16 de dezembro de 2012

MADEIRA DE PLÁSTICO



Para cada 700 quilos de madeira plástica, uma árvore é preservada e 180 mil sacolas plásticas são retiradas da natureza. Os Estados Unidos utilizam o material há aproximadamente 20 anos.
Começa a crescer no Brasil o uso de um material que permite evitar a derrubada de árvores para fabricar móveis: é a madeira plástica.
Madeira é um produto em alta no mercado internacional e quanto maior a procura, maior a área de florestas derrubadas, mas hoje já possível obter madeira sem precisar derrubar uma árvore sequer e o melhor, a partir dos plásticos que a gente descarta como lixo.
O ponto de partida para a produção de madeira plástica, numa fábrica no Rio de Janeiro, é o Polietileno de Alta Densidade (PAD). “Esse tipo de plástico é encontrado nos frascos de detergente, amaciante, água sanitária, xampu e todos os frascos de óleo do seu carro e outros que estão por aí”, fala o diretor da Cogumelo, Daniel Pilz.
Depois de triturado, e transformado em grãos, o plástico já está pronto para virar madeira. Acompanhamos a linha de montagem dos produtos de madeira plástica da empresa, uma das maiores do país.
O plástico moído é sugado por uma tubulação até o misturador. Ele recebe pigmento e um produto químico que dá aderência de madeira. Isso vira uma massa aquecida a 180 graus para ser rapidamente resfriada em água gelada, para condensar, a aproximadamente dez graus centígrados. É assim que nasce a madeira plástica.
A madeira plástica é resistente ao sol e ao frio. Tem vida útil longa: dura em média 50 anos. É impermeável, fácil de limpar e manusear, e mais: cupins não gostam de plástico e se alguém colar chiclete ou pichar é simples de retirar.
Em termos de preço, a madeira plástica ainda é, em média, 30% mais cara que a natural, mas os fabricantes dizem que basta a produção aumentar para o preço cair.
A lista de produtos feitos com madeira plástica já não é só de móveis. A empresa fabrica dormentes para ferrovias e tampas de bueiros, 30% mais leves que as feitas de ferro fundido.
São mil unidades por mês, principalmente para prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro, que viram uma forma de inibir a ação de quadrilhas que roubam as tampas para vender o ferro.
Também da fábrica saíram 40 bancos e três pontes que hoje estão no Parque Nacional de Itatiaia, e os bancos que enfeitam a praça de um shopping do Rio. O resultado é um produto que, de bater o olho, passa fácil por madeira.
Não há números oficiais sobre produção de madeira plástica no Brasil. O que se sabe é que o número de fábricas é muito reduzido e a madeira convencional lidera com folga a preferência dos consumidores.
Bem diferente da situação nos Estados Unidos. No país, a madeira plástica chegou com força. É um mercado que já existe há aproximadamente 20 anos e a madeira plástica é usada em boa parte dos ambientes externos.
Os americanos gostam porque requer menos manutenção, resiste a mofo, não apodrece e o desgaste com sol, maresia, umidade é menor – 35% das varandas e pátios dos Estados Unidos são feitos com madeira plástica. São árvores sendo poupadas.
Um deck de cem metros quadrados equivale a duas árvores de ipê. Existem pelo menos quatro tipos do que se pode chamar de madeira plástica. Eles variam de acordo com a porcentagem de madeira, PVC e polietileno usados na mistura.
O Mike Danzilio é um empresário que trabalha com isso há 25 anos e acompanhou o aparecimento da madeira plástica no país. Ele conta que adaptou o próprio negócio ao produto porque é isso que as pessoas querem. “Os americanos aprovam a madeira plástica, mas não porque é um produto verde”, explica Mike. Segundo ele, o que pesa na decisão da classe média americana é o bolso. “É uma decisão de manutenção e econômica”.
Uma varanda feita de madeira plástica custa cerca de três vezes mais na hora da compra, mas a madeira natural exige manutenção, e isso é caro no país.
Fazendo as contas, com o passar dos anos, se gasta menos com o material alternativo e menos trabalho e mais economia é justamente o que os americanos mais gostam.
No Brasil, apenas numa fábrica, são produzidas 200 toneladas de madeira plástica por mês. Em seis anos de produção, evitou-se o corte de 180 mil árvores, o equivalente a 400 campos de futebol cobertos de florestas. Diante disso, fica a pergunta: o Brasil precisa mesmo desmatar para produzir madeira?

André Trigueiro e Rodrigo Bocardi
Fonte:
 Mundo Sustentável

10 de dezembro de 2012

DIA Internacional DOS DIREITOS HUMANOS


DIA 10 DE DEZEMBRO 


Adriana Teixeira Simoni


Toda e qualquer violência contra os direitos humanos deve ser denunciada, pois somente dessa maneira podemos coibir  todo tipo de agressor encaminhando-o a punição. Assim como promovendo o encaminhamento   e acolhendo  as vítimas dessas violações através das redes de assistência como Conselhos Tutelares, Ministério público e  Segurança Pública. Minimizando a dor e a lembrança do ocorrido.
Caso  seja testemunha de alguma violação    mesmo através  da internet,   faça a  DENÚNCIA!

