Adriana
Teixeira Simoni
Por todo percurso
que a vida nos leva nos espreme em projetos e mais projetos e todos passam pela
balança das prioridades, sejam prioridades financeira, amorosa ou profissional,
todas nos forçam a eleger uma atitude frente a várias opções ou caminhos. E sendo prioridade aquilo que vem a frente de outras opções sobressaindo-se no
resultado, é o acontecimento que trará a solução, então, porque não há prioridades nas
políticas do Brasil também?
Quando me deparo a
analisar as prioridades definidas em certos governos percebo o quanto o País
poderia avançar se as gestões fossem compartilhadas entre os governos que
permanecem de quatro a oito anos, o que na verdade acabam sendo seis anos e
meio, porque os outros um ano e meio nada fazem apenas articulam sucessores,
enfim, o fato é que tudo se inicia com promessas muitas vezes dispersas da
continuidade do antigo governo para trazer ao povo eleitor “algo novo” e,
todavia não complementa o que já foi iniciado e por vezes aniquilam o que já
havia sido feito ou iniciado por outra administração. E o mais grave disso é
que isso só ocorre nas administrações públicas, pois nas empresas privadas
sempre há uma continuidade mesmo com a troca de diretores visualizando o bem da
empresa.
Focalizando as
prioridades nas necessidades básicas de uma sociedade e que englobam um maior
número de cidadãos usufruindo dessas prioridades creio que antes de Estádios
para sediar a Copa do Mundo há outras prioridades aqui no Brasil. E posso
rapidamente citar algumas prioridades como saneamento básico que não existe em
muitos dos municípios dos Estados que receberão jogos, dentro do saneamento
existem centenas de cidades que ainda
não contam com coleta seletiva de lixo,
porém a lei diz que em 2014(mesmo ano da copa) todas as cidades deverão estar dentro do Plano Nacional de
resíduos Sólidos. Custo a acreditar que isso ocorra, pois terá duas eleições nesse meio tempo e que
acabam sendo a prioridade, pois a sociedade nunca é uma prioridade.
Embora a saúde seja
uma prioridade ela sempre é deixada em escanteio, para um outro momento, isso até na vida pessoal. Porém
não creio que todos vivam o ópio do futebol a ponto de achar bonito e gostoso
ficarem horas na fila de um corredor aguardando um leito para curar uma doença
que poderá consumir-lhe a vida ali mesmo. Como também não acredito que seja uma
prioridade a construção de um estádio novo numa cidade que necessita solucionar
grandes problemas desde ordem social, educacional bem como habitacional e de
transportes.
Embora sediar uma
copa do mundo seja importante, a qualidade de vida da população desse País
vive na penúria de muitas soluções, que englobam construção de hospitais,
moradias e principalmente escolas para bloquear o crescimento de construções de
presídios transformando essa sociedade em um povo educado capaz de saber
priorizar as escolhas de seus representantes políticos com real disposição
para elevar o País, não apenas exibir
uma faceta maquiada para estrangeiros durante um curto período, enquanto o povo necessita de
tantas prioridades por anos.
Volto a pensar no
saneamento básico, se esse não está a contento para a rotina anual das cidades
envolvendo aí a coleta do lixo e a disciplina para lidar com o lixo, esgoto e
escoamento das águas das chuvas nas vias públicas, como ficará isso com aumento
do volume de pessoas nas regiões que sediarão jogos?
Quanto mais tento
compreender as prioridades eleitas pelos governantes mais concluo que existem
outros interesses e que de forma alguma passam perto de ter como objetivo transformar
uma sociedade nem tão pouco de eleger as melhores soluções para as cidades que
administram nem de priorizar solucionar ou minimizar os problemas com
determinação e continuidade dando seqüência ao que já foi iniciado em outra
administração, evidenciando seu real interesse na cidade e no povo que o elegeu
dando valor ao voto e a confiança
depositada.
Foi dada a largada
das promessas, na sua grande maioria tentam enganar eleitores susceptíveis em
suas dificuldades lhes oferecendo migalhas ilustrativas de iniciativas que se
forem perpetradas num município com 85000 habitantes causarão ruínas nas contas
públicas. Enfim...falta leitura ao povo...um dia isso muda...quando? Quem sabe
no fim da humanidade...já está próximo. O aumento de presídios e o déficit
educacional já demonstra isso.
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