janeiro de veículos (dois milhões e 200 mil) rodando um dia inteiro.
Outra inciativa vencedora envolveu a capacitação de professores. Com o projeto “Multiplicadores em Educação Ambiental”, a concessionária rodoviária Triunfo Transbrasiliana capacitou em um curso um grupo de educadores nos municípios de Marília e São José do Rio Preto, interior paulista. Esses professores vão fazer a multiplicação de trabalho de sustentabilidade com seus alunos na rede pública.






Ranking Benchmarking 2015
Colocação
EMPRESA
CASE BENCHMARKING
Itaipu Binacional (PR)
Mais Peixes em Nossas Águas
Cargill Agrícola (SP)
Pomarola Mais Sustentável
Triunfo-Transbrasiliana (SP)
Multiplicadores em Educação Ambiental
Abbott (RJ)
Compostagem de Resíduos
Fundação Alphaville (SP)
Programa Jovem Sustentável
Ambev (SP)
Ação Coletiva para Preservar Água
SABESP (SP)
Gestão da Escassez de Água
ArcelorMittal Tubarão (ES)
Plano Diretor de Águas
Petrobras (RJ)
Gestão Energética Predial
10º
Dana (RS)
A Reciclagem de Borracha na Dana
11º
Casa da Moeda do Brasil (RJ)
Restauração Florestal da CMB
12º
AVON (SP)
Out of The Box
13º
Instituto Embratel Claro (RJ)
TICs e Turma do Sítio/FUNSAG
14º
Alumar (MA)
Fontes de Energia de Sucesso
15º
Empresa Suape (PE)
Projeto Pedagogia Ambiental
16º
Renova Energia (BA)
Museu do Alto Sertão da Bahia
17º
Aurora Alimentos (SC)
Programa Amigo Energia
18º
Subprefeitura Itaim Paulista (SP)
Ação Integrada
19º
CHESF (PE)
Impressão Verde
20º
CEMIG (MG)
Sistema Siságua Cemig
21º
Bauducco (SP)
Projeto Aterro Zero
22º
Braskem (BA)
Sustentabilidade em TI
23º
KINROSS Paracatu (MG)
Curvas de Nível Verde para RAD
24º
Precon Engenharia (MG)
Solução Habitacional Precon
25º
Samarco Mineração (ES)
Gestão Adequada de Resíduos
26º
Brasilprev (SP)
Projetos de Vida na Ponta do Lápis
27º
Shahini Ambiental (SP)
Sustentabilidade na Escola
28º
Instituto do Câncer (SP)
Descarte de Medicamentos

Sobre o Programa Benchmarking Brasil
Em 13 edições já realizadas, o Programa Benchmarking Brasil se consolidou como um dos mais respeitados Selos de Sustentabilidade do país. Com uma metodologia estruturada, reconhecida pela ABNT, e participação de especialistas de vários países, o Ranking Benchmarking define e reconhece os detentores das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil.

O objetivo é divulgar Exemplos que educam e Práticas que transformam. Ao todo, o Programa já reconheceu 339 casos de boas práticas de sustentabilidade, 36 projetos de inovações verdes, além das obras artísticas e homenagens a pessoas que fazem a diferença nessa área.

O programa, além do Ranking congrega outras ações de fomento a sustentabilidade como publicações, banco digital de livre acesso, encontros técnicos, feiras e congressos, entre outros. Além de incentivar a busca da melhoria contínua e a adoção das boas práticas nas organizações, o Programa Benchmarking Brasil contribuiu ao longo destes 12 anos de forma efetiva com a construção de massa crítica em sustentabilidade no país.

Em 2013, Benchmarking Brasil foi o grande vencedor (1º colocado) na categoria Humanidades do Prêmio von Martius de Sustentabilidade da Câmara de Comércio Brasil Alemanha.


