31 de dezembro de 2011

ANGUSTIA AMBIENTAL



Adriana Teixeira Simoni

Hoje último dia do ano. Um ano pelos registros e acontecimentos foi de fracasso ecológico! Leia-se novo código florestal, licença Belo Monte, vazamento de óleo ,  etc. Mas...

Estaria eu falando dessa forma porque a angustia de que se foi mais um ano me contaminou ou me amargou? Nada!  “... Tudo passa tudo sempre passará, a vida vem em ondas como mar...” na voz de Lulu Santos  pego carona e digo que  tudo passa. Conquistas vão e vêm, derrotas acontecem, mas não perpetuam , há nascimentos bem vindos outros fora do  programa , há  despedidas e recomeços,  nada vem para ficar porém  nada será em vão, tudo tem um sentido terá  uma verdadeira  razão.

Essa comemoração esfuziante da passagem do ano conclama uma enorme diversidade de acontecimentos negativos ecologicamente falando. Olha que eu nem sou eco-chata, mas como dizem: Baixou em mim hoje, justamente hoje na última publicação dessa coluna nesse ano de 2011 uma ECO-ANGUSTIADA!

No fundo gostaria, de abrilhantar os demais recortes publicitários com imagem de gente feliz brindando, rodeadas de onomatopéias de taças se batendo com  riscos e estrelinhas diversas brilhando pelo fundo da figura... Pare! Foi isso que me indignou hoje e me tornou uma eco-chata ao quadrado nesse último dia do ano.

Esse invento chinês realmente possui uma inebriante beleza pela diversidade de cores e formatos que se apresentam aos nossos olhos. Apresentam também uma capacidade de reunir muitas pessoas para assisti-los.  Porém os fogos de artifício causam uma série de impactos negativos   próximos ao ambiente onde são lançados. Alteram a rotina de aves e animais que assustados mudam o comportamento e acabam migrando para outros lugares comprometendo a sobrevivência da espécie. Animais domésticos se tornam irritados com o barulho, pois para a audição animal esses aproximados 120 decibéis se tornam ensurdecedores. 

Para o meio ambiente o impacto é altamente nocivo dissipando no ar mais emissões de dióxido de carbono (CO2), o maldito rojão liberta estrôncio uma perigosa substância tóxica na atmosfera, além de fazer um barulho horrível, chato e irritante para alguns. Ele também possibilita incêndios e queimadas em mato seco ocasionando outros sérios problemas ambientais.

Toda essa poluição, mais a gerada pelo potássio cobre e bário liberados quando ocorre a explosão, acumuladas em uma noite de comemorações no Estado de São Paulo, a poluição gerada pode ser maior que a  de um ano de funcionamento de “uma” usina de lixo.

Portanto esse espetáculo pirotécnico interfere no meio ambiente, portanto  mudar esse hábito tão intrínseco da convivência humana ancorado nas tradições comemorativas vai ser bastante difícil. Porém, temos aqui  uma ótima oportunidade para fazermos uma reflexão sobre as coisas que referenciamos na alegria, descontração e felicidade que nem sempre colaboram positivamente com a vida por completo ao planeta. Onde muitos de nossos hábitos e costumes podem nem sempre agradar a todos a nosso redor.

Tirando as “ecochatisses” do ano todo, as despedidas que venhamos a lamentar,  que todos tenhamos  uma belíssima passagem de ano.
Feliz 2012 !

24 de dezembro de 2011

NATAL VERDE OU VERMELHO?


Adriana Teixeira Simoni
No final do século XIX Papai Noel que foi inspirado no Bispo São Nicolau, vivia na França e distribuía dinheiro aos pobres, já hoje no Brasil a bolsa família se encarrega disto. Voltando ao São Nicolau, este, começou a vestir vermelho por conta da influência publicitária de uma grande fabrica de refrigerante que fantasiou o Papai Noel como vimos hoje, porém ele antes disso vestia roupas verdes e era magro. 

Bom, nos dias atuais, Papai Noel não veste mais verde nem tão pouco preconiza o verde no que está diretamente ligado a sua imagem. Talvez esse fator tenha sido pela influência da marca de refrigerantes, cala boca Adriana!

Brincadeiras a parte, o Natal pode não ter nada de solidário nem tão pouco de sustentável. Pois a data ludibria a sociedade, faz com que ela gaste sem pensar e nem sempre o presente é por afável gosto e muitas vezes se prejudica economicamente, e ainda colabora negativamente para com a causa ambiental onde o tripé que sustentaria um Natal sustentável entre o social, econômico e ambiental se faz completamente esquecido. Não bastasse isso a precoce publicidade da data inicia-se já no mês de Outubro com as investidas publicitárias para o consumo hipnotizando a todos impondo consumo e muitas vezes frustração por assistir tal movimento sem poder participar.

Não quero ser rude numa data tão gostosa. Com certeza não há nada mais agradável do que receber um presente e também dar outro com o coração, mas o problema que estas datas específicas para “presentear” desencadeiam nas pessoas comportamentos extremamente insustentáveis que colaboram com o comprometimento do planeta.

O lixo gerado pela quantidade de embalagens, as emissões de C02 pelo deslocamento para ir às compras, da logística e da indústria é assustador além do comprometimento financeiro que geralmente é a perder de vista e que muitas vezes perde mesmo, pois são tantas prestações que a soma é maior que o ganho até o décimo terceiro do ano seguinte.

Enfim, desejo que realmente seu Natal seja VERDE, tanto nas possibilidades que tenha para garantir presentes às pessoas amadas bem como para suas atitudes com o ambiente. Que a data também o leve a reflexão antes de se atirar as compras, tenha consciência de que todo lixo gerado em embalagens é reciclável, portanto, destine corretamente à cooperativa de recicladores, agindo assim estará sendo solidário com a sociedade e o planeta.

