Adriana Teixeira Simoni
Assim
como dias e noites se sucedem, também as estações do ano transformam-se umas
nas outras. Como na natureza ciclos também nos acompanham,
são leis naturais que tanto regem a natureza quanto o homem. Nascemos bebê, caminhamos para o crescimento
e vamos brotando a cada dia um novo ser, um novo sujeito, um novo indivíduo com
seus defeitos e qualidades, e amadurecendo em nossos direitos e deveres.
Primavera
é sinônimo de reflorescimento, onde a vida brota em toda natureza aflorando a
energia reservada durante o inverno para agora se expor exuberante em cores para
apreciarmos e nos regozijar.
Mas
a importância desses ciclos não está apenas na beleza que nos é disponibilizada
gratuitamente. Para que esses ciclos aconteçam o ecossistema deve estar
equilibrado e para isso devemos garantir que a biodiversidade seja preservada
ao máximo.
Entretanto,
as iniciativas para preservarmos nossa biodiversidade têm ficado muito aquém do
necessário, onde permite perceber que esta perda sistemática permite extremos
nas mudanças climáticas e na distribuição da água, o que conseqüentemente gera
essa maior perda o que muitas vezes colabora para atrasar ou adiantar ciclos de
algumas plantas.
É
preciso comprometimento de todos e uma atuação responsável das políticas públicas.
Preconizando mais atenção e ouvidos aos cientistas pesquisadores e ambientalistas
no que diz respeito à conservação de um bem nacional que necessita ter a sua vida
garantida para fruição de todo o restante.
É preciso conscientizar a todos de que as
florestas apresentam mais valor em pé do que substituídas por outros usos da
terra. Isso, que fique bem claro quando pensamos em garantir a biodiversidade do
planeta e não mais lucro a produtores rurais.
O Polêmico texto do Código Florestal gerou
muita discórdia entre ambientalistas e ruralistas ao que se resume que o grande
perdedor de toda essa guerra acabará sendo a nossa biodiversidade, pois
permitindo o uso de uma APP aqui, a aproximação de alguns metros mais do leito
do rio e anistia de um desmatamento aqui outro acolá, fica clara a intenção exposta
contra o meio ambiente ou no mínimo, descaso.
Nessa
discussão a biodiversidade se esvai nos enleios de deputados, senadores e
latifundiários secos por mais terras e menos florestas portando-se como donos
do planeta.
Resta-nos
esperar que este retrocesso na aprovação deste código florestal não colabore em
prejudicar não nos permitindo encontrarmos outras tantas vezes a primavera com
sua despojada beleza compartilhada em renovada flora como podemos apreciá-la hoje.
Com
toda certeza eu serei contemplada com uma praça bastante florida pelos caminhos
onde faço minhas caminhadas diárias. O espaço ganha atenção pessoal de uma
moradora que cuida e explora a praça frente a sua casa já há algum tempo, garantindo
a todos que ali passam a grandeza de sua ação desinteressada, onde dispensa
tempo e cuidados com muitas flores e espécimes plantadas. Uma ativista verde
que já ganha novos seguidores pelo bairro, onde às vezes mobilizam-se num
mutirão de embelezamento das praças locais. Eles fazem pela preservação do ambiente
e compartilham com a comunidade preconizando a qualidade de vida. Agindo assim,
contribuem para que muitas outras primaveras aconteçam floridas e renovadas.
Oxalá tal iniciativa contaminasse a todos por aí...
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