Adriana Teixeira
Simoni
O Ser humano com o passar
dos anos vem crescendo num comportamento de isolamento do todo, tornando-se uma
pessoa anti-social e muitas vezes desenvolvendo uma relação muito autônoma
perante o “resto” , perante os demais da
sociedade. Haja vista as impaciências no trânsito como causam desastres e mortes.
Esse tipo de comportamento colabora
muito negativamente para a sustentabilidade, pois em poder do carro o homem de
qualquer gênero se mostra muito capaz de cometer inúmeros desatinos contra
outros homens, contra si próprios e contra o planeta.
Na clausura do veículo o
homem pode se manter longe , ou separado
do que ele não gosta, do contato com pessoas de classes distintas e preconceitualizadas por
ele, é como um manto de isolamento e de poder.
Quando digo que proporciona
ser contra o planeta seria porque o fato do homem se achar o dono do mundo montado
num veículo, ele se esquece de tudo. Naquele
momento é só ele e o seu carro. Esse
comportamento é bastante visto quanto à forma como ele trata o carro, parece
até que tem vida. Ele lava o veículo , lustra, perfuma, discute por arranhões, etc. Todo tipo de lastimo ao carro tem a capacidade de estragar o humor do dia ou da semana, dependendo do caso. O que provoca também
comportamentos agressivos no trânsito.
Isso faz com que ele perca a noção, por
exemplo, da quantidade de água desperdiçada numa lavagem diária ou semanal, quando
a época do ano é de poeira solta ou
chove demais, não importa. O fato que
ele trata o carro como se fora uma paixão. Há casos de desastres e calamidades que a pessoa morre
na tentativa de salvar o próprio carro,acaba por se tornar um escravo do seu próprio carro.
Tem mais, o uso do carro
particular é um fator violador de várias condutas sustentáveis para o planeta,
pois seu uso em detrimento do transporte coletivo que seria o mais adequado
provoca mais descargas de CO2 na atmosfera, congestionamentos e outros problemas
de ordem social e física no perímetro urbano.
Esse comportamento é
engraçado quando se coloca a questão de que não há mais espaço para tantos
carros. Todos concordam, porém, logo argumentam que não podem viver sem o carro.
Nem o tal do rodízio de veículos preconizado como tentativa para melhorar a fruição
do trânsito resolve, pois se adquire outros veículos para ter sempre uma placa
disponível para usar naquele dia proibido.
O Brasil projeta essa conduta de geração em
geração. A meta de uma criança assim que entra na pré adolescência é tirar a
carta de motorista, e não é só pensando nas facilidades de locomoção, mas pelo
status produzido de dirigir um carro. Precisamos
ganhar novos hábitos como carona solidária e o uso do transporte coletivo para nos
socializar com a convivência com nossos semelhantes sem expressões de poder e
isolamento perante uma máquina que pode nos matar tanto pela negligência do uso
quanto pela poluição que gera. Na ausência de um bom e eficiente transporte coletivo vamos preconizar
as caminhadas que cumprem dois ou três papeis como por exemplo a economia, a
sustentabilidade e a sociabilidade.
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