São Paulo, 7 de julho de 2015.
Assessoria de Imprensa Instituto Mais
Regina Pietscher

(11) 2959-5442 / 11 – 98924-1086

AGENDA PÓS 2015



Às vésperas da Cúpula sobre o Financiamento do Desenvolvimento, ativistas vão às ruas nos quatro cantos do mundo e a Adis Abeba cobrar decisões ambiciosas para a Agenda Pós 2015


Em mais de 70 cidades do mundo inteiro, dezenas de milhares de ativistas apoiados/as por figuras notáveis como Desmond Tutu, saem às ruas para convocar os governos a financiarem o desenvolvimento sustentável e a honrarem com seus compromissos de garantir os meios necessários para que todos os países tenham seviços públicos de qualidade e combatam a evasão fiscal das grandes corporações


Essas manifestações se desenrolam no contexto da campanha global da sociedade civil para o desenvolvimento sustentável Action/2015, às vésperas da III Cúpula sobre o Financiamento do Desenvolvimento, que será realizada em Adis Abeba, de 13 a 16 de julho de 2015, e onde os chefes de Estado e os ministros das finanças estão sendo convocados para financiar nos próximos 15 anos o desenvolvimento sustentável e medidas a longo prazo de combate à mudança climática.

“Em todos os meus anos de campanha, eu jamais vi um ano tão cheio de oportunidades para garantir uma melhora na segurança, saúde e igualdade a nossas populações. Com um acordo sobre um novo tratado referente ao clima e às novas metas dentro da luta contra a pobreza, 2015 pode ser o começo de uma nova era.  Não podemos deixar essa possibilidade escapar”, declarou o arcebispo emérito Desmond Tutu. E acrescentou: “Devemos unir todos os continentes, crenças e gerações para garantir que os líderes mundiais escutem nossas demandas, para que reconheçam e adotem metas ambiciosas para o nosso futuro, objetivos que tratão uma mudança positiva para todos os seres humanos de todas as partes do mundo e  para o planeta em que vivemos.”

A Action/2015, uma das maiores campanhas da sociedade civil de mobilização e conscientização sobre a importância da Agenda Pós 2015, irá realizar manifestações, reuniões, assembleias públicas, entre outras ações, em mais de 70 países ao redor do mundo, incluindo quase todos os países africanos. A campanha chama os líderes dos países a repimirem a injustiça fiscal e a se engajarem em um financiamento inclusivo que crie condições para fomentar ações concretas para o desenvolvimento e combate à desigualdade.

Algumas Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileiras como Abong, Rebrip, Fundação Abrinq/Save the Children, Coletivo Mangueiras e Comissão Nacional de População e Desenvolvimento compõem a delegação oficial brasileira que está a caminho de Adis Abeba para reivindicar a adoção de definições ambiciosas e de impacto concreto no desenvolvimento.

Em Nairobi, Quênia, quase 5 mil pessoas aderiram a uma manifestação na comunidade de Mathare. Na África do Sul, em Pretória, diante do ministério de Finanças, jovens vindos/as de todo o País realizaram uma manifestação contra a desigualdade econômica. Na Índia, em 15 Estados, milhares de jovens realizaram uma vasta campanha de mobilização.

Cláudio Fernandes, da Gestos/TTF/Abong declarou que o excesso de liquidez é um dos grandes problemas da economia mundial hoje. “O montante de capital especulativo fora de circulação é enorme e isso impacta a capacidade de financiamento de agendas sociais. Considerando que a implementação dos ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] deverá custar entre 6 e 7 trilhões de dólares por ano, a discussão sobre as fontes dos recursos é central”, lembrou.

É fato que esta Conferência poderia virar o jogo, mas para isso, os governos devem defender mecanismos alternativos de finciamento que impliquem na construção de um fundo para o desenvolvimento, ao mesmo tempo em que regulem as transações fianceiras, caso contrário, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a serem acordados pela Organização das Nações Unidas (ONU) não sairão do papel. Compromissos referentes à cooperação fiscal internacional, à assistência ao desenvolvimento e às despesas direcionadas em favor particularmente dos pobres serão os desafios da Cúpula esta semana.

Outros eventos também estão planejados nos países do norte, principalmente em Nova Iorque e em Londres, onde os/as ativistas demandam que os compromissos com o desenvolvimento feitos há mais de 40 anos sejam honrados e que a evasão fiscal seja reprimida, uma vez que ela rouba, a cada ano, milhares de dólares dos países em desenvolvimento.


Campanha Action/2015

Action/2015
é um movimento cidadão com quase 2 mil organizações, redes e coalisões de 145 países unidos pela convicção de que 2015 é um ano crítico para fazer avançar a luta contra a mudança climática, contra a pobreza e contra a desigualdade. Qualquer que seja a luta contra a pobreza e as desigualdades, ou contra a mucança climática, a visão da Action/2015 visa a acelerar o progresso em 2015, no mundo inteiro, em um movimento aberto e inclusivo.


