4 de junho de 2016

A SEMENTE DA CIDADANIA


Adriana Teixeira Simoni

A zona de conforto é um lugar maravilhoso, uma pena que ela não leve à transformação. Enquanto me fecho no meu conforto, o ambiente onde vivo é destruído. Enquanto olho, vejo, critico e não junto o lixo da praça, que penso ter sido espalhado pelo gato da vizinha ou o cachorro abandonado; a praça fica imunda, a cidade parece abandonada  com quarto,  sala, cozinha e escritório,  dado ao volume de colchões, armários e sofás jogados pelos quatro cantos da cidade. 
Mas o fato é que, o bueiro levará na primeira chuva uma porção desse seu “conforto” para o rio... E , o resultado disso a gente sabe, tira o conforto de muita gente, nem sempre o nosso, pense nisso!

É cansativo, mas importante repetir que os pequenos atos são os que mais trazem transformação,  e,   o ambiente é o  que mais necessita desse  nosso olhar ,  nossa ação antecipada.

O poder público tem a “obrigação” muitas vezes isso é certo, mas enquanto se aguarda o Prefeito, o representante mais próximo que temos resolver onde investe em sua administração com olhar na reeleição, o ambiente pena pois na sua visão esse investimento não “aparece” . E assim , a cidade desinteressa, desestimula viver nela, decepciona e cala ao invés de nos movimentar.

Cidadãos que somos, por imposição de Lei, pagamos nossos impostos e desejamos o retorno pelos feitos de uma administração, mas jamais devemos sentar aguardando a “boa vontade” desse poder público. Sair do conforto é imprescindível, seja para “eles” saberem que você cidadão existe, ou para diminuir com sua pequena atitude  a destruição maior : o seu bem estar.  Ideal começarmos por onde se vive: nossa casa, nossa rua, nossa praça mais próxima. Esqueça vergonha, posição, importância social. Vamos  Sair do conforto e buscar  ajudar a transformar em como desejamos ver.

Comece guardando sempre a reciclagem para um reciclador autônomo ou cooperativa, se tiver espaço faça compostagem de resíduos orgânicos, junte o lixo espalhado na praça, em frente sua casa  e recondicione-o  civilizadamente; leve a uma lixeira mais próxima uma latinha ou PET perdida em sua caminhada ou passeio de bicicleta. A cidadania é o ato mais esquecido e o mais relevante em relação com o  meio ambiente.
Todos querem praças lindas, ruas limpas, jardins floridos. Porém qual semente você cidadão tem plantado?

A semente da atitude não pode sentar no conforto, ela deve se atirada, revoltada, misturada a sua vontade e desejo de melhoria. Essa semente nos a  possuímos em abundância, e é a única semente que quanto mais se usa, mais se tem vontade de usar.

Se a zona de conforto é um lugar maravilhoso,  que a gente contemple esse conforto com a consciência exaltada pelas nossas pequenas ações no dia a dia, da pró-atividade, do reconhecimento do bem que podemos fazer pelo nosso ambiente, que é grande, mas começa no nosso Lar.

Um feliz  dia Mundial do Meio Ambiente,  repleto de consciência para seus habitantes.


Adriana é Assistente social com ênfase socioambiental. Administradora do Blog Ideias Sustentáveis : http://drikafarah.blogspot.com.br/

11 de março de 2016

BACTÉRIA SALVADORA SE ALIMENTA DE PET


Cientistas japoneses anunciaram nesta quinta-feira (10) a descoberta de uma bactéria capaz de decompor completamente o polietileno tereftalato -- o plástico do qual são feitas as garrafas PET, um dos problemas mais graves de poluição no planeta.
O microrganismo, que oferece uma perspectiva mais viável para tratar o acúmulo desse material no ambiente, foi encontrado em uma usina de reciclagem de lixo. A bactéria, batizada de Ideonella sakaiensis, se alimenta quase que exclusivamente de PET.
Segundo os cientistas, a descoberta é de certa maneira surpreendente, porque a bactéria aparenta ter adquirido a capacidade de degradar esse tipo de plástico em um processo que durou poucas décadas. Na escala da evolução biológica, é um piscar de olhos.
Em estudo na revista "Science", o grupo liderado pelo biólogo Shosuke Yoshida, do Instituto de Tecnologia de Kioto, descreve como uma colônia microrganismo conseguiu degradar uma folha fina de PET em 6 semanas. Pode parecer muito tempo, mas é rápido para um tipo de plástico que leva centenas de anos para se decompor espontaneamente.
Para decompor o PET, a bactéria produz duas enzimas -- moléculas biológicas que promovem reações químicas -- cuja função específica é degradar esse plástico. O PET é composto por uma estrutura molecular de carbono altamente estável, que quando atacada pela bactéria se rompe em componentes menores, que podem ser incorporados ao ambiente sem problemas.
O trabalho dos cientistas japoneses envolveu a análise de 250 amostras de bactéria encontradas na usina de reciclagem. A descoberta é importante, afirmam, mas é preciso descobrir ainda meios práticos de produzir essas enzimas e usá-las em larga escala para tratar resíduos plásticos que poluem ambiente, sobretudo nos oceanos.
De um jeito ou de outro, estudos sobre a Ideonella sakaiensis devem acelerar esse processo, já que tudo o que se conhecia antes era alguns fungos capazes de decompor PET parcialmente. Usar bactérias que aniquilam totalmente o plástico para desenvolver um tratamento biológico para esse tipo de lixo deve ser bem mais fácil, dizem os cientistas.
O planeta produz hoje cerca de 50 milhões de toneladas de PET por ano, e menos de 15% do material é reciclado. O que não é contido em aterros sanitários nem incinerado acaba indo parar em rios e mares -- fragmentado em pequenos pedaços -- e é extremamente nocivo para criaturas aquáticas.
Fonte: G1

