Fala-se muito na falta de motivação dos professores, desculpem-me mas vou descordar. O professor só tornou-se professor porque ele foi motivado por vocação para atuar na educação, e infelizmente os últimos governos com suas políticas educacionais ora instituídas, não estão APROVEITANDO esse profissional sedento de educar, esse mesmo governo vem aniquilando os professores com esse formato de educação que temos nas escolas públicas, esse mesmo governo não tem interesse em transformar essas políticas educacionais pois ele na verdade tem MEDO de intelectuais que possam mobilizar outras pessoas com poderes apenas pelo conhecimento.
O que vem acontecendo é um descaso proposital para com a educação com movimentos voltados apenas para angariar amplitude em pesquisas de analfabetismo e para galgar posições fictícias no EPT da UNESCO. Esse caminho ora usado pelas políticas de Educação diminuindo a taxa de repetência não promove ninguém, isso é cruel se pensarmos que uma criança chega a escola disposta a estudar, fazer amigos compreender a vida em sociedade e uma grande parcela matar a fome também. É inadmissível aceitarmos que governo após governo perpetue esse formato. Nossas crianças merecem ir para escola para aprenderem e não só para marcar presença. È possível quando se quer, diminuir a taxa de repetência ENSINANDO, reforços para quem necessite, mas jamais largar a educação do jeito que está.
A escola deveria ser um segundo lar , mas aquele lugar que transformaria o aluno num ser de amplo conhecimento. Que esse aluno entrasse pela manhã e saísse a noite de banho tomado e jantado, mão de obra para ter uma escola desse formato não falta o que precisa é vontade de proporcionar um ambiente onde se aprenda as disciplinas curriculares, que se aprenda também habilidades manuais, que futuramente possam ser usadas para sustento da família, onde se aprenda sobre música, teatro e outras formas de expressão pois isso tudo ao final, para crianças desfavorecidas financeiramente seria um oásis de maravilhas pos ir a escola não seria uma obrigação e sim um PRAZER ,prazer em aprender a ser um cidadão pleno de direitos e conhecedor de deveres.
Bom lembrar que este modelo de escola, “ Escola parque” foi introduzido na Bahia e defendido por muito tempo por Anísio Teixeira, infelizmente também sofreu perseguições políticas e morte mal explicada.
A educação ambiental seria relativamente fácil de ser implantada, mas encontra muitos obstáculos devido as excessivas falhas no sistemas político e educacional brasileiro. As crianças que hoje estão na escola vêem de uma geração de pais que também não tiveram uma educação merecida e todavia não apresentam condições de educar os seus filhos , que já nasceram na geração onde predomina a espera de ajuda , onde a tal “Promoção Social” só se qualifica pelo nome mas em si não trás nenhuma promoção para o ser acompanhado.
Enfim, a educação ambiental fica concentrada em campanhas, muitas vezes oriundas do setor privado que usam concursos de produção literária ou artísticas para promoverem-se socioambientalmente apenas, porém o que seria mais eficaz, seria a inclusão da disciplina desde o Infantil , preconizando conceitos e mudanças de hábitos do dia a dia , treinado-os a partir da escola para assim levar à família, esses conhecimentos simples no dia dia , transformando a mesma numa família educada para usufruir e proteger o Meio Ambiente de forma sustentável.
Nos dias de hoje, pensamento mais voltado para minha profissão, seria imprescindível a presença de plantão de um Assistente Social nas escolas da rede pública, pois, devido ao desmantelamento da família e os rumos que o governo tem dado através desta política educacional, onde os alunos tudo podem fazer só “não devem aprender”, as escolas viraram também quartéis de crianças instruídas por programas de televisão que incitam a barbárie e a violência e acabam por reproduzir isso dentro das escolas contra colegas, professores e as instalações e o Meio ambiente , pois, não demonstram nenhum tipo de civismo, isso não lhes foi dado e nem cobrado, tais comportamentos nem a família muitas vezes os teve e por sua vez a escola hoje, também não se incumbe mais disso.
Há necessidade de retornar a disciplina “Moral e Cívica ou OSPB” incluído nelas saberes para preservação do Meio Ambiente, com mudanças de hábitos e atitudes e que, já que não parte da família, partiriam então da escola esses novos valores, possibilitando um futuro com reais comemorações em diminuição das taxas de analfabetismo e outras.
Enfim, eu sonho com isso...mas sei que é utópico se visto pelos políticos que temos...
2 comentários:
É exatamente isso, e acrescentando em seu post, não adianta ter apenas professores sedentos em ensinar, pois a capacitação do profissional é essencial para que programas de Educação Ambiental possam ir alem do senso comum e apenas, como bem dito aqui no seu blog, realizada em eventos pontuais e não em programas contínuos, interdisciplinares e com a participação de toda a comunidade escolar.
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Bárbara
Do jeito que deixaram chegar o comportamento individualista de hoje, a escola além de capacitar para a educação ambiental , tem que se colocar mais forte nesse aspecto sendo um dos principais meios de se conhecer e interiorizar a necessidade de se respeitar o próximo e o meio.
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