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14 de julho de 2012

O PERIGO DA ETERNIDADE


Adriana Teixeira Simoni

            Não tenho intenção de entrar no tema divino, mas gostaria de poder tocar de forma divina sobre o tema ambiental. Nunca tive pretensão de estudar física nem tão pouco filosofia, porém volte e meia me vejo envolvida com o tema buraco negro e Big Bang  por  pura osmose. Pois em minha casa saltam para fora das prateleiras da biblioteca livros sobre esses assuntos. Agora quanto a temas filosóficos já me atrevo mais a buscar conhecê-los e por vezes me aventurar em suas fantásticas utopias que permitem viver outro tempo. E  sendo assim me aproprio desses temas para incluí-los em meus raciocínios relativos ao meio ambiente e a sociedade.

            Desde o inicio desse mês tem se encontrado muitos comentários sobre a “Partícula de Deus” denominação de uma descoberta sobre um acelerador que provoca o aumento da velocidade de partes diminutas denominados de fótons, prótons e nêutrons ( hádrons) , que ao se colidirem entre si  reproduzem a possibilidade de uma  pseudo-visualização  dessa pequeníssima partícula ,  que vem a se chamar “bóson de Higgs” que fora denominada de “partícula de Deus” com intento de representar sua importância para  a física.

            Esse tema extremamente complicado para leigos leva a pensar que tal denominação pode querer associar Deus a Ciência, porém a ciência sempre caminha em sentido oposto da religião e é importante que permeie essa oposição para assim comprovar a verdade sobre certas tentativas de transformar ocultismos em falsas verdades.
            Caro leitor deve estar se perguntando onde se encontra o tema ambiental nesse poço de conteúdos complexos? Pois bem, quando nos deixamos levar ao ver fotos em papel ou  no formato digital conseguimos voltar ao passado, porém a fotografia não nos permite ir ao futuro. Já a física busca incansavelmente desvendar o futuro.

            Não vejo mal em visualizarmos o passado em fotos, mas podemos através delas conter o presente e o futuro. Ao visualizarmos uma imagem de 10 anos atrás e outra hoje podemos calcular mudanças sejam elas positivas ou negativas. Já quanto ao meio ambiente o que se tem oportunidade de  verificar em tais comparações é justamente a parte negativa, pois dez, vinte anos atrás numa cidade para  o hoje é possível constatar um crescente aumento da urbanização assim como uma vasta diminuição do verde que existia neste mesmo espaço e  tempo.

            Quando a ciência contempla confirmações como essa do “Bóson de Higgs”, ela potencializa a descoberta de questões básicas sobre a evolução do universo e previsão do que vai acontecer com o universo e os planetas no futuro.

            Concluo que quando contemplamos uma foto do passado temos a oportunidade de reviver um momento que se foi numa paisagem que não existe mais. Logo, por mais que a ciência evolua e se aproxime de desvendar o que decorrerá no futuro talvez não motive nada novo quanto às florestas já devastadas, contemplando a esse mísero florestal  permanecer tão somente nas recordações das fotos por toda a eternidade.  Sendo assim cabe a sociedade agora no presente agir para preservar o verde não só em foto imagens, mas no futuro das próximas gerações. 

            Certo é que sem inclusão da sociedade na evolução da ciência não há como construir preservação e desenvolvimento.

7 de julho de 2012

ÁRVORE É VIDA




Adriana Teixeira Simoni

Uma árvore garante sombra, muitos frutos, a beleza das flores, viveiro para  pássaros, aconchego de insetos, avanço proporcionado pelo papel, seu uso no  mobiliário, na construção civil, na saúde fornecendo base para medicamentos, látex, resinas e pigmentos, e também como recurso contra o impacto do aquecimento global.

Sabe-se que a árvore colabora para a preservação da vida humana, pois a existência dela nos garante água através das nascentes, protege o solo de erosões, proporciona o habitat para nossa fauna alada e também a diversos animais e insetos complementando todo ecossistema, pois as árvores são responsáveis por manter mais de 50% dessa nossa biodiversidade.

Quem em criança não tem uma história vivida com alguma árvore? Sempre teremos uma passagem na memória envolvendo uma árvore. Seja um tombo, uma brincadeira, um beijo guarnecido pela sua sombra ou um pic-nic divertido. Aproveite  esse instante e liberte de suas memórias a árvore que marcou sua vida...

Pronto! Lembrou? Todavia é importante garantirmos imagens mentais infinitas permitindo que todas as gerações possam desfrutar de momentos sob árvores esplendorosas repletas de surpresas entre suas cascas, entre seus galhos, sobre suas copas. Mas para isso devemos todos contribuir para que suas raízes não fiquem apenas para a história,  fincadas em um campo qualquer...

Precisamos dar a volta nesta vida moderna que nos torna insensíveis e individualistas preponderando uma cisão entre a vida em sociedade e a natureza. Devemos pensar no ambiente igualmente se pensa na decoração de nosso lar, pensar  com a mesma preocupação, com o  mesmo bom gosto e requinte de cuidados.

No entanto o que mais se vê hoje em dia é o uso indiscriminado de nossas florestas  onde são derrubadas para garantir grana como diz Caetano Veloso na musica Sampa  “É a Força da Grana que ergue e destrói coisas belas...”

Vamos nos unir para garantir que árvores permaneçam de pé, vivas e nos proporcionando todo bem que ela nos quer dar.  Pena que parte dela se usa na ferramenta que a derrubará, no famigerado machado do insensível desmatador em busca de aumentar área para engordar a sua ambição e egoísmo.

Conter o desmatamento requer vontade política e o que temos visto recentemente foi justamente a demonstração da vontade política de manter tais desflorestamentos. Relembrando  a aprovação do “código florestal”. Se assim eles pensam então  cabe a sociedade agir, portanto,  mobilização  é preciso.

Que tal voltarmos às ruas, sairmos do escritório como disse na Rio+20 a Ministra do Meio ambiente  Izabella Teixeira,  “chega de ambientalistas de escritório, o País precisa deixar de lado o "achismo ambiental e discutir como gente grande." Vamos assumir isso como uma convocação, vamos usar as ruas, a casa legislativa e cobrar ações e também satisfações do que fazem ou pretendem fazer com a NOSSA QUALIDADE DE VIDA , já que o que compromete o ambiente compromete nosso viver.

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