Mantenha-se verde e de coração aberto sempre de forma sustentável para desfrutar de muitos outros Natais e que de vermelho apareça só a roupa do Papai Noel permitindo que suas finanças pisquem verde até o próximo Natal da mesma forma abundante como a Barriga do atual Papai Noel.

Um FELIZ NATAL repleto de Ideias Sustentáveis
 aos amigos e  leitores do Blog !

17 de dezembro de 2011

“LIXOS” PECULIARES



Adriana Teixeira Simoni

Invariavelmente tudo que não queremos mais é considerado lixo.  Porém esse algo que não nos serve que perdeu a beleza, a utilidade, a graça e que se encontra demais em nosso armário, sótão, despensa, que já enfeitou nossa casa e que agora enjoamos, não deve ser considerado necessariamente “lixo”.
Muitas pessoas sentem-se incomodadas de oferecer algo usado a outra pessoa, provavelmente porque ela mesma carrega o sentimento de desprezo por algo que não é novo, que não sai da loja embalado com etiqueta e validade. Lógico que jamais devemos esquecer que este “algo” deve estar em perfeito estado, que ainda funcione, e que apresente possibilidades de uso por outra pessoa ou família.
Esse sentimento de desprezo pelo bem usado acaba fazendo pessoas jogarem na lixeira da calçada de suas casas objetos que poderiam transformar a vida de outras pessoas. Poderiam ser o “algo” mais que falta na vida de muitos por aí.
Já tive oportunidade de ver de tudo durante minhas caminhadas pelas ruas da cidade, mas o que me chamou a atenção em 2009 numa lixeira foi um aparelho ortopédico de tração dorso/cervical ajustável para qualquer tamanho em perfeito estado. Isso prontamente me motivou a pegá-lo e encaminhá-lo a uma instituição que pudesse aproveitá-lo, mas me levou também a pensar porque aquela pessoa que o jogou na lixeira não pensou da mesma maneira? Se de fato instituições filantrópicas penam por recursos esse aparelho seria muito bem vindo, pois afinal poderia ser útil a alguém e sendo assim o receberiam com muito gosto, como o fizeram quando o entreguei para uma fisioterapeuta de uma instituição para crianças.
 Histórias com “lixo” não me faltam, tem também outra vez que encontrei uma cadeira de rodas que necessitava apenas higiene e lubrificação. Bom se o pensamento for de que o catador de reciclagens a levaria, muito bem, porém talvez a levasse para virar brinquedo do filho até acabar-se ou ser vendida como ferro velho, porém penso que ela ainda poderia merecer um final mais digno ajudando alguém temporariamente. E sendo assim, providenciei reparos com a ajuda de um amigo e encaminhei a outra instituição.
Mas tem também um dia mais especial que tem tudo a ver com a época natalina, na qual encontrei uma boneca que estava com o braço arrancado e a cabeça deslocada, porém era um bebê de feições tão perfeitas e de material tão bom que resolvi levar para casa e restaurá-la. Encontrei-a jogada numa rua de terra, molhada pela chuva e suja, o brinquedo foi desprezado por que se encontrava tecnicamente destruído. Porém, ainda vi potencial para um belo brinquedo a uma criança ávida por uma boneca e sem possibilidades de ser contemplada com semelhante.  Reparei-a com um novo corpinho de pano, higienizei, apliquei cheirinho e roupinhas de bebê, acrescentei mais alguns adereços e pronto, ficou perfeita!
Como era inicio do mês de dezembro busquei adotar  uma cartinha na Associação Comercial  de alguma criança que desejasse ganhar uma boneca de presente do Papai Noel e prontamente encontrei  uma menina que estava desejosa de ganhar um bebê que falasse. Foi realmente muito emocionante proporcionar essa surpresa a essa garotinha de oito anos, uma ótima dica para quem quiser fazer uma criança carente acreditar num sonho.
Portanto, neste final de ano haja com peculiaridade com o seu lixo e verá possibilidades de colocar em prática a sustentabilidade, pensando tanto no ambiental quanto no social, pois o que não lhe serve mais hoje pode realizar o sonho de alguém, além de contribuir com um viver mais simples capaz de proporcionar um impacto menos profundo durante a sua caminhada no planeta.

10 de dezembro de 2011

LAÇOS DE SUSTENTABILIDADE



Adriana Teixeira Simoni

Não basta dizer-se sustentável é necessário abraçar-se ao conceito com o objetivo de tocá-lo. Parece utópico tentar tocar um ideal, uma ação onde os dias atuais estão intrínsecos, mas é possível. Hoje  a sociedade lê, ouve, fala sobre esse assunto e muitas vezes nem percebe a importância e a  necessidade de verdadeiramente dar vida a essa ação, a essa ideia de constância com ar de eternidade.

Realmente creio que o momento, a década está extremamente permeada do uso dessa expressão tanto pelo apelo em si de “ecologicamente correto” , bem como pelo reconhecimento da necessidade de se pensar sustentavelmente todas as ações socioambientais do planeta , cujo sentido é promover a constância existencial de toda a diversidade planetária permitindo a existência da humanidade igualmente a todos, sem  tolher de alguns a oportunidade de conhecer ou viver algo desse planeta por pura irresponsabilidade de alguns atravessadores do lucro que menosprezam a todo instante  nossos recursos naturais a qualquer custo.