 >>Violência Física e Violência Psicológica

>> Pornografia com crianças e adolescentes 
>> Negligência
>> Violência Sexual
>> Exploração Sexual
>> Tráfico de Crianças e Adolescentes  
>> Abuso Sexual

  DISQUE  100  PARA DENUNCIAR O VIOLADOR.
 O Disque 100 funciona diariamente das 8h às 22h, inclusive nos fins de semana e feriados. 

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."


http://www.disque100.gov.br/
http://www.sedh.gov.br/
http://portal.mj.gov.br/sedh/spdca/T/RELATORIO%202011%20_agosto_.pdf



6 de dezembro de 2012

A CIDADE PENSADA PARA O CARRO



Adriana Teixeira Simoni

A hegemonia com que o transporte individualizado vem  se mostrando  crescente nos últimos 20 anos, parece que  preocupa  a poucos,  porém angustia a muitos quanto há dificuldade de fluir-se  no trânsito  ou  quando pretende-se  estacionar o carro,  isso se torna algo tremendamente difícil.

Outra constante são as políticas públicas preconizando situações contrárias para solucionar essa desordem.  Promovem projetos para ampliar  financiamento e exoneração de impostos para colocar mais carros às ruas  sendo que o certo seriam projetos e incentivos para esvaziar as ruas de carros. Isso se mostra  barbaramente  antagônico  as verdadeiras e mais urgentes atitudes para minimizar  problemas sociais que a população brasileira vem sendo envolvida inclusive por esse favorecimento aos veículos particulares.

Perceba que muitos dos projetos implantados em grandes centros para diminuir o número de veículos circulando é bestial, pois a exemplo da cidade de São Paulo com rodízio de placas de veículos, isso favoreceu ao final as montadoras, pois fez com que adquirissem mais veículos para não serem barrado do seu ir e vir.   Isso tudo por quê?   Ora, porque o transporte coletivo não funciona, não é adequado, não é pensado de forma a solucionar o problema de excesso de veículos particulares as ruas, não estão preocupados com o meio ambiente  em mitigar as emissões de CO2 e o aquecimento global.

 A preocupação na verdade é garantir obras sistemáticas e manter a indústria ativa e sem quedas de faturamento. Isso tem  seu  lado bom,  mas as preocupações devem sempre  vir atreladas ao social, pois se não pensarmos nas pessoas logo teremos uma cidade de veículos e  robôs.

Por esse caminho inquietante  que seguimos  onde se  derrubam prédios históricos que fazem parte da história da cidade sem o menor pudor ou questionamento. Sem avaliar  o que aquele prédio significou  para comunidade  onde  está inserido a séculos,  somente justificando a  necessidade de criar  novas vagas de estacionamento.

Será que a sociedade quer realmente mais vagas pagas para estacionar veículos?  Ou quem sabe ela é induzida a pensar ser esta  a necessidade  mais premente pelo fato de haver incentivo ao consumo de novos veículos e o desmazelo  notório do transporte coletivo combinado com o aumento populacional.  Ou  talvez, essa mesma sociedade apesar do poder que sente ao conduzir esse veículo  deixa de perceber   verdadeiramente  o que seria muito mais vantajoso a ela. Ter um transporte coletivo adequado ou ficar 3 4 horas dentro de SEU VEICULO PARTICULAR tentando chegar em seu compromisso?

Que tal por exemplo  ter garantido  mais ofertas e melhor atendimento público de saúde, melhores e   mais comprometidas escolas públicas,  transporte coletivo com mais  tranqüilidade para chegar ao trabalho ou lazer,  ao final do mês  contemplar um ótimo ganho salarial e  ainda ter a garantia de que ao fim de sua vida contributiva obterá sua aposentadoria tão sonhada?

Conclui-se que a sociedade foi ludibriada pela possibilidade de possuir um veículo. Está anestesiada para não perceber que o prazer de dirigir seu próprio veículo não lhe trás na vida nenhuma vantagem,  muito pelo contrário o pouco que possui ainda é extorquindo em altos preços de combustíveis, impostos e pedágios, consumindo horas de sua vida ou talvez encurtando-a de vez.

Dê um basta a essa dependência, vamos buscar cobrar um transporte coletivo e uma cidade para pessoas desfrutarem e não para  veículos disputarem.

MAS VOCÊ DEVE DAR A  PARTIDA, EXIGINDO DO GOVERNO TAL POSIÇÃO e não apenas comprando um novo veículo.....

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