Adriana
Teixeira Simoni
A “sustentabilidade” tão
mencionada na atualidade teve seus primeiros passos em 1972 na primeira
Conferência das Nações Unidas pelo meio ambiente e vem sendo usada até os dias
atuais numa crescente que, por vezes sua utilização não representa a
sustentabilidade propriamente dita.
Ser SUSTENTÁVEL é ser capaz
de suprir as necessidades do hoje sem prejudicar as possibilidades de uso no
futuro, porém dentro desta básica explicação outros itens devem estar
relacionados para que a sustentabilidade realmente aconteça.
Hoje ser sustentável é uma
qualidade muito requerida em todos os segmentos para assim garantir preservação
da vida humana e do planeta a “longo prazo”, esse é o foco que deve ser
buscado, todavia muitas empresas se dizem verdes e sustentáveis apenas para
garantir um selo de qualidade que na verdade ela não merece. Para ser
sustentável não basta exibir certificados precisa realmente SER SUSTENTÁVEL.
Pode-se verificar isso
pesquisando sobre uma empresa, como se dá o processo de sua produção ou sua
atuação no mercado, se ela trata o ambiente de forma ecologicamente correta, se
sua matéria prima não corre riscos de se extinguir por mau uso ou por não ter
consumo sustentável, se ela desenvolve seu processo de forma socialmente justa
e compromissada com a integridade humana, e se contribui para um
engrandecimento da cultura de forma a permitir que seu bem seja desfrutado de
forma igual por todos.
Vimos muito a utilização do
selo sustentável sendo usado por Bancos, ora, Bancos são sustentáveis?
Conseguem essa proeza? De que forma um Banco pode ser sustentável se ele cobra
juros altíssimos pelo dinheiro que empresta, além de segregar muitas pessoas de
seu uso, um ponto negativo para inclusão.
Ah! Mas eles investem em projetos sócio-culturais e ambientais, porém não
sustentam muitos dos requisitos para ser uma empresa “sustentável”
verdadeiramente, a isso que precisamos estar atentos.
Por tanto, as empresas deveriam
ter mais cuidado ao usarem esse marketing tão
exaustivamente tentando iludir a sociedade. O CONAR - Conselho
Nacional de auto-regulamentação Publicitária acabou de colocar em vigor
no dia 1° de Agosto/11 novas normas éticas para publicidade que evocam a
sustentabilidade o que vem colocar um pouco mais de credibilidade no setor,
pois reduzirá a banalização ocorrente do termo sustentável. Para que a
sustentabilidade ocorra não são necessárias publicidades apelativas, mas
políticas públicas focadas efetivamente na sustentabilidade.
Mas, para tanto, uma idéia
de real sustentabilidade seriam as Ecovilas e as cidades sustentáveis, pois ao serem
menos dependentes do petróleo equilibram as mudanças climáticas pelas suas baixas
emissões de CO2. Pelo fato de serem mais
integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas
como ecológicas, garantem uma vida simples, porém mais saudáveis a sua
população e ao planeta.
Já para nós da sociedade
consumista vamos tentar ostentar nossa bandeira sustentável com ações e
práticas em nosso dia a dia pensado em diminuir nosso impacto no ambiente.
Sendo assim, você acaba de ser convidado a ser mais sustentável a partir de
hoje se ainda não é...
Um comentário:
Quando tivermos um número de população sustentável teremos a verdadeira sustentabilidade.
O curioso é que quando éramos sustentáveis em termos quantitativos não possuíamos a tecnologia para vivermos com o nível de conforto actual e com sustentabilidade. Actualmente passa-se exactamente o oposto. Temos tecnologia mas perdemos a sustentabilidade em termos da quantidade...
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