Nesse  momento se percebe o envolvimento de grande parte da sociedade,  do meio empresarial e governamental  com a temática da sustentabilidade num propósito de querer amenizar danos que foram provocados no passado e que agora mostram-se nos rios, florestas e atmosfera. A ação predatória por muitos anos com intuito de visar o  crescimento do País  fez com que essas ações irresponsáveis degradassem de forma quase que irreversível muito do nosso planeta.

Agora é correr atrás do prejuízo, e não adianta apenas  panfletar ou aderir à marca  mensagens de sustentabilidade e ou publicar páginas inteiras  na imprensa do que sua empresa fez ou deixou de degradar em nosso planeta. Faz-se necessário colocar a sociedade dentro dessa luta  não só como consumidora e geradora de lucro a essa empresa,  mas como participativa dessas  ações sustentáveis, cujo resultado será muito maior em benefícios a efetiva sustentabilidade planetária.

As iniciativas para esse caminho estão tomando corpo e substância  nessa últimas décadas, onde um caminhão de erros e contra-sensos foi necessário para agora separar o que realmente foi positivo do que se mostrou neutro e negativo. Onde cada vez mais se faz  possível vislumbrar um equilíbrio nesta luta pela efetiva sustentabilidade  empoderando a sociedade para esta sentir-se capaz e motivada a participar da construção de uma  nação preocupada com o planeta e a sua própria sobrevivência.

As ações isoladas no âmbito empresarial e governamental não resultam numa educação ambiental efetivamente capaz de produzir mudanças. Do que adianta ações pontuadas em anúncios ou mesmo dentro de escolas em  pequenos projetos, com palestras , lindos slides e o blá blá blá sustentável de sempre. Isso não faz refletir sobre a ação, é necessário  se fazer parte do movimento da mudança, é necessário colocar a mão na massa e ver como é que a coisa realmente funciona.

A Política Nacional de Resíduos sólidos será uma grande aliada neste laço de sustentabilidade, promovendo a união de toda cadeia produtiva até o destino final, incorporando também responsabilidades ao  consumidor neste processo. Porém, ainda requer um preparo para que esse consumidor seja convocado de forma ser ancorado nessa responsabilidade como participante da ação sustentável ciente de sua importância e não apenas como  adereço.

O mesmo deve ser com a educação ambiental, ela deve estar presente e ativa como algo semelhante aos hábitos com a higiene, algo sistemático  que cresça e se manifeste naturalmente com a visão do bem estar ambiental sem que seja uma pequena faceta de matéria publicitária de aspectos ecologicamente corretos  oriundos do Estado ou de grupos empresariais.Requer um laço bem feito!

3 de dezembro de 2011

HUMANOS ILEGAIS ANIMAIS HUMANOS



Adriana Teixeira Simoni


Atualmente o que mais cresce são lojas para cuidar de animais de estimação, porém antagonicamente se encontra o descaso e abandono  de animais domésticos. O carinho e companhia de um animal de estimação é praticamente igual ao praticado por humanos, porém  não possuem a racionalidade, mas   apresentam sentimentos e os mais dignos encontrados hoje em dia e todavia  raros entre alguns  humanos.

Como é triste constatar esse grande número de animais domésticos desprezados pelas ruas, que na sua grande maioria momentaneamente tiveram um lar, porém a vida passa inclusive para os animais e aqueles bebezinhos graciosos cresceram muito além do que esperavam os incautos “donos” e cruelmente deixaram de gostar do animal tratando-o como um brinquedo que não funciona mais como gostariam.

Porém, essa falta de comprometimento e responsabilidade ao adotar um filhote e depois soltá-los pelas ruas é um fator cruel e que pode acarretar uma série de problemas à sociedade. O que se faz urgente é uma educação para com o ambiente urbano e potencializar a posse responsável para garantir aos animais o direito à vida com mais dignidade e saúde, mas de qualquer forma o poder público deve estar atento e atuar para o controle, pois de bonitinhos podem se transformar em transtornos sérios a sociedade.

Ando pela rua e percebo uma infinidade de ninhadas de gatos que acabam vivendo em bueiros até se tornarem adultos, cães que perambulam por tempos esmolando comida aqui e ali até que desaparecem ou se encaminham a outras paragens ou algo pior lhes acomete, o mesmo com os gatinhos. Tudo isso acontece porque animais procriam as ruas, pois as fêmeas são dispensadas prenhas por puro descomprometimento.

Num veraneio fora da temporada no sul do País, cidade com algumas faculdades  onde os estudantes preferem alugar casas no balneário e ficar com o lazer bem pertinho dos estudos. Ora, para lhes fazer companhia durante o ano letivo adquirem um animal de estimação, na maioria das vezes um cachorro, porém quando vão de férias de volta à casa da família deixam os animais completamente atordoados perdidos e abandonados de seus vínculos criados durante o período das aulas.

Fiquei consternada ao ver uma ninhada de 12 cãezinhos numa caixa de papelão famintos, jogados próximos a praia atrás de uma duna imensa de areia sem a sua genitora. Pode-se conceber um humano fazer tal maldade? Deveria ao menos ter providenciado um abrigo descente a esses animais para que tivessem uma chance de ganhar um dono. E depois, os animais é que são irracionais.

O fato é que apesar de animais de estimação serem tratados com regalias raras para algumas pessoas de nossa sociedade, de terem legislação que os protejam, ainda assim não existe uma relação plenamente  positiva, entre animais de estimação e a temática ambiental.

Eu respeito os direitos dos animais, porém acredito mais nos homens que cumprem deveres para depois fazerem jus aos direitos, respeitando tanto seu semelhante quanto o ambiente com propósito absoluto de ser um humano.