Abong

A Abong – Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns é uma Associação de Organizações da Sociedade Civil que lutam contra todas as formas de discriminação, de desigualdades, pela construção de modos sustentáveis de vida e pela radicalização da democracia.


Mais informações

Maíra Vannuchi – assessora da área Internacional da Abong
11 3237-2122
internacional@abong.org.br

18 de maio de 2015

RECICLAGEM DE VIDRO




Se você tem facilidade em adquirir cacos de vidro e dispõe de um forno de alta temperatura, pode começar a produzir bolinhas de gude. Boa dica para começar no ramo de reciclagem com baixo investimento!
A fabricação de bolinhas de gude a partir de sucata enquadra-se no processo mais comum de reciclagem do vidro, no qual os cacos devem ser triturados e fundidos em fornos de alta temperatura.
Os cacos de vidros comuns fundem-se a uma temperatura de cerca de 1000°C. Após a fundição, a massa vítrea resultante deve ser despejada nos moldes e deixada até que esfrie e se solidifique novamente.

Recomendações

Em primeiro lugar é necessário avaliar se o forno disponível é apropriado para realizar a fundição dos cacos de vidro. Deve ser verificado se o equipamento atinge a temperatura exigida pelo processo – cerca de 1000°C, e também se o material do refratário do forno é compatível com a fundição de vidro.
É também importante certificar-se de que entre os cacos de vidro provenientes da sucata não existam metais.
O ferro metálico, por exemplo, reage com o material refratário do forno de fusão, chegando a furar a sola e as paredes do equipamento.



Para obter maiores informações, recomenda-se entrar em contato com a ABIVIDRO - Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro   Tel.: (11) 3255-3033 Site:http://www.abividro.org.br

Fonte: Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas - SBRT - http://sbrt.ibict.br

17 de maio de 2015

DIA MUNDIAL DA RECICLAGEM





17 de maio, Dia Mundial da Reciclagem, mais uma oportunidade para reflexão sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos


No dia 17 de Maio celebramos o Dia Mundial da Reciclagem, data importante para salientarmos, mais uma vez, a relevância da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2 de agosto de 2010 pela Lei 12.305. Marco histórico na gestão ambiental no país, a Lei promoveu mudanças significativas no setor. Além de lançar uma visão contemporânea sobre luta conta o lixo urbano, a PNRS também consagrou definitivamente o viés social da reciclagem, instituindo a participação formal dos catadores organizados em cooperativas. 

A ABES-SP tem participado intensamente neste debate da PNRS. Preocupada em disseminar mais informações a respeito dos Planos de Resíduos Sólidos, a entidade promoveu, no último mês, uma série de apresentações sobre o tema. O evento, realizado em parceria com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, é preparatório para um grande debate que será realizado na sede do Poder Legislativo estadual em agosto.

Na primeira apresentação, realizada no dia 30 de abril, Ana Soraya Nascimento, assistente técnica do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento da AMLURB, e Zuleica Perez, da Coordenadoria de Planejamento Ambiental – CPLA, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, apresentaram, respectivamente, o Plano de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos da Cidade de São Paulo (PGIRS) e o Plano Estadual de Resíduos Sólidos de São Paulo.

No segundo encontro, que aconteceu no dia 5 de maio, o engenheiro Luiz Roberto Barretti, vice-presidente da ABES-SP, subseção Vale do Paraíba, discorreu sobre o Plano Municipal de Gestão Integrada de São José dos Campos.


A última segunda-feira, 12, marcou o encerramento das palestras, com o Superintendente do SEMASA, Sebastião Ney Vaz Júnior, que falou sobre o Panorama da elaboração e acompanhamento dos Planos de Resíduos Sólidos dos Municípios do ABC. As apresentações estão disponíveis no link http://abes-sp.org.br/eventos-realizados/6387-apresentacoes-dos-planos-de-residuos-solidos.


Ao promover essas discussões, a ABES contribui com o debate no Estado de São Paulo para apontar rumos para que as soluções ambientais tornem-se um efetivo vetor de modernização para se atingir a excelência na gestão dos investimentos e na prestação de serviços aos usuários, aproveitando o momento para ressaltar a importância dos Planos de Resíduos Sólidos para a preservação e a recuperação ambiental, indução de desenvolvimento econômico e social, melhoria da saúde pública e prevenção de doenças de veiculação hídrica, beneficiando todos os atores envolvidos, em especial a população usuária dos serviços.

