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30 de junho de 2012

SER OU TER EIS A QUESTÃO...




Adriana Teixeira Simoni

            Shakespeare colocou indagação semelhante na peça em que  o príncipe Hamlet questionava em sua loucura lúcida “ser ou não ser”. Hamlet    também pretendia saber qual caminho tomar.  Agora desafio  saber o que seria melhor para a humanidade ser ou ter?
            
             Se o ser é tudo aquilo que eu vivo, é tudo em que coloco minha mão e deixo meu perfume, são minhas experiências, vivências, meus saberes. Ser é algo que ninguém pode me tirar, é algo que carregarei pra sempre como meu até morrer, mesmo que mude de opinião ainda assim serei eu. Enfim, todas essas prerrogativas  me fazem  concluir que ser é muito melhor que ter...ou não?
            
               Todavia  não é fácil nem possível ser tão conclusivo assim, pois ser também traz seus lados negativos, ser egoísta , ser maléfico , ser preconceituoso e inoperante das boas atitudes para com pessoas, animais e o ambiente e também no segregar o conhecimento por insegurança. Logo ser não seria tudo de bom.  Que dúvida cruel, ser ou ter eis a questão...
            
               Se  ao “ser” posso ser magnânimo e destruidor, altruísta e  mesquinho, pessimista e otimista. Contudo  se nos antagonismos do ser , posso ser algo negativo ou positivo para mim ou para com os outros ,  desta forma ser não me faz facilmente  melhor  assim como não me impede de me tornar cruel.
            
             Quando nos detemos na  vida em apenas “ter”,  ter um, dois carros, uma casa de campo, duas  na cidade e  uma outra na praia, falamos que investimos. Mas quando falamos em  ter uma TV de plasma na sala e mais  uma em cada  dormitório, além dos três celulares mais o smartfone   e o Nextel que ganhamos do Cachoeira , enfim ter no sentido de possuir muitas coisas  e possuir muito das mesmas coisas isso pode  nos tornar perdulários  e nos comprometer frente a busca incansável de um  viver sustentável. 
            
               Atribuir nossa felicidade as coisas que podemos comprar não é algo indicado, pois se por qualquer razão nossa condição financeira nos  impossibilita de satisfazer  o prazer de  consumir , tal condição pode levar a depressões ou endividamentos e  também a frustrações. Portanto TER não deve ser considerado uma razão de viver, mas continuar sendo apenas a  realização da necessidade premente.
            
             Uma vida simples e sustentável não quer dizer que voltaremos a viver como na idade da pedra, pedalando o carro ou tomando banho de canequinha, mas todos podem colaborar ao economizar energia e  água. Tentar não usar copos descartáveis e comprar água em garrafinhas.  Eleja uma caneca pessoal,  o que já ajuda diminuindo o excesso de lixo de produtos descartáveis. Condicionar e  separar o lixo para recicladores, andar mais a pé, de bicicleta , promover carona solidária entre vizinhos, colegas  de escola, etc. Há uma infinidade de atitudes que podemos adotar sem voltar a idade da pedra.
            
              Entre “Ser” ou “Ter”, a certeza é que você conquistará mais no momento em que você puder ser mais consciente da importância que você tem para o planeta. Logo a razão de ser é mais benéfica do que apenas o “ter” de acumular coisas e desequilibrar os recursos naturais, dando margem   ao ensejo da produção e do consumo. Eis  então  que você deve ser o mais consciente possível de suas ações, pratique SER sustentável em sua vida para o bem do planeta! Bem lembrado na Rio+20 por Marina Silva:

“O desenvolvimento sustentável não é uma maneira de fazer, é uma maneira de ser!” 

15 de fevereiro de 2011

O Êxtase, a irresponsabilidade e os desastres



 Adriana Teixeira Simoni


Quando efetuamos uma compra por desejo ou por impulso logo vem o êxtase do consumo, você sente-se realizado momentaneamente com a aquisição, porém logo passa, abrindo espaço para outras experimentações, é bom ficar feliz se não aparecer nenhum sentimento de frustração caracterizando assim outros problemas.

A segunda fase do consumo é a irresponsabilidade , onde não há espaço para pensar sobre: - o porque comprei? - Para o quê na verdade eu comprei? O que eu faço com as embalagens? Onde descarto esse objeto que não funciona mais?

Hoje me deparei ao cruzar a calçada de uma agencia bancária com um rapaz na carona de um veiculo abrindo um pacote de presentes que descaradamente, amassou e jogou a embalagem pela janela do carro, praticamente aos meus pés. Já deve estar prestes a entrar na faculdade, se já não estiver...

Eu lhe pergunto leitor : - Qual o sentimento desse sujeito naquele momento? Eu diria que ele está absorvido pela êxtase da aquisição e já envolto da irresponsabilidade pois na primeira reação após a realização de seu desejo, joga a embalagem que não lhe serve e que precisa se desfazer não importando como pois, ela não lhe serve para nada mesmo.