26 de novembro de 2011

NA CLAUSURA DO MEU CARRO



Adriana Teixeira Simoni


O Ser humano com o passar dos anos vem crescendo num comportamento de isolamento do todo, tornando-se uma pessoa anti-social e muitas vezes desenvolvendo uma relação muito autônoma perante o “resto”  , perante os demais da sociedade. Haja vista as impaciências no trânsito como causam desastres e  mortes.

Esse tipo de comportamento colabora muito negativamente para a sustentabilidade, pois em poder do carro o homem de qualquer gênero se mostra muito capaz de cometer inúmeros desatinos contra outros homens, contra si próprios e contra o planeta.
Na clausura do veículo o homem pode se manter  longe , ou separado do que ele não gosta, do contato com pessoas  de classes distintas e preconceitualizadas por ele, é como  um manto de isolamento  e de poder.

Quando digo que proporciona ser contra o planeta seria porque o fato do homem se achar o dono do mundo montado num veículo, ele se esquece de tudo.  Naquele momento é só ele e o seu carro.  Esse comportamento é bastante visto quanto à forma como ele trata o carro, parece até que tem vida. Ele lava o veículo , lustra, perfuma, discute por  arranhões, etc. Todo  tipo de lastimo ao carro  tem a capacidade de estragar o humor  do dia ou da semana,  dependendo do caso. O que provoca também comportamentos agressivos no trânsito.

 Isso faz com que ele perca a noção, por exemplo, da quantidade de água desperdiçada numa lavagem diária ou semanal, quando a época do ano é de poeira  solta ou chove demais,  não importa. O fato que ele trata o carro como se fora uma paixão. Há casos de desastres e calamidades que a pessoa morre na tentativa de salvar o próprio carro,acaba por  se tornar um escravo do seu próprio carro.

Tem mais, o uso do carro particular é um fator violador de várias condutas sustentáveis para o planeta, pois seu uso em detrimento do transporte coletivo que seria o mais adequado provoca mais descargas de CO2 na atmosfera, congestionamentos e outros problemas de ordem social e física no perímetro urbano.

Esse comportamento é engraçado quando se coloca a questão de que não há mais espaço para tantos carros. Todos concordam, porém, logo argumentam que não podem viver sem o carro. Nem o tal do rodízio de veículos preconizado como tentativa para melhorar a fruição do trânsito resolve, pois se adquire outros veículos para ter sempre uma placa disponível para usar naquele dia proibido.

 O Brasil projeta essa conduta de geração em geração. A meta de uma criança assim que entra na pré adolescência é tirar a carta de motorista, e não é só pensando nas facilidades de locomoção, mas pelo status produzido de dirigir um carro.  Precisamos ganhar novos hábitos como carona solidária e o uso do transporte coletivo para nos socializar com a convivência com nossos semelhantes sem expressões de poder e isolamento perante uma máquina que pode nos matar tanto pela negligência do uso quanto pela poluição que gera. Na ausência de um bom  e eficiente transporte coletivo vamos preconizar as caminhadas que cumprem dois ou três papeis como por exemplo a economia, a sustentabilidade e a sociabilidade.

19 de novembro de 2011

UMA ÁRVORE X UMA PALMEIRA



Adriana Teixeira Simoni

A arborização de praças e vias públicas representam importante papel no equilíbrio socioambiental garantindo qualidade de vida a toda população além de garantir beleza e conforto, promovendo a troca de gases, a conservação do solo, o alivio  da poluição sonora   e suavizando as altas  temperaturas .

A vegetação urbana integrada ao ecossistema colabora com a diversidade da flora e fauna promovendo a sustentabilidade ao seu entorno.  Porém é importante salientar que a vegetação urbana se encontra em áreas públicas e que a manutenção, manejo e extirpação quando necessários devem ser realizados pelo poder público ou  somente com a sua autorização .

Dia desses em minha  caminhada  diária por uma via  na zona leste , verifiquei dois homens carregando o tronco de  uma árvore erradicada   do canteiro central de uma avenida. Surpresa perguntei por que derrubaram a árvore, a resposta veio rápida e definitiva: - Ela (a árvore extirpada) dava muito trabalho, plantamos uma palmeira. Fiquei sem palavras para reagir, mas dei seqüência a minha caminhada bastante inconformada pela atitude dos dois homens.

A árvore extirpada do canteiro central da avenida já se encontrava com tronco de aproximados 25 cm de diâmetro  deveria apresentar uma copa de 2 m e uma altura de 5 m. Não sei identificar a espécime mas achei uma barbaridade muito grande a atitude e o motivo que os levou a derrubar um indivíduo adulto da via pública.

Uma palmeira também é uma vegetação bonita e faz seu papel no ambiente, mas verifica-se que as árvores são as que mais contribuem, tanto para alimentar as aves, quanto em benefícios perante o ecossistema. Sendo assim comprovadamente não havia necessidade de condenar uma árvore sem um motivo plausível. 

Com esse flagrante, concluísse que a população precisa ser urgentemente conscientizada da importância de preservar e integrar espécies vegetais no ambiente como forma de manter a nossa própria existência. Quem na sua existência não desfrutou de uma árvore, quem não tem uma história, uma brincadeira. A lembrança de algum momento relaxante embaixo da sombra de uma árvore ou mesmo uma recordação amorosa enfim, uma árvore pode nos oferecer uma infinidade de coisas desde o básico como sombra e um galho para um balanço até mesmo matéria prima para artesanatos para ganhar uma graninha, isso falando apenas do desfrute fora todo bem e proteção  ambiental que ela nos proporciona.

O agir corretamente na sociedade está sempre na concepção de multas e taxas nunca no agir racional. Onde, para se erradicar árvores do perímetro urbano e dependendo do caso, até mesmo  de dentro  de nossa propriedade se faz necessária a autorização do corte tanto de árvores isoladas quanto de APPs, e as orientações  estão junto ao Departamento de Meio Ambiente da cidade o que é possível acessar via Site da própria prefeitura.Basta se informar antes de cometer um crime contra o ambiente.