Reciclagem


Um dos muitos aspectos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a atividade de reciclagem vem se destacando no país. Mas as metas previstas na lei ainda esbarram em fortes obstáculos. Uma das determinações foi extinguir depósitos de lixo sem tratamento, os famosos lixões, até agosto de 2014. No entanto, mesmo com o prazo tão perto de se encerrar, alguns municípios, principalmente os menores, ainda estão bem longe do ideal e muitas agências já estimam que este propósito não será alcançado no tempo previsto.

Outra medida proposta foi a instituição de programas e ações de capacitação técnica e de educação ambiental, com a participação dos grupos interessados, em especial, das cooperativas e demais associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, visando ao aprendizado de mecanismos para a criação de fontes de negócios, emprego e renda. Segundo informações do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), hoje há aproximadamente 500 mil trabalhadores no Brasil que têm na coleta de resíduos sua fonte de renda, o que mostra a relevância destes profissionais para a PNRS.

Mas ainda há desafios, como informa Davi Amorim, assessor do setor de comunicação do MNCR. “A grande dificuldade está nos gestores municipais que não estão preparados para essa nova realidade, persistindo ainda no modelo viciado privatista e a lógica de desperdício de recursos e grandes lucros das grandes empreiteiras. A contratação de cooperativas e associações está mais ligada a um modelo público de serviço e necessidade da profissionalização dos catadores, a PNRS tem também um caráter de inclusão social que é tarefa do poder público, papel que os municípios não têm dito capacidade de cumprir.”


O Diretor do Departamento de Resíduos Sólidos do Serviço de Saneamento Ambiental de Santo André, Edinilson Ferreira dos Santos, também defende a valorização e a inclusão social destes trabalhadores. “Vale a pena lembrar que, graças ao trabalho deles, o Brasil está entre os campeões da reciclagem, como em latas de alumínio, papelão, garrafas PET etc. Não é possível pensar em outra saída que não seja a de incluí-los no programa de coleta seletiva, e isso começou a ser feito há dezessete anos. A inserção deles é consenso baseado em trabalhos acadêmicos e por experiência empírica. Tanto é verdade que a lei que instituiu o novo marco de saneamento básico (Lei Federal 11.445/2007) mudou o artigo da lei das licitações (8.666/93), possibilitando ao agente público a contratação sem licitação das cooperativas de catadores para a triagem de resíduos”.


Ainda de acordo com o Diretor, os empecilhos enfrentados pelo setor de reciclagem envolvem as perspectivas técnicas, logísticas e ambientais. “No sentido técnico, eles englobam a necessidade de dar escala aos resíduos reciclados, para que possam retornar como insumo as indústrias e/ou compradores; o avanço da Logística reversa por parte do setor empresarial; e o aprofundamento da reciclagem de RCD (Residual-current device) e a utilização de seus elementos gerados na construção civil e, principalmente, nas obras de infraestrutura. Já do ponto de vista socioambiental, além da inserção dos catadores em trabalhos organizados, também é preciso investir na diminuição da geração de resíduos por habitante, assim como na busca por uma mudança de padrões de consumo, baseado no consumo supérfluo e na descartabilidade, que tem feito a geração de resíduos crescer vertiginosamente.”

Para que a cadeia de reciclagem continue em desenvolvimento é necessário que as empresas privadas e os consumidores atuem em parceria com os governos, mas há também um outro elemento que assume um papel significativo nesta área: a participação de organizações sem fins lucrativos, como é o caso do Instituto Reciclar, que realiza ações que estimulam não só a realização do reciclagem, como também incentivam a educação ambiental e o consumo sustentável.

Um dos mais conhecidos projetos desenvolvidos pelo instituto é a Oficina de Reciclagem de Papel. “A partir dos 16 anos de idade, os jovens com que trabalhamos passam a atuar nessa oficina. Nela recebem treinamento e realizam as atividades relativas a cada etapa do processo de reciclagem de papel sulfite. É no ambiente de trabalho que o Instituto Reciclar ensina aos jovens conceitos de economia criativa, ética, disciplina, responsabilidade, trabalho em equipe e preservação ambiental. Os jovens são contratados com carteira assinada e recebem um salário mensal, tendo a oportunidade de se profissionalizar e entrar para o mercado já contando com a experiência do primeiro emprego”, explica João Batista da Cruz Filho, gerente da área de produção do Reciclar.

