A ONU declarou 2010 o ano internacional da Biodiversidade, com intuito de promover no planeta uma conscientização global voltada para a necessidade de conjugarmos unidos, formas de proteger e preservar . É importante que essas ações se manifestem em diversas áreas e oriundas de diversas fontes, para que haja a proteção de toda essa variedade de vidas do planeta
Essa diversidade de vidas, se sobrepõe a maiores perdas devido a forma como nós humanos, parte desta biodiversidade, tratamos os animais, as florestas, os seres vivos e o meio em que vivemos. Nossa sobrevivência depende deste conjunto de maravilhas para viver bem e necessitamos ter uma visão sustentável para esperar e retribuir o mesmo bem estar. Estamos retirando muito além do que necessitamos da natureza e estamos repondo, muito menos do que deveríamos.
Alguns movimentos, como o 1º Fórum de Biodiversidade das Américas em Brasília de 05 de Julho a 10 de Julho de 2010, onde trouxe como campanha a iniciativa de estimular a participação de instituições e representantes da comunidade civil para através de ações simples desenvolver a idéia de preservar nossa biodiversidade, colabora para atrair maior número de pessoas conscientes dessa necessidade de ter em mente que precisamos primeiro preservar para depois usufruir.
Toda e qualquer iniciativa que venha agregar maior número de pessoas engajadas em promover ações de preservação serão importantes , sejam através de pequenos movimentos de estudantes ou entidades, de empresas, da comunidade ou de apaixonados pela natureza, pois estarão contribuindo para um processo indispensável para diversas vidas .
Porém toda essa retórica pode cair por caminhos do desânimo. A apresentação do texto sobre a reforma do código florestal, e sua prevista votação, não veio para instalar entre os preservacionistas algo otimista em relação a nossas florestas. Serviu até o momento, apenas para desenvolver debates por todos os meios de comunicação, entre os Ruralistas preocupados em aumentar suas terras produtivas, e ficarem isentos de suas multas oriundas de desmatamentos irregulares anteriores e os ambientalistas convictos de que o texto além de dúbio e obscuro é aberto a muitas interpretações sempre voltadas em prejuízos a biodiversidade , além de potencializar o problema climático .
Enfim, é triste concluirmos que não detemos a mesma preocupação ao meio em que vivemos, semelhante a uma conta bancária , onde se deposita, se deixa render e se usa o necessário, nem tão pouco, as cúpulas governamentais que poderiam colaborar instituindo leis e fiscalizações eficazes , fazem por proteger nosso bem mais valioso.
Publicado no Jornal UNESP em 17/07/2010
Publicado Jornal O Popular - Mogi Mirim -SP em 21/07/2010
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