Árvores ou palmeiras plantar mais, cortar menos, proteger sempre!

"A base de toda a sustentabilidade é o desenvolvimento humano que deve contemplar um melhor relacionamento do homem com os semelhantes e a Natureza."
Nagib Anderáos Neto

12 de novembro de 2011

CONTROLE SEU COMPORTAMENTO AO CONSUMIR



Adriana Teixeira Simoni

É impressionante como o avanço tecnológico provoca mudanças de comportamento da sociedade, onde muitas vezes é impossível não acompanhar a tecnologia e o apelo publicitário, pois a própria tecnologia não nos permite ficar parados, nos empurra para o avanço.

Se até ontem você vivia muito feliz  com uma Televisão 29 polegadas  que foi o “must” há uns  anos atrás, hoje mesmo  que ela ainda  apresente condições de  assistir a todos os programas televisionados abertos e  também dos transmitidos por antenas pagas, aceita DVD e vídeo cassetes esse último outra antiguidade, ela hoje, está completamente fora dos padrões estéticos de volume e “designer” implementados pela indústria da imagem.

Enfim, quem sofre com todo este avanço é o ambiente. O gasto energético e consumo de água para a fabricação destes itens é absurdo se considerado o tempo de uso que a sociedade de hoje tem feito desses equipamentos eletroeletrônicos.  Assim que se torna absoleto o bem, o impulso é a substituição imediata, muitos na ânsia de demonstrar suas possibilidade financeiras mesmo sem as tê-las o fazem antes mesmo de esquentar a publicidade, pagando o valor do lançamento sobre o item, nesse passo precipitado quem fica  ainda mais feliz  é a rede de distribuição.

O planeta clama para que debelemos este impulso para o consumo desnecessário, afinal se o seu equipamento tem uma tecnologia não muito antiga e apresenta funcionamento condizente com as necessidades presentes, contenha-se em substituí-lo. Você poderá sair ganhando economicamente, pois depois do lançamento de um modelo o preço costuma baixar bastante.

Essa tecnologia da televisão de espessura  fina  é fantástica mesmo, difícil  não olhar para ela com a  pretensão de adquirir (o que “ amigos do alheio” , também admiram muito, devido ao fácil transporte e condução). Afinal esta TV pode ser pendurada na parede.

Para rirmos um pouco, lembro de uma amiga que por ser tão fina a TV, me disse quando “amigos do alheio” a visitaram e levaram  de sua sala seu sonho de consumo e alguns de meses de economias, disse-me que haviam levado a “panquequinha” dela.

Mas  enfim , o que fazer com aquele “tubão” enorme das TVs 29 polegadas? O fato, é que não há locais corretos para o descarte destes equipamentos em desuso.  Mesmo a cooperativa de reciclagem de lixo não absorve todo e qualquer item eletroeletrônico e de  E-lixo.  Acredita-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos que ainda está dando os primeiros passos em breve nos agraciará com novidades tornando a indústria responsável por pontos de descarte, facilitando e dando um retorno sustentável. Pois sua reciclagem garante economia dos recursos naturais.

O mais importante também é nós consumidores controlarmos o nosso impulso e não nos deixar levar pelo consumo da moda ou pela imposição publicitária. Devemos Ser o que somos não o que consumimos.

5 de novembro de 2011

POR UM PLANETA SEMPRE MELHOR?



Adriana Teixeira Simoni


Na próxima semana Paulínia será a cidade anfitriã do 2° festival de musica SWU de 2011 onde SWU significa (Starts with You)  Começa com você.  Serão três dias de shows com muitas atrações confirmadas. Será esperado  público de 210 mil pessoas.  Resta saber se tudo isso será realmente por um planeta melhor.

O que me fez realmente lembrar desse acontecimento grandioso para muitos adeptos desse estilo de música, na verdade foi a “sustentabilidade” preconizada para o evento,  inclusive em discussões que acontecerão lá dentro num Fórum Global de sustentabilidade com diversos convidados engajados na causa ambiental promete espalhar conceitos de sustentabilidade.

A tal sustentabilidade exposta como foco deste evento peca em muitos aspectos baseados no primeiro festival ocorrido em 2010 em Itu-SP.  Partindo do preço e fila para alimentação, do uso complicado dos banheiros, o transporte que não funcionou, a enorme quantidade de lixo e falta de disponibilidade de água potável para beber gratuita. Havia água apenas vendida em garrafas pet, o que para um evento “sustentável” é outro grande avesso.   

As tentativas de demonstrar no evento iniciativas sustentáveis além destas acima citadas, já se nega na entrada do evento, com o preço dos ingressos para assistir as bandas. Isso embasando no tripé da sustentabilidade: social, econômico e ambiental, já não cumpre a promessa de sustentabilidade do evento.

Enfim, a polêmica se acalora pelo fato do afinco dos organizadores em prometer algo dentro desse mega evento, partindo de uma publicidade gigante encima de uma sustentabilidade que não é real.  Publicaram na internet um relatório também surreal, onde os dados expostos incluem sem o menor pudor resultados fantásticos para “iludir” investidores.
Apesar de o evento apresentar algumas iniciativas ecologicamente corretas, ainda assim não é possível sustentar que não haverá impacto ambiental. E sendo assim não pode dar garantias de um evento plenamente sustentável.