Outra entidade voltada ao setor é a Recicloteca. Administrada pela ONG Ecomarapendi, ela funciona como um centro de informações sobre reciclagem e meio ambiente, e é um espaço aberto ao público. Segundo a Diretora da Recicloteca, Vera Chevalier, a reciclagem também pode ser vista como uma atividade benéfica para toda a economia nacional e por isso deve ser incentivada. “Esse é um setor produtivo em ascensão. As dificuldades enfrentadas são inerentes a condutas ultrapassadas. A solução mais lógica é considerar a questão dos resíduos, dotando de verba e prioridade a um corpo técnico especializado. Além de reduzir a quantidade de resíduos encaminhados para aterros sanitários, aumentando a vida útil do mesmo e diminuindo os gastos municipais com coleta, a indústria da reciclagem também gera oportunidade de trabalho e arrecadação de impostos”, afirma.

A ABES-SP, como entidade interessada em contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade brasileira, atuando nos setores de saneamento e meio ambiente, também realiza atividades voltadas ao setor, através do Fórum Lixo e Cidadania do Estado de São Paulo. Criado em 2001, o Fórum atua desde então com base nos seguintes objetivos: erradicação do trabalho de crianças e adolescentes na catação de resíduos sólidos, nos lixões e nas ruas; implantação de uma gestão socioambiental integrada e compartilhada dos resíduos sólidos, incorporando a participação dos catadores de recicláveis; e promoção de uma gestão de resíduos sólidos, com educação ambiental, com vistas à sua redução, reutilização e reciclagem, além de uma gestão interinstitucional, com participação da sociedade, integrada em nível regional, que garanta sua sustentabilidade técnica e econômica.

Entre as muitas ações já realizadas, destaca-se o Projeto realizado com a Cooperativa Mofarrej. “Hoje eles têm uma das maiores retiradas financeira, se comparadas as outras cooperativas. Eles têm autonomia de trabalho, não dependem da prefeitura para coletar ou receber material para triar, comercializam com quem dão preferência e mantém a cooperativa por conta própria, sem subsídio do poder municipal, que é o responsável pela gestão de resíduos da cidade. Eles também já dobraram a quantidade de material coletado o que influencia positivamente a relação com a indústria recicladora”, ressalta Delaine Romano, coordenadora do Fórum Lixo e Cidadania.

Delaine também destaca que o Fórum e as cooperativas mantém uma relação de confiança e credibilidade. “Eles acreditam no nosso trabalho e nos reconhecem como parceiros e como apoio técnico para o desenvolvimento e crescimento do trabalho coletivo”, finaliza.

Mais do que uma data comemorativa, o dia da Reciclagem deve ser um momento de reflexão, uma oportunidade de relembrar os motivos que levaram ao início dessa discussão em 1992 e a razão pela qual ela continua sendo tão relevante.
FONTE: http://www.abes-sp.org.br/noticias/19-noticias-abes/6398-17-de-maio-dia-mundial-da-reciclagem-mais-uma-oportunidade-para-reflexao-sobre-a-politica-nacional-de-residuos-solidos

2 de maio de 2015

PEQUENO RESÍDUO "ILÍCITO"



Adriana Teixeira Simoni

Na esfera de resíduos que contaminam o ambiente e que permanecem por décadas até serem desfeitos naturalmente, nos rodeiam uma infinidade de tamanhos, formatos e composições. Assim como sua origem e forma de descarte também bastante diversificada. Porém, não creio que haja uma forma de descarte mais irresponsável e cretina do que o habitual descarte feito consciente por pessoas em locais totalmente incorretos como nas vias públicas, terrenos baldios ou naquela estradinha de terra ali meio abandonada.



É totalmente reprimível o comportamento de certas pessoas com o seu lixo. O que faz parecer de forma lúdica que o mesmo está tão quente, lhe queimando as mãos que necessita ser descartado o mais rápido possível, não permitindo assim, tempo para racionalizar a atitude incivilizada. É inconcebível assistir ao seu lado outro motorista arremessar todo tipo de resíduo, grande ou pequeno, pela janela do veículo em movimento (Infração média de transito CTB, artigo 172) e não buzinar no intuito de chamar a atenção do incauto motorista. Reflexo em vão, pois esta sendo tão recorrente esse comportamento que parece estar aderido ao caráter emporcalhado de muitos.



