29 de outubro de 2011

VOCÊ É “ONIOMANÍACO"?


Adriana Teixeira Simoni

ONEOMANIA é uma doença caracterizada pelo consumo indiscriminado, sem controle, sem noção dos males que acarretarão tal consumo, é a fuga da realidade em direção a compulsão.   É uma doença que pode atingir qualquer pessoa, independentemente de classe social, condição econômica e formação intelectual. Significado ao pé da letra: “Mania de comprar”. É uma doença que corrompe a sustentabilidade.
Esse é mais um mau fruto do capitalismo, como se não bastasse tantos outros que acomete também qualquer pessoa de nossa sociedade mais precisamente os em vulnerabilidades sociais, pois o capitalismo os segrega na desigualdade frente aos detentores do poder e do dinheiro.  Mas a doença ONIOMANIA pode acometer qualquer um mesmo, segundo pesquisa do Hospital de Clinicas de São Paulo 3% da população Brasileira está acometida desta doença.
A pessoa acometida age como um viciado é descontrolado e se revela irresponsável, pois se satisfaz não pelo objeto que adquire, mas sim pelo ato de comprar objetos sem a menor necessidade, onde assim que chega a casa, pouco se importa pelo objeto. A frustração se instala levando-o a querer a satisfação em outra compra absurda.
O fato é que a sociedade nasce sendo insuflado ao consumo, o estímulo a compra e ao consumo de serviços é a todo instante e em todo lugar. Se verificar sua caixa de correio, está repleta de panfletos, se liga o rádio inúmeras coisas são anunciadas. A frente da TV  a todo momento um anuncio, hoje nem mais se resguarda ao intervalo do programa, o marketing é feito durante o programa usando a imagem do apresentador para gerar mais confiança , e esse  abuso atinge facilmente as crianças.
Para este público tremendamente vulnerável, existem projetos de leis para proibir mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil, porém é difícil controlar as crianças da atualidade que estão precoces em todos os sentidos  ,  assistem programas dirigidos ao público adulto sem controle dos pais e  desta forma  abrem  precedentes para problemas  na  idade adulta.
Portanto reveja o seu comportamento de consumo, cuide de suas crianças e procure adquirir o que realmente necessita.  Perceba se algum membro da família age descontroladamente adquirindo coisas que nunca usa. Não se deixe cair nessa rede.
Os recursos naturais do planeta são escassos em relação a demanda do consumo e este  consumo indiscriminado aumenta mais  a produção o que acarreta em mais vulnerabilidades aos recursos naturais e a humanidade.
Portanto entenda que o mais importante é SER, o TER é passageiro, logo perde o valor.  O SER é eterno e crescente, você sempre poderá SER melhor para o planeta. Basta SER consciente garantindo   assim uma vida saudável passando longe de ser um oniomaníaco.

22 de outubro de 2011

PÚBLICO OU PRIVADO




Adriana Teixeira Simoni

As pessoas confundem muito o conceito de público e privado na convivência em sociedade, onde é muito comum encontrar pessoas achando que o que é público não é de ninguém. crasso engano!

Tudo o que é de uso público é de propriedade de toda a sociedade, portanto todos devem cuidar manter e proteger. Então se me sento num banco da praça para ler o jornal logo devo me comportar como se estivesse sentado no banquinho do jardim da minha casa. Não devo jogar lixo no chão, não devo colocar os pés sobre o banco, devo ter civilidade suficiente para compartilhar o banco com mais pessoas. E nem preciso dizer que não devo destruí-lo em hipótese alguma.

No entanto o que se encontra no comportamento das pessoas na sociedade é justamente o contrário. Quando se vêem dentro de suas propriedades privadas se comportam na maioria das vezes exemplarmente, acondicionam o lixo em lixeiras, não picham nem riscam as paredes, não quebram propositalmente paredes ou bancos, não chutam lixo ou qualquer coisa pelo chão de sua casa. E como a casa é sua propriedade privada também costumam cuidar das plantas e ou árvores que possuem.