No evento anterior além da insustentabilidade dos freqüentadores ao jogarem lixo por todos os cantos fora das lixeiras que como sempre em eventos são mal calculadas, também houve outros desgastes, mas quanto ao impacto gerado do evento em si, prometem que árvores serão plantadas em número que garanta a absorção de todas as emissões geradas para  o evento de 2010 e para esse próximo evento. Isso compensaria os  impactos por um mundo melhor?

Essa união de diversão e conscientização só será válida pela chamada à reflexão, pois ao prometerem sustentabilidade cabe a nós cobrar, contestar e criticar por todos os meios, caso ela não aconteça como o prometido.

Chega de engolir exemplos de “greenwashing” o tal marketing verde dissimulado!  Quem gosta cuida, observa e vê adiante. Portanto vamos manter-nos atinados e cobrar as promessas sustentáveis para que o planeta se mantenha sempre melhor para gerações futuras, afinal já somos 7 bilhões. A diversão é válida mas a responsabilidade é  sempre bem vinda.



Maiores Informações:   http://www.swu.com.br/

29 de outubro de 2011

VOCÊ É “ONIOMANÍACO"?


Adriana Teixeira Simoni

ONEOMANIA é uma doença caracterizada pelo consumo indiscriminado, sem controle, sem noção dos males que acarretarão tal consumo, é a fuga da realidade em direção a compulsão.   É uma doença que pode atingir qualquer pessoa, independentemente de classe social, condição econômica e formação intelectual. Significado ao pé da letra: “Mania de comprar”. É uma doença que corrompe a sustentabilidade.
Esse é mais um mau fruto do capitalismo, como se não bastasse tantos outros que acomete também qualquer pessoa de nossa sociedade mais precisamente os em vulnerabilidades sociais, pois o capitalismo os segrega na desigualdade frente aos detentores do poder e do dinheiro.  Mas a doença ONIOMANIA pode acometer qualquer um mesmo, segundo pesquisa do Hospital de Clinicas de São Paulo 3% da população Brasileira está acometida desta doença.
A pessoa acometida age como um viciado é descontrolado e se revela irresponsável, pois se satisfaz não pelo objeto que adquire, mas sim pelo ato de comprar objetos sem a menor necessidade, onde assim que chega a casa, pouco se importa pelo objeto. A frustração se instala levando-o a querer a satisfação em outra compra absurda.
O fato é que a sociedade nasce sendo insuflado ao consumo, o estímulo a compra e ao consumo de serviços é a todo instante e em todo lugar. Se verificar sua caixa de correio, está repleta de panfletos, se liga o rádio inúmeras coisas são anunciadas. A frente da TV  a todo momento um anuncio, hoje nem mais se resguarda ao intervalo do programa, o marketing é feito durante o programa usando a imagem do apresentador para gerar mais confiança , e esse  abuso atinge facilmente as crianças.
Para este público tremendamente vulnerável, existem projetos de leis para proibir mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil, porém é difícil controlar as crianças da atualidade que estão precoces em todos os sentidos  ,  assistem programas dirigidos ao público adulto sem controle dos pais e  desta forma  abrem  precedentes para problemas  na  idade adulta.
Portanto reveja o seu comportamento de consumo, cuide de suas crianças e procure adquirir o que realmente necessita.  Perceba se algum membro da família age descontroladamente adquirindo coisas que nunca usa. Não se deixe cair nessa rede.
Os recursos naturais do planeta são escassos em relação a demanda do consumo e este  consumo indiscriminado aumenta mais  a produção o que acarreta em mais vulnerabilidades aos recursos naturais e a humanidade.
Portanto entenda que o mais importante é SER, o TER é passageiro, logo perde o valor.  O SER é eterno e crescente, você sempre poderá SER melhor para o planeta. Basta SER consciente garantindo   assim uma vida saudável passando longe de ser um oniomaníaco.

22 de outubro de 2011

PÚBLICO OU PRIVADO




Adriana Teixeira Simoni

As pessoas confundem muito o conceito de público e privado na convivência em sociedade, onde é muito comum encontrar pessoas achando que o que é público não é de ninguém. crasso engano!

Tudo o que é de uso público é de propriedade de toda a sociedade, portanto todos devem cuidar manter e proteger. Então se me sento num banco da praça para ler o jornal logo devo me comportar como se estivesse sentado no banquinho do jardim da minha casa. Não devo jogar lixo no chão, não devo colocar os pés sobre o banco, devo ter civilidade suficiente para compartilhar o banco com mais pessoas. E nem preciso dizer que não devo destruí-lo em hipótese alguma.

No entanto o que se encontra no comportamento das pessoas na sociedade é justamente o contrário. Quando se vêem dentro de suas propriedades privadas se comportam na maioria das vezes exemplarmente, acondicionam o lixo em lixeiras, não picham nem riscam as paredes, não quebram propositalmente paredes ou bancos, não chutam lixo ou qualquer coisa pelo chão de sua casa. E como a casa é sua propriedade privada também costumam cuidar das plantas e ou árvores que possuem.

Já em áreas públicas infelizmente é possível ver todo tipo de objetos descartados ao léu. É quase possível se não for, montar uma casa com objetos que são lançados as ruas e praças. É triste constatar o comportamento de moradores acostumados com regras condominiais arremessarem moveis e lixos diversos à frente do prédio como se aquilo que os incomoda torna-se invisível assim que descartado irresponsavelmente nas vias públicas.

O que primeiro ocorre para se desculpar é que a Prefeitura demora a recolher ou tomar alguma providência... Sim, mas o incauto contribuinte procurou se informar de quando o serviço CATA-BAGULHO passa em seu bairro, como e onde deve depositar e como deve acondicionar seu descarte? Pois bem, esse serviço existe em todos os lugares, mas tem calendário e geralmente contato telefônico para informações e esclarecimento de dúvidas.