Não existe mais desculpas para comportamentos assim, mesmo pessoas nascidas antes dos primeiros movimentos preservacionistas estão bastante empenhadas em darem sua contribuição ao ambiente; na reciclagem,na preservação do verde, na economia da água na disposição do lixo. Portanto, arremessar lixo pela janela do veículo ou jogar num canto abandonado da cidade já se torna algo a ser severamente repreendido.

O descarte irresponsável de resíduos, tem se destacado nos últimos anos como grande contribuinte aos problemas da saúde pública devido propiciar acúmulo de água limpa nos períodos de chuva, contribuindo assim, para a crescente disseminação do mosquito Aedes aegypti além de outros insetos nocivos a saúde . Fator causador de transtornos sérios nas pessoas não poupando ninguém, acarretando inclusive prejuízos econômicos ao afastar muita gente do trabalho.

Não bastasse toda quantidade de resíduos existentes e mal descartados no ambiente, a contemporaneidade trás modernos recipientes plásticos, comumente chamados de pinos pela polícia , todavia o nome verdadeiro do recipiente é “eppendorfs” utilizado atualmente também para depositar cocaína e facilitar o tráfico, transporte e consumo dessa droga ilícita. 

Esses pinos se tornaram o mais novo resíduo descartado aleatoriamente por pontos onde se concentram consumidores de drogas. É fácil encontrá-los descartados em guias, sarjetas e calçadas pela cidade. Próximos a floreiras, bueiros, em gramados de praças, na areia de parquinhos de crianças e onde mais se imaginar. Basta olhar para o chão e verá pinos vazios transparentes, azuis, verdes ou pretos descartados nem sempre só na calada da noite. 

Antigamente o dissabor de ambientalistas e pessoas preocupadas com o destino correto do lixo eram as bitucas de cigarro que ainda são um pequeno lixo abundante também causador de transtornos: emporcalham, poluem e enfeiam. Já o plástico desses pinos ou “eppeendorfs” permanecem por mais tempo poluindo o ambiente e como não são varridos ou coletados, com o crescente numero de pontos de consumo de drogas ilícitas, é possível encontrar em certos lugares montes desses pinos descartados.

Numa ação simples e civilizada é legal guardar os pequenos lixos como papel de bala, lacre de carta, bituca do cigarro , bilhetinho , palito de sorvete ou o que mais não lhe servir , inclusive o pino da droga ilícita para depositá-los numa lixeira. Será uma grande contribuição para o ambiente e para a comunidade. Vamos colaborar! Não há mais tempo para ignorar a responsabilidade com o nosso próprio lixo. Uma questão de educação!

Adriana Teixeira Simoni é Assistente social com ênfase socioambiental administradora do Blog Ideias Sustentáveis. http://drikafarah.blogspot.com.br/

28 de abril de 2015

O USO DE TECIDOS ECOLÓGICOS

Tecidos Ecológicos


Se existe algo que todos temos que usar (infelizmente, sou naturista), esse algo são as roupas, vivemos em uma sociedade que nos obriga a nos taparmos, isso algo que sou contra.
Agora imagine a quantidade de roupas que tem que ser fabricadas e podemos dizer que praticamente o mesmo volume que são jogadas fora, algo grandioso, também perigoso,  principalmente se levarmos em conta que parte dessa roupa é feita com fibras sintéticas, algumas dessas fibras são basicamente um plástico, pois são derivadas de petróleo.
Mas o problema é pior, podemos multiplicar por dezenas de vezes, já que não consumimos os tecidos só com roupas, também usamos em cortinas, roupas de mesa, cama e banho. Mas existe uma saída menos danosa e consciente que é o uso de tecidos ecológicos. Abaixo alguns tecidos ecológicos que você deve conhecer.
garrafa pet

Algodão Orgânico

O algodão é o tecido mais popular do mundo, mas também é um grande vilão, pois consome grandes quantidades de insumos químicos extremamente perigosos e usa grandes quantidades de água na sua fabricação, com isso também recebeu o triste prêmio de a “mais suja” cultura do mundo.
Mas para reverter esse quadro surgiu o algodão orgânico, que une as práticas de trabalho éticas e a melhora da qualidade do meio ambiente na produção algodoeira.