Já em áreas públicas infelizmente é possível ver todo tipo de objetos descartados ao léu. É quase possível se não for, montar uma casa com objetos que são lançados as ruas e praças. É triste constatar o comportamento de moradores acostumados com regras condominiais arremessarem moveis e lixos diversos à frente do prédio como se aquilo que os incomoda torna-se invisível assim que descartado irresponsavelmente nas vias públicas.

O que primeiro ocorre para se desculpar é que a Prefeitura demora a recolher ou tomar alguma providência... Sim, mas o incauto contribuinte procurou se informar de quando o serviço CATA-BAGULHO passa em seu bairro, como e onde deve depositar e como deve acondicionar seu descarte? Pois bem, esse serviço existe em todos os lugares, mas tem calendário e geralmente contato telefônico para informações e esclarecimento de dúvidas.

Além do que, o descarte deve ser feito à calçada nos dias próximos a coleta e não arremessado numa área pública qualquer, que muitas vezes nem tão pública assim é, pois existem áreas que parecem públicas, porém são de propriedade privada de alguma empresa como é o caso dos arredores das linhas férreas e também de terrenos baldios.

A verdade é uma só, viver civilizadamente tem sido um valor esquecido. Portanto devemos combater esse crescente egocentrismo da vida cotidiana atual com mais práticas de cidadania dentro da família e na base escolar para disseminar atitudes e iniciativas positivas com o vizinho, com a escola, com a praça, com todo o ambiente preconizando conservação e preservação.E basta lembrar uma coisinha: O que eu não quero pra mim não devo fazer ao próximo.

Enfim, se essas atitudes são certas para dentro de nossa casa, por que não mantermos essa mesma EDUCAÇÃO com os locais públicos?   Sendo assim, é sempre bom revisar atitudes e na dúvida buscar informações para conservar o meio ambiente assim como nossa privacidade, limpo e conservado.



15 de outubro de 2011

O PLÁSTICO E O PLANETA



Adriana Teixeira Simoni

Desde o advento do plástico seu uso tem sido com uma criatividade infinita. Lembremos que antigamente (20 anos atrás) potes em plásticos que fechavam hermeticamente só eram possíveis encontrá-los em duas ou três marcas com preço considerável, porém sua durabilidade também era infinita, pois esse é o diferencial do plástico, ser infinitamente durável.
Hoje somos capazes de encontrar todo tipo de material em plástico, de potes  de todas as formas,  tamanhos  com  utilidades infinitamente diversas e a cada dia surpreende-nos mais e mais com a diversidade e também com a inutilidade, o fato é que a qualidade sumiu.
Hoje um pote dura um tempo qualquer e nós consumidores, caímos na lábia do consumo imposto há décadas pelo capitalismo da produção de massa e ganho rápido, e  assim que enjoamos do pote ou se perde a tampa ele vai ao lixo e  logo compra-se outro. A única coisa é que esse material como tem grande potencial para reciclagem não vai para o lixo comum com tanta facilidade e não compromete ainda mais a natureza.
Mas venho me preocupando com outro tipo de plástico, esses em forma de sacos, saquinhos e sacolhinhas.  A sacolhinha tem por tentativas em alguns Estados e cidades serem combatidas, mas que outra solução dar? A sacola retornável? Sim é uma hipótese no caso dos supermercados, mas e nos outros estabelecimentos? O consumo hoje é muito grande, as pessoas não saem de casa com intuito certo de compram. Sente vontade ou necessidade no momento que são atraídas por algo, enfim não se vai a farmácia de sacola, porém se sai geralmente com uma.
No mercado ao comprar frutas e legumes usamos um saquinho para cada item quando não junto vai  uma bandeja de isopor. Logo se combate a sacolhinha, mas o saquinho? Enfim, seria interminável escrever sobre esse tema, precisamos estar conscientes sobre esse impacto e diminuir nosso consumo.
Voltemos aos plásticos e semelhantes, alguns são leves outros se rasgam, mas seus resíduos continuam por aí voando e boiando.  O problema é que a quantidade no mundo é tanta que estão sendo encontrados plásticos nos oceanos em quantidades fotográficas, não só sacolas, mas todo tipo de plástico.
Se imaginarmos  a profundidade e o volume dos oceanos, preocupa bastante o fato de  conseguir fotografar  essas cenas flutuantes de plásticos. Isso é uma ameaça aos animais marinhos e pássaros  e a todo planeta, pois a sopa de plástico no oceano Pacifico já toma  duas vezes o  tamanho dos Estados Unidos. Não esquecer que nós consumimos peixes do mar e que podem estar consumindo estes venenos, ainda não se sabe o que pode sobrar para humanos.
A solução seria EDUCAÇÃO para usar o plástico. Talvez uma disciplina  na escola desde   o ensino básico  seria importante pela infinidade de objetos em plástico  que convivemos diariamente e a falta de orientação para lidar com eles quando não nos interessa mais.
Faça sua parte! Encaminhe o plástico à reciclagem, é um bem aos seus netos e bisnetos e ao planeta.
Você já bebeu água hoje em copo de plástico?  Quantos? Quantas vezes? Esse também é um problema difícil de desintegrar igualmente  ao plástico...