Além do que, o descarte deve ser feito à calçada nos dias próximos a coleta e não arremessado numa área pública qualquer, que muitas vezes nem tão pública assim é, pois existem áreas que parecem públicas, porém são de propriedade privada de alguma empresa como é o caso dos arredores das linhas férreas e também de terrenos baldios.

A verdade é uma só, viver civilizadamente tem sido um valor esquecido. Portanto devemos combater esse crescente egocentrismo da vida cotidiana atual com mais práticas de cidadania dentro da família e na base escolar para disseminar atitudes e iniciativas positivas com o vizinho, com a escola, com a praça, com todo o ambiente preconizando conservação e preservação.E basta lembrar uma coisinha: O que eu não quero pra mim não devo fazer ao próximo.

Enfim, se essas atitudes são certas para dentro de nossa casa, por que não mantermos essa mesma EDUCAÇÃO com os locais públicos?   Sendo assim, é sempre bom revisar atitudes e na dúvida buscar informações para conservar o meio ambiente assim como nossa privacidade, limpo e conservado.



15 de outubro de 2011

O PLÁSTICO E O PLANETA



Adriana Teixeira Simoni

Desde o advento do plástico seu uso tem sido com uma criatividade infinita. Lembremos que antigamente (20 anos atrás) potes em plásticos que fechavam hermeticamente só eram possíveis encontrá-los em duas ou três marcas com preço considerável, porém sua durabilidade também era infinita, pois esse é o diferencial do plástico, ser infinitamente durável.
Hoje somos capazes de encontrar todo tipo de material em plástico, de potes  de todas as formas,  tamanhos  com  utilidades infinitamente diversas e a cada dia surpreende-nos mais e mais com a diversidade e também com a inutilidade, o fato é que a qualidade sumiu.
Hoje um pote dura um tempo qualquer e nós consumidores, caímos na lábia do consumo imposto há décadas pelo capitalismo da produção de massa e ganho rápido, e  assim que enjoamos do pote ou se perde a tampa ele vai ao lixo e  logo compra-se outro. A única coisa é que esse material como tem grande potencial para reciclagem não vai para o lixo comum com tanta facilidade e não compromete ainda mais a natureza.
Mas venho me preocupando com outro tipo de plástico, esses em forma de sacos, saquinhos e sacolhinhas.  A sacolhinha tem por tentativas em alguns Estados e cidades serem combatidas, mas que outra solução dar? A sacola retornável? Sim é uma hipótese no caso dos supermercados, mas e nos outros estabelecimentos? O consumo hoje é muito grande, as pessoas não saem de casa com intuito certo de compram. Sente vontade ou necessidade no momento que são atraídas por algo, enfim não se vai a farmácia de sacola, porém se sai geralmente com uma.
No mercado ao comprar frutas e legumes usamos um saquinho para cada item quando não junto vai  uma bandeja de isopor. Logo se combate a sacolhinha, mas o saquinho? Enfim, seria interminável escrever sobre esse tema, precisamos estar conscientes sobre esse impacto e diminuir nosso consumo.
Voltemos aos plásticos e semelhantes, alguns são leves outros se rasgam, mas seus resíduos continuam por aí voando e boiando.  O problema é que a quantidade no mundo é tanta que estão sendo encontrados plásticos nos oceanos em quantidades fotográficas, não só sacolas, mas todo tipo de plástico.
Se imaginarmos  a profundidade e o volume dos oceanos, preocupa bastante o fato de  conseguir fotografar  essas cenas flutuantes de plásticos. Isso é uma ameaça aos animais marinhos e pássaros  e a todo planeta, pois a sopa de plástico no oceano Pacifico já toma  duas vezes o  tamanho dos Estados Unidos. Não esquecer que nós consumimos peixes do mar e que podem estar consumindo estes venenos, ainda não se sabe o que pode sobrar para humanos.
A solução seria EDUCAÇÃO para usar o plástico. Talvez uma disciplina  na escola desde   o ensino básico  seria importante pela infinidade de objetos em plástico  que convivemos diariamente e a falta de orientação para lidar com eles quando não nos interessa mais.
Faça sua parte! Encaminhe o plástico à reciclagem, é um bem aos seus netos e bisnetos e ao planeta.
Você já bebeu água hoje em copo de plástico?  Quantos? Quantas vezes? Esse também é um problema difícil de desintegrar igualmente  ao plástico...

8 de outubro de 2011

A BOLSA VERDE


Adriana Teixeira Simoni


Ontem ganhei uma bolsa verde numa agência de viagem. É muito bonita e prática e tem  muito a ver com a bolsa verde instituída pela Presidente Dilma Rousseff. Essa bolsa eu ganhei como brinde da agencia de viagem a título de me identificarem rapidamente no aeroporto e as demais utilidades comuns e reais de uma bolsa,a  de transportar objetos diversos.

 A tal bolsa verde tem tudo a ver com o Brasil também. Ela é verde e amarela tem alças enormes, tem  uma série de bolsões, alguns são corruptos e inúteis, outros figuram como bolsos, porém para nada servem, mas eu ganhei, e depois cavalo dado não se olha os dentes.

Com o andar dessa viagem chamada “Brasil sem Miséria”, dá para colecionar bolsas, e o pior que cada uma tem um fundamento quando não absurdo, inútil. É só um adesivo decorativo que nem cola direito, onde complexo é explicar  que quem  usa nem percebe. É Brasil...  Dai a César o que de César e a Deus o que de Deus.

