Adriana
Teixeira Simoni
Não
basta dizer-se sustentável é necessário abraçar-se ao conceito com o objetivo
de tocá-lo. Parece utópico tentar tocar um ideal, uma ação onde os dias atuais
estão intrínsecos, mas é possível. Hoje a sociedade lê, ouve, fala sobre esse assunto
e muitas vezes nem percebe a importância e a
necessidade de verdadeiramente dar vida a essa ação, a essa ideia de
constância com ar de eternidade.
Realmente
creio que o momento, a década está extremamente permeada do uso dessa expressão
tanto pelo apelo em si de “ecologicamente correto” , bem como pelo
reconhecimento da necessidade de se pensar sustentavelmente todas as ações
socioambientais do planeta , cujo sentido é promover a constância existencial
de toda a diversidade planetária permitindo a existência da humanidade
igualmente a todos, sem tolher de alguns
a oportunidade de conhecer ou viver algo desse planeta por pura
irresponsabilidade de alguns atravessadores do lucro que menosprezam a todo
instante nossos recursos naturais a
qualquer custo.
Nesse momento se percebe o envolvimento de grande
parte da sociedade, do meio empresarial
e governamental com a temática da
sustentabilidade num propósito de querer amenizar danos que foram provocados no
passado e que agora mostram-se nos rios, florestas e atmosfera. A ação
predatória por muitos anos com intuito de visar o crescimento do País fez com que essas ações irresponsáveis
degradassem de forma quase que irreversível muito do nosso planeta.
Agora
é correr atrás do prejuízo, e não adianta apenas panfletar ou aderir à marca mensagens de sustentabilidade e ou publicar
páginas inteiras na imprensa do que sua
empresa fez ou deixou de degradar em nosso planeta. Faz-se necessário colocar a
sociedade dentro dessa luta não só como
consumidora e geradora de lucro a essa empresa,
mas como participativa dessas
ações sustentáveis, cujo resultado será muito maior em benefícios a
efetiva sustentabilidade planetária.
As
iniciativas para esse caminho estão tomando corpo e substância nessa últimas décadas, onde um caminhão de
erros e contra-sensos foi necessário para agora separar o que realmente foi
positivo do que se mostrou neutro e negativo. Onde cada vez mais se faz possível vislumbrar um equilíbrio nesta luta pela
efetiva sustentabilidade empoderando a
sociedade para esta sentir-se capaz e motivada a participar da construção de
uma nação preocupada com o planeta e a
sua própria sobrevivência.
As
ações isoladas no âmbito empresarial e governamental não resultam numa educação
ambiental efetivamente capaz de produzir mudanças. Do que adianta ações
pontuadas em anúncios ou mesmo dentro de escolas em pequenos projetos, com palestras , lindos
slides e o blá blá blá sustentável de sempre. Isso não faz refletir sobre a
ação, é necessário se fazer parte do
movimento da mudança, é necessário colocar a mão na massa e ver como é que a
coisa realmente funciona.
A
Política Nacional de Resíduos sólidos será uma grande aliada neste laço de
sustentabilidade, promovendo a união de toda cadeia produtiva até o destino
final, incorporando também responsabilidades ao
consumidor neste processo. Porém, ainda requer um preparo para que esse
consumidor seja convocado de forma ser ancorado nessa responsabilidade como
participante da ação sustentável ciente de sua importância e não apenas como adereço.
O
mesmo deve ser com a educação ambiental, ela deve estar presente e ativa como
algo semelhante aos hábitos com a higiene, algo sistemático que cresça e se manifeste naturalmente com a
visão do bem estar ambiental sem que seja uma pequena faceta de matéria
publicitária de aspectos ecologicamente corretos oriundos do Estado ou de grupos empresariais.Requer
um laço bem feito!
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