8 de outubro de 2011

A BOLSA VERDE


Adriana Teixeira Simoni


Ontem ganhei uma bolsa verde numa agência de viagem. É muito bonita e prática e tem  muito a ver com a bolsa verde instituída pela Presidente Dilma Rousseff. Essa bolsa eu ganhei como brinde da agencia de viagem a título de me identificarem rapidamente no aeroporto e as demais utilidades comuns e reais de uma bolsa,a  de transportar objetos diversos.

 A tal bolsa verde tem tudo a ver com o Brasil também. Ela é verde e amarela tem alças enormes, tem  uma série de bolsões, alguns são corruptos e inúteis, outros figuram como bolsos, porém para nada servem, mas eu ganhei, e depois cavalo dado não se olha os dentes.

Com o andar dessa viagem chamada “Brasil sem Miséria”, dá para colecionar bolsas, e o pior que cada uma tem um fundamento quando não absurdo, inútil. É só um adesivo decorativo que nem cola direito, onde complexo é explicar  que quem  usa nem percebe. É Brasil...  Dai a César o que de César e a Deus o que de Deus.

Mas enfim, quem sou eu para discutir o que dão ou deixam de dar . Só sei que conversas que escuto aqui e acolá só me levam a crer no retorno daquela taxa, imposto ou quem sabe bolsa saúde que também dizem ser a solução da saúde, sem nunca ter sido com todos os nomes que já teve , IPMF, CPMF,etc. Porém essa tem outro modelo, todo mundo que tem conta no banco  leva uma retirada pra suprir o uso da saúde. Só posso dizer o seguinte, cada um com sua viagem, mas é preciso manter o olho vivo! Logo vão inventar a bolsa sustentável, você paga e os políticos usam para não impactar o ambiente.

Isso aqui está virando uma rodoviária e até mesmo um aeroporto haja vista a velocidade do tal entra e sai nos Ministérios, todo mundo envolvido em alguma descarga. Quanto mais eu conheço lugares pelo mundo mais eu compreendo o apego pelas bolsas. O Brasil deveria mudar de nome, chamar  “O Bolsa”

Existem tantos programas chamados assim como bolsa família, bolsa escola, bolsa alimentação e agora bolsa verde. Todos visam inclusão social e garantia de acesso aos serviços, até onde entendo os serviços são garantido constitucionalmente a todos, pois é direito fundamental,  logo,  desnecessário uma bolsa para garanti-los. Sabe tem vezes que tenho vergonha da bolsa que eu carrego...  Parece  que é para garantir votos.

Todavia a bolsa verde não tem nada a ver com isso, o fato é que se ouve dizer a todo instante que o investimento necessário em programas verdes e sustentáveis como saneamento básico incluindo  aí destino do lixo  é muito alto.  Ora se é assim, como é que uma migalha trimestral pode trazer algum benefício emancipatório a uma família em algum fundão desse  Brasil?