Mas enfim, quem sou eu para discutir o que dão ou deixam de dar . Só sei que conversas que escuto aqui e acolá só me levam a crer no retorno daquela taxa, imposto ou quem sabe bolsa saúde que também dizem ser a solução da saúde, sem nunca ter sido com todos os nomes que já teve , IPMF, CPMF,etc. Porém essa tem outro modelo, todo mundo que tem conta no banco  leva uma retirada pra suprir o uso da saúde. Só posso dizer o seguinte, cada um com sua viagem, mas é preciso manter o olho vivo! Logo vão inventar a bolsa sustentável, você paga e os políticos usam para não impactar o ambiente.

Isso aqui está virando uma rodoviária e até mesmo um aeroporto haja vista a velocidade do tal entra e sai nos Ministérios, todo mundo envolvido em alguma descarga. Quanto mais eu conheço lugares pelo mundo mais eu compreendo o apego pelas bolsas. O Brasil deveria mudar de nome, chamar  “O Bolsa”

Existem tantos programas chamados assim como bolsa família, bolsa escola, bolsa alimentação e agora bolsa verde. Todos visam inclusão social e garantia de acesso aos serviços, até onde entendo os serviços são garantido constitucionalmente a todos, pois é direito fundamental,  logo,  desnecessário uma bolsa para garanti-los. Sabe tem vezes que tenho vergonha da bolsa que eu carrego...  Parece  que é para garantir votos.

Todavia a bolsa verde não tem nada a ver com isso, o fato é que se ouve dizer a todo instante que o investimento necessário em programas verdes e sustentáveis como saneamento básico incluindo  aí destino do lixo  é muito alto.  Ora se é assim, como é que uma migalha trimestral pode trazer algum benefício emancipatório a uma família em algum fundão desse  Brasil?

A verdade é que esta família se encontra já amarela pelo desespero da miséria dos acessos. Você realmente acredita que ela tenha condições de apoiar a conservação ambiental sendo dependente de bolsas? Ela até pode ser conscientizada e acredito, pois sobrevive do que extrai da natureza e depois a sua própria  miséria colabora pois não possui acesso a água potável, promovendo assim forçadamente na economia de água.

Eu como crítica ao extremo, penso que se ao invés de dar uma bolsa verde, amarela, azul, pouco importa! Seria preferível, garantir emprego e disponibilizar capacitação para que essas famílias busquem por sua autonomia e crescimento sem serem influenciadas pelo ganhar o peixe pronto. Ainda que essa bolsa verde tenha lá um alcance distinto, sempre ouvi dizer que a EDUCAÇÃO trás crescimento e a esmola paralisa. 

1 de outubro de 2011

SER OU PARECER SUSTENTÁVEL?




Adriana Teixeira Simoni


A “sustentabilidade” tão mencionada na atualidade teve seus primeiros passos em 1972 na primeira Conferência das Nações Unidas pelo meio ambiente e vem sendo usada até os dias atuais numa crescente que, por vezes sua utilização não representa a sustentabilidade propriamente dita.

Ser SUSTENTÁVEL é ser capaz de suprir as necessidades do hoje sem prejudicar as possibilidades de uso no futuro, porém dentro desta básica explicação outros itens devem estar relacionados para que a sustentabilidade realmente aconteça.

Hoje ser sustentável é uma qualidade muito requerida em todos os segmentos para assim garantir preservação da vida humana e do planeta a “longo prazo”, esse é o foco que deve ser buscado, todavia muitas empresas se dizem verdes e sustentáveis apenas para garantir um selo de qualidade que na verdade ela não merece. Para ser sustentável não basta exibir certificados precisa realmente SER SUSTENTÁVEL.

Pode-se verificar isso pesquisando sobre uma empresa, como se dá o processo de sua produção ou sua atuação no mercado, se ela trata o ambiente de forma ecologicamente correta, se sua matéria prima não corre riscos de se extinguir por mau uso ou por não ter consumo sustentável, se ela desenvolve seu processo de forma socialmente justa e compromissada com a integridade humana, e se contribui para um engrandecimento da cultura de forma a permitir que seu bem seja desfrutado de forma igual por todos.

Vimos muito a utilização do selo sustentável sendo usado por Bancos, ora, Bancos são sustentáveis? Conseguem essa proeza? De que forma um Banco pode ser sustentável se ele cobra juros altíssimos pelo dinheiro que empresta, além de segregar muitas pessoas de seu uso, um ponto negativo para inclusão.  Ah! Mas eles investem em projetos sócio-culturais e ambientais, porém não sustentam muitos dos requisitos para ser uma empresa “sustentável” verdadeiramente, a isso que precisamos estar atentos.

Por tanto, as empresas deveriam ter mais cuidado ao usarem esse marketing tão exaustivamente tentando iludir a sociedade. O CONAR - Conselho Nacional de auto-regulamentação Publicitária acabou de colocar em vigor no dia 1° de Agosto/11 novas normas éticas para publicidade que evocam a sustentabilidade o que vem colocar um pouco mais de credibilidade no setor, pois reduzirá a banalização ocorrente do termo sustentável. Para que a sustentabilidade ocorra não são necessárias publicidades apelativas, mas políticas públicas focadas efetivamente na sustentabilidade.

Mas, para tanto, uma idéia de real sustentabilidade seriam as Ecovilas e as cidades sustentáveis, pois ao serem menos dependentes do petróleo equilibram as mudanças climáticas pelas suas baixas emissões de CO2.  Pelo fato de serem mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas como ecológicas, garantem uma vida simples, porém mais saudáveis a sua população e ao planeta. 

Já para nós da sociedade consumista vamos tentar ostentar nossa bandeira sustentável com ações e práticas em nosso dia a dia pensado em diminuir nosso impacto no ambiente. Sendo assim, você acaba de ser convidado a ser mais sustentável a partir de hoje se ainda não é...


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