Desta mesma forma encontramos exemplos espalhados pelas cidades em praças semi abandonadas, canteiros, calçadas, rios , córregos, barrancos , enfim..., onde podemos encontrar armários velhos, sofás, colchões , e esses objetos estão geralmente longe das residências dos antigos proprietários, para que eles não tenham mais que ver os seus lixos , seus objetos que não servem mais. CADÊ A EDUCAÇÃO?

Uma grande parcela da sociedade comete esse desatino com o LIXO, pois entende ser muito mais fácil descartar numa esquina, num lugar ermo qualquer , basta que fique longe de seus olhos.
Esse impropério ainda ocorre nos dias de hoje com a mesma freqüência com que a mesma sociedade se solidariza com catástrofes que acontecem por esse Brasil a fora e principalmente em épocas de chuva, sem falar o quanto é veiculado na televisão de que muitos desastres e enchentes são provocadas por descarte incorreto de lixos e entulhos, sem falar em desmatamentos.
Essa mesma sociedade por si só, é incapaz de se conscientizar a esse respeito e mudar seu modo de lidar com os seus lixos e com a natureza. Ela mesmo suja ela mesma sofre, seria masoquismo, burrice ou falta de educação para com o ambiente?

A sociedade é bombardeada pelo consumo desde o nascimento do capitalismo onde este apresenta um esquema arquitetado para que o consumo seja a roda da vida onde você para ser feliz tem que consumir não importando como , precisando ou não, podendo ou não .
O fato é que do consumo não tem como fugir mas tem como resolver o problema com o LIXO.

Existem muitas formas de aproveitamento do lixo e esse é um “recurso” disponível no mundo inteiro basta vontade de resolver o problema – Ah! Mas os investimentos são caros – E me diga uma coisa, sediar a Copa do Mundo também é investimento caro e no entanto...


Para que possamos mitigar e reduzir os danos causados pelo consumo é necessário um adequado tratamento e aproveitamento do lixo e demais resíduos pois, apenas 14 % da população tem serviço de coleta seletiva e além disso também é necessário que essa mesma população seja bombardeada de informações e capacitações sobre como destinar corretamente seu lixo já quando de sua entrada na escola e também para adultos através da mídia diariamente com exemplos de ações e informações.


Na minha cidade, existe um serviço de coleta de lâmpadas fluorescentes e pneus pela prefeitura, porém ninguém conhece esse serviço e joga no lixo comum e em aparas de jardim onde acabam poluindo aterros. FALTA de INFORMAÇÃO!


Portanto, a sociedade precisa ser incluída com seriedade e responsabilidade na questão dos resíduos sólidos, precisa ser amparada e preparada para ajudar efetivamente na destinação responsável do seu próprio lixo diário pois, só assim alcançaremos uma sustentabilidade eficaz, que nos libertará de desastres provocados pelo estresse da natureza oriundo de seu exaustivo uso e descaso com sua saúde.

18 de janeiro de 2011

INICIO DE ANO LETIVO, RISCO DE PAIS COMETEREM BARBEIRAGENS

Adriana Teixeira Simoni



Pais que se dizem conscientes e que preconizam a preservação da natureza, a separação seletiva do lixo, economia de água e fazem disso, uma rotina para  todos da casa incluindo as crianças desde pequenas PARABÉNS MAS ...CUIDADO!!

Você pode estar cometendo uma barbeiragem  contra suas idéias sustentáveis se...

Você pode estar dando   mal exemplo a seus filhos , se sair as compras da lista de material  escolar sem antes fazer uma varredura em casa e ver o que ainda pode ser reutilizado neste novo ano letivo.
Todo ano é a mesma coisa, a lista de matérias escolares é grande e entre muitos itens alguns podem e DEVEM ser aproveitados no ano seguinte, por tanto, aproveite a oportunidade para você mostrar aos seus pequenos,  formas de praticar atitudes sustentáveis, comprando apenas o necessário.
Ao reutilizar matérias do ano anterior você evita o desperdício e promove um consumo consciente além da possibilidade  de  doar os  livros e uniformes usados do ano anterior  possibilitando a outras crianças utilizarem e assim,  além de menos árvores derrubadas, menos energia gasta  você e as crianças praticarão a solidariedade.
Uma oportunidade de conter gastos desnecessários e possibilidade de economizar bastante é a compra compartilhada ou solidária. Junte outros pais e tente comprar em atacado conseguindo um menor valor pelos itens  da lista.
Fiquem atentos aos pedidos da instituição de ensino , duvide, questione , exija todo tipo de informação sobre o que foi exigido e também  pesquise preços e juros caso parcele. O PROCON disponibiliza uma cartilha sobre direitos e deveres na compra de material escolar.
Agora sim, devidamente na linha  e sem barbeiragens as crianças iniciarão outro ano  letivo de conhecimento,  de desenvolvimento  e vão carregar com elas essa atitude consciente sobre consumo ,  vão entender as possibilidades dos pais,  e saber dar valor ao que realmente  merece,   aprendendo a   desfrutar do planeta terra  conscientes de que suas atitudes   podem colaborar  para que o planeta  siga  mais saudável e sustentável.

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