Adriana Teixeira Simoni
Em
tempos de reclamar e apontar o dedo a tudo que está errado, a dar sua opinião
mesmo sem ter conhecimento profundo sobre o assunto. De se achar no direito de se expressar (ofendendo) não
importando a quem vai atingir. Vejo muita gente julgando uns e outros de
corruptos, ladrões, bandidos, podres, sujos, incompetentes. Enfim, a lista é
grande. Em tempos de doenças maldosas e até fatais como Dengue, chikungunya e zika , não importa mais os adjetivos , nem
tão pouco quem “DEVE” ter a responsabilidade. Se quisermos uma vida melhor é
nosso dever colaborar imparcialmente. A segurança será para todos e não apenas
para mim.
O
assunto é, na verdade, o LIXO. Nada tem
a ver com pronomes, mas sim, com comportamentos.
Eu posso dizer que tenho, não tento, tenho, o melhor comportamento possível com
meu lixo, e as vezes com de meus vizinhos também. Lógico, que nem tudo pode ser
perfeito quando o poder público não atua como esperado; aí eu realmente tento
fazer o melhor, nem sempre consigo. Mas jamais deixo de fazer, pois pode ficar
pior.
Quando
falamos na primeira pessoa, damos significado a nossas vontades, desejos e opiniões.
É na pessoa do EU, que tudo pode tomar forma bem distinta. Apontar nunca é para mim (“EU”),
sempre para eles. Portanto, precisa partir de mim a coisa bem feita para poder apontar o mal feito do
outro.
Estamos
em 2016, desfrutamos de liberdade de expressão, escrevemos com toda coragem do
mundo tudo que pensamos; deixando opiniões “sábias” na expectativa de muitas
curtidas de ibope, porém não temos opinião para colocar a própria mão na massa carregando nosso EU mais intimo
para FAZER algo sem anunciar ,fazer por
comprometimento, fazer pela razão em si: Fazer para o meu bem, para o bem do outro, para o bem de
todos.
Caminhando
pelos bairros nesses dias de festas e feriado eu fiquei estarrecida com a quantidade de lixo
mal acondicionado, lixo jogado pelos matos, praças e descampados. Como podem as pessoas exigir A
ou B de C ou D se não são capazes de
administrar o próprio lixo em dias em que a coleta não passará . E, pior, serem
capazes de preocupados com o “sEU” lixo em casa fedendo, agem rapidamente e jogam-no
num outro bairro, numa praça; não estando na frente da sua casa é o que importa. Com essa atitude pensam
só e unicamente em seu próprio
desconforto e nada, nada lhes lembra os infortúnios das doenças provocadas por
essa irresponsabilidade com o lixo , nesse seu ato.
As
coletas de lixo de aparas de jardim não cumprem calendário e pessoas jogam toda
quantidade de lixo nesses entulhos como potes e latas. Que em tempos de chuvas juntam
água. Esses mesmos tipos de lixos, são jogados em descampados que por sua vez
também viram criadouros de mosquitos Aedes
aegypti , e lá...ninguém vai coletar...serão criadouros eternos.
Cansa
falar de mal comportamento com o lixo. O
que se torna mais desanimador é que
ninguém gosta de sujeira acumulada em sua própria casa. Mas repara na casa do vizinho, do amigo, repara na sujeira da “CIDADE” . Agora eu lhes pergunto? Quem
suja a cidade? Quem come enlatado, consome lâmpada fluorescente, toma
refrigerante ou cerveja em latinha, ou em PET. Quem toma leite? Usa fralda
descartável, troca de sofá? Não é a administração de uma cidade. São os
moradores dessa cidade.
Festas
é algo sempre requisitado pelo povo, adoram se divertir. Querem uma festa cheia
de atrativos, querem segurança, conforto, etc. Depois de uma festa popular o
que mais se encontra é lixo pelo chão. Isso é aceitável num povo tão cheio de “opiniões”
? Há... mas faltam lixeiras... Até
podem faltar... Mas você também pode levar seu lixo para sua casa. A festa na praia, no campo, no parque
era apenas o lugar para se divertir não
a lixeira.
Então,
se a gente fizer o dever de casa para treinar, antes de distribuir “opinião”,
apontar o dedo e julgar os OUTROS ; teremos mais coisas para elogiar do que
reclamar e muito mais coisas para reivindicar. Pense nisso!