A PANDEMIA DA MORTE, FOME E RECICLAGEM
Na
mesa de muitos brasileiros anda faltando comida, roupa e outras necessidades
básica. Mas, a fome nada supre se não a própria comida.
Já
a natureza anda sendo vilipendiada de formas diversas. De longe pra perto a
boiada vem tendo acesso aos nossos pulmões. Recentemente literalmente sendo
queimada não só sufocando como levando embora a vegetação e também a vida de
muitos animais.
A
perceptível irresponsabilidade federal quanto aos cuidados e preservação da
Amazônia já é tema internacional e em todas as mídias. Nem apelos internos de
organizações nem tão pouco a pressão internacional segura a gana dos
destruidores incautos de nossas florestas. E não são os pobres famintos que destroem em
busca de comida, como já disse o Ministro da Economia Sr. Paulo Guedes. Mas, sim
destruída, devastada pelas pessoas mais ricas desse país. E não sou eu a dizer,
são os números absurdos de multas aplicadas a esses desmatadores. E por
incrível que pareça a outros países, não ao Brasil, a grande maioria desses
devastadores nunca pagou um centavo do valor dessas multas. Acumulam dividas
com o poder público chegando próximo ao orçamento anual de cidadezinhas de
100mil habitantes.
Não
bastasse o natural empenho dos grileiros devedores e impunes devastadores, a
Amazônia passa pelo completo desinteresse público expresso sem pudores por membros
dos Ministérios e pelo próprio Presidente da República. Talvez orações salvem nossa
Amazônia, pois o dinheiro na quantidade que rola, compra muita força.
A
pandemia não é culpada de nada, lógico que ela trouxe problemas econômicos sérios
e isso não foi só ao Brasil, todavia temos um país gigante e com diversas
classes sociais bastantes vulneráveis, e que precisam de atenção e ajuda
pública. O risco maior e ainda crescente da extrema pobreza, que já esteve
controlada até pouco tempo atrás com projetos sociais estruturados, não só em
satisfazer a fome, mas em gerar oportunidades melhores em estudos e
profissionalização, melhorando o ganho e a qualidade da renda das famílias. Por
outro lado, fazendo uma ponte entre a destruição da natureza, a fome, o
desinteresse governamental e a extrema riqueza. A cena de terror é ainda pior.
Quando
você vê que o distanciamento social fez
com que o “delívery” crescesse, e a disposição fácil dos alimentos disponibilizados
prontos para consumo nos mercados substituindo o “self service” ou a montagem personalizada
do prato. Isso para evitar aglomerações e filas, deu rapidez e também
proporcionou um meio de vida para muitos profissionais se reinventarem, virando
moto boys. Todavia isso aumentou consideravelmente a produção do lixo
reciclável. Nessa gangorra alguns ganhos de um lado, muitas perdas de outro, mas
houve surpresas gratificantes. Parece que aumentou a conscientização com a
separação e o encaminhamento das embalagens recicláveis. Da mesma forma que o
desemprego aumentou o número de recicladores que aderiram a essa forma de
sobrevivência devido ao baixo ou nenhum auxílio financeiro.
Essa
é a boa notícia. A conscientização levou a uma maior e melhor separação da reciclagem,
proporcionando maior encaminhamento de resíduos para a reciclagem que aliviando
os aterros e economizando nossas reservas.
A
economia aperta, a criatividade aumenta reinventada pela pandemia; as oportunidades
não crescem, mas se diversificam para encontrar formas de sobreviver nesse
transtorno. Só o que aumenta de verdade é a fome, e onde ela volta a bater a
bater recordes internos. Sim, muitas famílias que haviam saído da pobreza, pobreza
extrema está voltando a ela. A suba do preço dos alimentos e a baixa ajuda que
recebem colabora para o retorno da extrema pobreza. Quem tem emprego ainda
consegue se aguentar um pouco mais. Do outro lado, quem é muito rico, empresário
mantém uma estratégia financeira cruel e a que é a dispensa de funcionários. O
que numa bola de neve acarreta ainda mais problemas a classe de trabalhadores
que ainda estão empregados. As grandes empresas pensam apenas em seus próprios
lucros em não perder sua margem de ganho lucrativa. Não possuem empatia nenhuma
com a situação. Como por exemplo baixar os preços incentivando um giro econômico
maior e mantendo os empregos. O empresariado rico nem pensa em ganhar um pouco
menos e contribuir para o crescimento do país por inteiro. Dar oportunidade a que
todos alcancem melhor qualidade de vida. Esse é o capitalismo feroz. Aplaude quem não
entende.