Parece que vou falar sobre competição de dois times de futebol, pelo título, mas não vou falar nem futebol nem de competição. Muito pelo contrário gostaria de falar em UNIÃO.
Dia 29 de outubro encerrou-se a Conferência global sobre a Biodiversidade em Nagoya (Japão) e parece que com boas perspectivas aos paises em desenvolvimento.
Havia uma expectativa de mudanças relativas ao uso da biodiversidade e neste encontro criou-se um protocolo mundial de uso das diversidades biológicas impondo a necessidade de consentimento do país detentor do animal, planta ou gene, e que seja também reconhecido o criador de tecnologias a partir do uso de qualquer espécie nativo com divisão de lucros oriundos desta tecnologia ou de outras .
Enfim, é muito gratificante ver-se conferências proporcionarem mudanças e regulações que venham a proporcionar melhor entendimento e também, que propicie principalmente no que diz respeito a biodiversidade de cada país, melhor proteção, evitando assim o uso indiscriminado por outros paises de espécies nativas de um vizinho sem dar-lhes os devidos créditos.
E que o Brasil se embrenhe por pesquisas e criações de novos produtos, medicamentos e outros onde nossa belíssima e grandiosa biodiversidade tem para oferecer. E que este protocolo de Nagoya permita também cobrar direitos de uso de plantas e outros já utilizados sem os devidos consentimentos. Que amplie como assinado no protocolo as áreas que devem ser preservadas dentro do nosso país.
Agora a torcida será para que o protocolo de Nagoya possa unir forças com protocolo de kyoto que defendeu a diminuição de emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global e sendo assim, enquanto um estabelece regras e metas sobre o uso da biodiversidade o outro diminuição de gases nocivos, o protocolo de Nagoya pode também abrir precedentes para negociações entre os paises como aconteceu no mercado internacional de emissões de carbono.
Essa partida não é a das melhores, mas vendo por um olhar preservacionista , ela corre para preservar o que ainda existe de bom e tenta eliminar o que é de ruim, por isso creio que o vencedor será a biodiversidade , pois preservando-a e eliminando o que lhe abafa não será possível nem o empate.
Adriana é estudante de graduação em Serviço Social com interesse socioambiental.
Publicado no Jornal "O Popular" de Mogi Mirim-SP em 10/11/2010
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