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11 de fevereiro de 2012

MADEIRA LEGAL



Adriana Teixeira Simoni

O uso da madeira na construção civil ainda não dá para ser substituído completamente, mas caminha para se tornar sustentável quando impulsionado ao uso de madeira legal. Uma madeira que segue todos os princípios da sustentabilidade sem desmatar e com manejo adequado, porém com preço compatível com o impacto gerado à natureza. Lógico que se é legal tem um preço que confere sua legalidade mal se comparando ao CD original e ao pirata.

O Estado de São Paulo consome 15% da madeira amazônica sendo que 70% são utilizadas na construção civil. Portanto, é importante ser vigiada essa cadeia de consumo entre Estados, Municípios e construtoras, para que programem maior controle sobre a madeira utilizada, viabilizando nas políticas públicas formas de eliminar o uso de madeira ilegal e preservar nossas florestas. Pelo menos essa é a maneira ideal e mais legal.

Nossa biodiversidade, para se manter equilibrada não pode perder nem uma espécie, pois a falta dessa pode comprometer todo o ecossistema onde toda intervenção provocada pelo homem no meio pode desenvolver conseqüências sociais, econômicas e culturais extremamente danosas, com comprometimento difícil de mensurar. Por isso há essa busca incansável dos ambientalistas em promover a preservação de toda a biodiversidade para garantir a vida perene ao planeta.

E sendo assim, esse programa  Madeira é Legal! Difundido pela WWF-Brasil em parceria com o Governo de São Paulo, trás grande incentivo ao comércio de madeira legal dentro do Estado e atua como um dos principais agentes reguladores e indutores da preservação dos recursos florestais.

Para enfrentar esse desafio, é preciso reverter padrões históricos de exploração não-sustentável dos recursos naturais na região amazônica, que gerou conflitos sociais e que acabou por beneficiar apenas uma minoria da população.Todavia o que mais engrandece o programa “Madeira legal” é que ao viabilizarem manejo e reflorestamento de forma adequada e efetiva na direção da preservação florestal contribuem para a redução do efeito estufa, contabilizando maior estoque de CO2. Além de, dentro desta cadeia, as empresas receberem orientações para reconhecerem a verdadeira madeira legal ao comprá-la, e não serem ludibriados pela ilegalidade que dizima nossas florestas.

Esse programa se qualifica ao entrosar por elos, ligando o setor produtor, o terceiro setor e o consumidor final de uma forma bastante interessante. Enquanto cobra uma série de regularidades junto a órgãos governamentais e preservacionistas ele também exige um comprometimento dentro do Estado gerando assim um ecossistema comercial que preconiza e incentiva o uso da madeira legal ao mesmo tempo em que garante para o produtor o retorno do investimento que fez ao promover a exploração racional e sustentável da floresta.

Isso sim é uma maneira de pensar no planeta de forma sustentável, garantindo à biodiversidade, manutenção de seus ecossistemas embora nos cedendo alguns de seus recursos naturais.

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