A verdade é que esta família se encontra já amarela pelo desespero da miséria dos acessos. Você realmente acredita que ela tenha condições de apoiar a conservação ambiental sendo dependente de bolsas? Ela até pode ser conscientizada e acredito, pois sobrevive do que extrai da natureza e depois a sua própria  miséria colabora pois não possui acesso a água potável, promovendo assim forçadamente na economia de água.

Eu como crítica ao extremo, penso que se ao invés de dar uma bolsa verde, amarela, azul, pouco importa! Seria preferível, garantir emprego e disponibilizar capacitação para que essas famílias busquem por sua autonomia e crescimento sem serem influenciadas pelo ganhar o peixe pronto. Ainda que essa bolsa verde tenha lá um alcance distinto, sempre ouvi dizer que a EDUCAÇÃO trás crescimento e a esmola paralisa. 

1 de outubro de 2011

SER OU PARECER SUSTENTÁVEL?




Adriana Teixeira Simoni


A “sustentabilidade” tão mencionada na atualidade teve seus primeiros passos em 1972 na primeira Conferência das Nações Unidas pelo meio ambiente e vem sendo usada até os dias atuais numa crescente que, por vezes sua utilização não representa a sustentabilidade propriamente dita.

Ser SUSTENTÁVEL é ser capaz de suprir as necessidades do hoje sem prejudicar as possibilidades de uso no futuro, porém dentro desta básica explicação outros itens devem estar relacionados para que a sustentabilidade realmente aconteça.

Hoje ser sustentável é uma qualidade muito requerida em todos os segmentos para assim garantir preservação da vida humana e do planeta a “longo prazo”, esse é o foco que deve ser buscado, todavia muitas empresas se dizem verdes e sustentáveis apenas para garantir um selo de qualidade que na verdade ela não merece. Para ser sustentável não basta exibir certificados precisa realmente SER SUSTENTÁVEL.

Pode-se verificar isso pesquisando sobre uma empresa, como se dá o processo de sua produção ou sua atuação no mercado, se ela trata o ambiente de forma ecologicamente correta, se sua matéria prima não corre riscos de se extinguir por mau uso ou por não ter consumo sustentável, se ela desenvolve seu processo de forma socialmente justa e compromissada com a integridade humana, e se contribui para um engrandecimento da cultura de forma a permitir que seu bem seja desfrutado de forma igual por todos.

Vimos muito a utilização do selo sustentável sendo usado por Bancos, ora, Bancos são sustentáveis? Conseguem essa proeza? De que forma um Banco pode ser sustentável se ele cobra juros altíssimos pelo dinheiro que empresta, além de segregar muitas pessoas de seu uso, um ponto negativo para inclusão.  Ah! Mas eles investem em projetos sócio-culturais e ambientais, porém não sustentam muitos dos requisitos para ser uma empresa “sustentável” verdadeiramente, a isso que precisamos estar atentos.

Por tanto, as empresas deveriam ter mais cuidado ao usarem esse marketing tão exaustivamente tentando iludir a sociedade. O CONAR - Conselho Nacional de auto-regulamentação Publicitária acabou de colocar em vigor no dia 1° de Agosto/11 novas normas éticas para publicidade que evocam a sustentabilidade o que vem colocar um pouco mais de credibilidade no setor, pois reduzirá a banalização ocorrente do termo sustentável. Para que a sustentabilidade ocorra não são necessárias publicidades apelativas, mas políticas públicas focadas efetivamente na sustentabilidade.

Mas, para tanto, uma idéia de real sustentabilidade seriam as Ecovilas e as cidades sustentáveis, pois ao serem menos dependentes do petróleo equilibram as mudanças climáticas pelas suas baixas emissões de CO2.  Pelo fato de serem mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas como ecológicas, garantem uma vida simples, porém mais saudáveis a sua população e ao planeta. 

Já para nós da sociedade consumista vamos tentar ostentar nossa bandeira sustentável com ações e práticas em nosso dia a dia pensado em diminuir nosso impacto no ambiente. Sendo assim, você acaba de ser convidado a ser mais sustentável a partir de hoje se ainda não é...


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...