4 de janeiro de 2016

EU, TU, ELES E NOSSA SEGURANÇA




Adriana Teixeira Simoni

Em tempos de reclamar e apontar o dedo a tudo que está errado, a dar sua opinião mesmo sem ter conhecimento profundo sobre o assunto. De se achar no  direito de se expressar (ofendendo) não importando a quem vai atingir. Vejo muita gente julgando uns e outros de corruptos, ladrões, bandidos, podres, sujos, incompetentes. Enfim, a lista é grande. Em tempos de doenças maldosas e até fatais como Dengue, chikungunya  e zika , não importa mais os adjetivos , nem tão pouco quem “DEVE” ter a responsabilidade. Se quisermos uma vida melhor é nosso dever colaborar imparcialmente. A segurança será para todos e não apenas para mim.

O assunto é, na verdade, o  LIXO. Nada tem a  ver com pronomes, mas sim, com comportamentos. Eu posso dizer que tenho, não tento, tenho, o melhor comportamento possível com meu lixo, e as vezes com de meus vizinhos também. Lógico, que nem tudo pode ser perfeito quando o poder público não atua como esperado; aí eu realmente tento fazer o melhor, nem sempre consigo. Mas jamais deixo de fazer, pois pode ficar pior.

Quando falamos na primeira pessoa, damos significado a nossas vontades, desejos e opiniões. É na pessoa do EU, que tudo pode tomar forma bem  distinta. Apontar nunca é para mim (“EU”), sempre para eles. Portanto, precisa partir de mim a coisa  bem feita para poder apontar o mal feito do outro.

Estamos em 2016, desfrutamos de liberdade de expressão, escrevemos com toda coragem do mundo tudo que pensamos; deixando opiniões “sábias” na expectativa de muitas curtidas de ibope, porém não temos opinião para colocar  a própria  mão na massa carregando nosso EU mais intimo para  FAZER algo sem anunciar ,fazer por comprometimento, fazer pela razão em si: Fazer para o  meu bem, para o bem do outro, para o bem de todos.
Caminhando pelos bairros nesses dias de festas e feriado  eu fiquei estarrecida com a quantidade de lixo mal acondicionado, lixo jogado pelos matos, praças  e descampados. Como podem as pessoas exigir A ou B de  C ou D se não são capazes de administrar o próprio lixo em dias em que a coleta não passará . E, pior, serem capazes de preocupados com o “sEU” lixo em casa fedendo, agem rapidamente e jogam-no num outro bairro, numa praça; não estando na frente da sua  casa é o que importa. Com essa atitude pensam só  e unicamente em seu próprio desconforto e nada, nada lhes lembra os infortúnios das doenças provocadas por essa irresponsabilidade com o lixo , nesse  seu ato.

As coletas de lixo de aparas de jardim não cumprem calendário e pessoas jogam toda quantidade de lixo nesses entulhos como potes e latas. Que em tempos de chuvas juntam água. Esses mesmos tipos de lixos, são jogados em descampados que por sua vez também viram criadouros de mosquitos  Aedes aegypti , e lá...ninguém vai coletar...serão criadouros eternos.

Cansa falar de mal  comportamento com o lixo. O que  se torna mais desanimador é que ninguém gosta de sujeira acumulada em sua  própria casa. Mas repara na  casa do vizinho, do amigo, repara na sujeira  da “CIDADE” . Agora eu lhes pergunto? Quem suja a cidade? Quem come enlatado, consome lâmpada fluorescente, toma refrigerante ou cerveja em latinha, ou em PET. Quem toma leite? Usa fralda descartável, troca de sofá? Não é a administração de uma cidade. São os moradores dessa cidade.

Festas é algo sempre requisitado pelo povo, adoram se divertir. Querem uma festa cheia de atrativos, querem segurança, conforto, etc. Depois de uma festa popular o que mais se encontra é lixo pelo chão. Isso é aceitável num povo tão cheio de “opiniões” ?   Há... mas faltam lixeiras... Até podem faltar... Mas você também pode levar seu lixo para sua  casa. A festa na praia, no campo, no parque era apenas o lugar para se divertir  não a lixeira.


Então, se a gente fizer o dever de casa para treinar, antes de distribuir “opinião”, apontar o dedo e julgar os OUTROS ; teremos mais coisas para elogiar do que reclamar   e  muito mais coisas para reivindicar.  Pense nisso!

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