Bambu

O tecido feito de bambu pode ser tão suave como a seda, mas com a vantagem de ter a metade do preço, não consumir muita água, pesticidas ou fertilizantes.  Produtos têxteis de bambu tem um grande potencial sustentável, para não mencionar a suavidade e propriedades. Roupas de bambu podem ser respirável, naturalmente anti-bacteriana e anti-alérgica.

Cânhamo

cânhamo é uma das plantas têxteis natural mais ecológica e versátil . O cânhamo é extremamente forte, não exige herbicidas, uma vez que não é comestível para insetos, cresce tão rápido que as ervas daninhas não podem competir e precisa de pouca água para crescer. Pouco usada atualmente devido a preconceitos.

Eucalipto

O tecido de eucalipto é produzido exclusivamente a partir da polpa da madeira de árvores de eucalipto, mas por ser economicamente mais lucrativo a produção de celulose, a produção têxtil ainda caminha a passos curtos.

PET

Roupas de poliéster reciclado é potencialmente um material extremamente sustentável. Uma garrafa de plástico pode ser reciclado para fazer uma peça de roupa, o que pode ser reciclado para fazer uma garrafa de plástico, e assim por diante, indefinidamente.
Para esse tecido se tornar popular existem algumas barreiras como problemas na distância de transporte entre o usuário e a empresa de reciclagem e a adequação de PET reciclada como um tecido próximo a pele, que não é tão macio ou respirável como os tecidos naturais.
Mas para isso existe algumas soluções como  a utilização da PET na fabricação dos botões, fechos, bonés, shorts de surf e casacos de chuva.

22 de abril de 2015

BENEFÍCIOS DA ÁGUA PARA SUA BELEZA

O poder da água

A água pode ter mais poderes milagrosos sobre o seu corpo que você pode imaginar. Apesar de parecer que falar de bem estar e fazer exercícios físicos virou moda, atos simples podem ser mais eficazes e ajudar mais do que seguir simplesmente a moda do momento.
Esse liquido, tão escasso atualmente tem inúmeros benefícios, aqui vamos falar do principal para as mulheres, a beleza. Que você acha de ter uma pele viva e bem hidratada. Pois bem, conheça os benefícios da água para a pele.

O poder da água – Benefícios da água para sua pele

o poder da água na beleza

Água a fonte da juventude

A Fonte da juventude pode não existir, mas a água é uma fonte de beleza. A água tem a capacidade de controlar os níveis nutricionais sanguíneos e favorecer a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio celular. Com isso a pele fica mais viva e saudável. Quando a sua pele está bem hidratada, as rugas se tornam menos perceptíveis e a pele fica mais firme.
As fibras de colágeno, que são responsáveis pela sustentação da pele, dependem muito da água para seu bom funcionamento, a desidratação pode ter consequências irreversíveis para a pele.
A água juntamente com cremes hidratantes trabalham juntos para deixar a pele mais bonita e saudável. Cada um tem uma função, o creme atingi a camada superficial da pele, já a água hidrata as camadas mais profundas da pele.
Podemos dizer que a água é o detox mais eficiente e barato. Ela pode ajudar o seu organismo a eliminar as suas impurezas, facilitando a eliminação intestinal e melhorando a circulação sanguínea. Quanto mais você elimina as impurezas de seu organismo, mais você evita o aparecimento das celulites.
Muitos especialistas dizem que é possível perceber que o corpo está hidratado fazendo uma avaliação no cabelo e nas unhas.  Quando o corpo está bem hidratado, o volume sanguíneo aumenta, melhorando a circulação e levando vida as células. Beber água ao longo de todo o dia pode evitar que o organismo retenha sódio, com isso evita o inchaços.

Água para emagrecer saudável

Todos sabemos que o consumo de água contribui para a absorção dos nutrientes necessários ao equilíbrio da pele e dos organismos. Sem contar que a água estimula o intestino a eliminar toxinas e gorduras impedindo que o seu acúmulo seja refletido na sua pele.
O que muita gente não sabe é que beber água antes ou entre as refeições pode ajudar a aumentar a sensação de saciedade e com isso causando uma diminuição de peso sem sofrimento. Isso sem contar que a água durante as refeições ajuda no processo de digestão e melhora os problemas de prisão de ventre.
Então, beba água!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...