Adriana Teixeira Simoni
Muitos artistas famosos ou
mesmo apenas conhecidos do meio artístico, seja televisivo, cinema, teatro,
novela, do mundo da moda, da música e até alguns famosos do esporte e da política,
estão vendo no ambiental uma forma de compensar à fama e também as conquistas
monetárias adquiridas durante a carreira e têm se mostrado muito presentes em
defesa das causas ambientais.
Alguns colaboram com a própria
imagem em eventos, com contribuições financeiras ou ainda participando em instituições
e Organizações sem fins lucrativos envolvidas com a causa. Outros utilizam sua
posição política realmente contribuindo positivamente, mas por outras e mais freqüentes,
apenas utilizam-se do apelo verde para crescer em fama e às vezes em votos.
Mas é preciso prestar
atenção se há verdadeiramente intenção em beneficiar invocando através de sua
imagem ou atitude o preservar e promover o bem do planeta. Seja incentivando a
plantar mais árvores ou destinar corretamente o lixo, é necessário estarmos
atentos para identificar se as iniciativas serão para beneficiar o ambiente ou serão
apenas empreendimentos para garantir fama e bons ganhos pessoais usando-se do
apelo ambiental.
Na verdade os artistas não
vão resolver as vulnerabilidades que o planeta vem enfrentando, mas ao cantarem
em suas canções mensagens sobre o planeta em estádios lotados ou mesmo outros
artistas, ligando sua imagem a hábitos e atitudes sustentáveis, certamente poderão
atrair a atenção do público para a questão ambiental e adicionar outro valor.
Em muitas vezes é mais bem
absorvido como hábito uma ação atrelada a imagem de algo ou alguém que se gosta
muito. O que pode ocorrer exatamente ao contrário quando utilizadas campanhas nacionais
com uso de cartazes, panfletos, outdoors, onde muitas vezes o foco pode passar despercebido
e contribuindo negativamente com mais lixo.
Poderia dizer até que no
caso de grandes shows e eventos, que o pensamento ecologicamente correto do
artista viria na verdade de “um peso na consciência”. Já que num show, as
emissões de CO2 no planeta são relativamente altas. Essa polêmica inicia-se desde o transporte
dos equipamentos e de toda equipe até o consumo energético para que o show
efetivamente aconteça, além do gasto gerado pelo deslocamento das multidões
que freqüentam os eventos. Quando nos
atiramos a diversão e ao lazer dificilmente vemos muita preocupação com o que de
negativo cometemos contra a natureza.
Portanto, é difícil você
conseguir seguir uma fórmula ecologicamente perfeita. O estilo de vida moderno demanda muito
consumo e acaba por ser muito poluente. Precisamos rever e utilizar um modelo
de progresso baseado em pouca emissão de carbono acredita-se ser esse o mote de
busca de muitos países atualmente.
Agora só como curiosidade quanto
terá sido a contribuição nas emissões de CO2 no festival de música de Woodstock em 1969? Época em que não se presumia que os
recursos naturais poderiam se acabar e onde a fama do evento era a “vida em
comunhão com a natureza”.
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