6 de maio de 2021

A PANDEMIA DA MORTE, FOME E RECICLAGEM

 



A PANDEMIA DA MORTE, FOME E RECICLAGEM

 

Na mesa de muitos brasileiros anda faltando comida, roupa e outras necessidades básica. Mas, a fome nada supre se não a própria comida.

Já a natureza anda sendo vilipendiada de formas diversas. De longe pra perto a boiada vem tendo acesso aos nossos pulmões. Recentemente literalmente sendo queimada não só sufocando como levando embora a vegetação e também a vida de muitos animais.

 

A perceptível irresponsabilidade federal quanto aos cuidados e preservação da Amazônia já é tema internacional e em todas as mídias. Nem apelos internos de organizações nem tão pouco a pressão internacional segura a gana dos destruidores incautos de nossas florestas.  E não são os pobres famintos que destroem em busca de comida, como já disse o Ministro da Economia Sr. Paulo Guedes. Mas, sim destruída, devastada pelas pessoas mais ricas desse país. E não sou eu a dizer, são os números absurdos de multas aplicadas a esses desmatadores. E por incrível que pareça a outros países, não ao Brasil, a grande maioria desses devastadores nunca pagou um centavo do valor dessas multas. Acumulam dividas com o poder público chegando próximo ao orçamento anual de cidadezinhas de 100mil habitantes.

 

Não bastasse o natural empenho dos grileiros devedores e impunes devastadores, a Amazônia passa pelo completo desinteresse público expresso sem pudores por membros dos Ministérios e pelo próprio Presidente da República. Talvez orações salvem nossa Amazônia, pois o dinheiro na quantidade que rola, compra muita força.

 

A pandemia não é culpada de nada, lógico que ela trouxe problemas econômicos sérios e isso não foi só ao Brasil, todavia temos um país gigante e com diversas classes sociais bastantes vulneráveis, e que precisam de atenção e ajuda pública. O risco maior e ainda crescente da extrema pobreza, que já esteve controlada até pouco tempo atrás com projetos sociais estruturados, não só em satisfazer a fome, mas em gerar oportunidades melhores em estudos e profissionalização, melhorando o ganho e a qualidade da renda das famílias. Por outro lado, fazendo uma ponte entre a destruição da natureza, a fome, o desinteresse governamental e a extrema riqueza. A cena de terror é ainda pior.

Quando você vê que  o distanciamento social fez com que o “delívery” crescesse, e a disposição fácil dos alimentos disponibilizados prontos para consumo nos mercados substituindo o “self service” ou a montagem personalizada do prato. Isso para evitar aglomerações e filas, deu rapidez e também proporcionou um meio de vida para muitos profissionais se reinventarem, virando moto boys. Todavia isso aumentou consideravelmente a produção do lixo reciclável. Nessa gangorra alguns ganhos de um lado, muitas perdas de outro, mas houve surpresas gratificantes. Parece que aumentou a conscientização com a separação e o encaminhamento das embalagens recicláveis. Da mesma forma que o desemprego aumentou o número de recicladores que aderiram a essa forma de sobrevivência devido ao baixo ou nenhum auxílio financeiro.

Essa é a boa notícia. A conscientização levou a uma maior e melhor separação da reciclagem, proporcionando maior encaminhamento de resíduos para a reciclagem que aliviando os aterros e economizando nossas reservas.

A economia aperta, a criatividade aumenta reinventada pela pandemia; as oportunidades não crescem, mas se diversificam para encontrar formas de sobreviver nesse transtorno. Só o que aumenta de verdade é a fome, e onde ela volta a bater a bater recordes internos. Sim, muitas famílias que haviam saído da pobreza, pobreza extrema está voltando a ela. A suba do preço dos alimentos e a baixa ajuda que recebem colabora para o retorno da extrema pobreza. Quem tem emprego ainda consegue se aguentar um pouco mais. Do outro lado, quem é muito rico, empresário mantém uma estratégia financeira cruel e a que é a dispensa de funcionários. O que numa bola de neve acarreta ainda mais problemas a classe de trabalhadores que ainda estão empregados. As grandes empresas pensam apenas em seus próprios lucros em não perder sua margem de ganho lucrativa. Não possuem empatia nenhuma com a situação. Como por exemplo baixar os preços incentivando um giro econômico maior e mantendo os empregos. O empresariado rico nem pensa em ganhar um pouco menos e contribuir para o crescimento do país por inteiro. Dar oportunidade a que todos alcancem melhor qualidade de vida.  Esse é o capitalismo feroz. Aplaude quem não entende.

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