Mostrando postagens com marcador pombos urbanos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pombos urbanos. Mostrar todas as postagens

14 de abril de 2012

UMA AVE DE VÁRIOS JULGAMENTOS



Adriana Teixeira Simoni

Um símbolo de paz e amor o Pombo urbano (Columba Lívia) é encontrado praticamente no mundo todo exceto nas regiões polares. Essas aves quando encontram facilidade de alimentação e abrigo se reproduzem descontroladamente. Uma ave que simbolicamente representa a Paz não trás a paz propriamente a todos os cantos, sua presença em certos lugares pode desencadear vários problemas tanto ao ambiente como a sociedade. E a própria sociedade, muitas vezes é a culpada ao facilitar ou disponibilizar alimentos a esses  pombos urbanos.

Os pombos em grandes concentrações contribuem para o comprometimento da saúde pública onde contaminam o ambiente com fungos e bactérias além de causarem transtornos ambientais e materiais. Suas fezes ácidas danificam e sujam monumentos, marquises e comprometem o visual central das cidades. Além também de atrair insetos e ratos devido a restos de comida e acumulo de fezes nos locais onde vivem. Os pombos também transmitem doenças aos homens oriundas da aspiração da poeira de suas fezes e também dos ácaros que carregam em suas penas e ninhos.

Essa ave símbolo da paz e do amor pode ser preservada sem que nos cause tantos dissabores, basta um manejo adequado diminuindo a disponibilidade de alimentos e locais utilizados para abrigo para desta forma não infringir o código de proteção aos animais e manter os pombos urbanos em número controlado. O que também proporciona a sua volta a natureza a procura de alimentos em locais fora do perímetro urbano de forma dispersada sem causar danos ambientais e a saúde humana.

O que na verdade me estimulou escrever sobre esse assunto foi uma semana que convivi com um columbófilo na Argentina. Tomar conhecimento dessa prática na qual não se ouve falar a muito tempo, onde o termo já foi utilizado até mesmo em letra de música “ Pombo correio, voa depressa e essa carta leva para meu amor...”  me desencadeou curiosidades sobre o assunto.

No Brasil essa modalidade desportiva já passa dos 60 anos, foi primeiramente utilizado para comunicação pelo exército brasileiro, porém é bastante difundida na Bélgica, Holanda, Alemanha, Argentina e Portugal. É um hobie que desenvolve fanatismo igual a futebol, e há columbófilos por todo Brasil proporcionando aos praticantes desse desporte reconhecimento internacional.

É Fantástico ver como um columbófilo se comporta num dia de corrida, hoje com a tecnologia usam celulares a todo instante para enviar as marcas sejam da partida dos pombos ou quando iniciam as chegadas aos pombais participantes. Em média cada columbófilo  manda para largada 5 a 6 pombos competidores e quando chegam trazem em suas patas um anel que consta seu número cadastrado na confederação e   este é depositado num relógio  lacrado na qual será aberto na associação para verificação de qual ave chegou primeiro,  calculando os quilômetros percorridos até  o seu pombal de nascimento  e o  tempo gasto. Nessa corrida que acompanhei, os pombos foram soltos a 1200 Km de distância e levaram dois dias para voltar ao pombal de meu amigo, isso porque pegaram chuva dois dias no percurso do vôo.

Todos os pombos são criados e tratados para essa prática com vacinas e alimentação balanceada, pois atingem a marca de 80 a 100 km/h nos vôos de retorno. Realmente é bastante interessante, pois os pombos se nada lhes ocorrer pelo percurso sempre voltam ao pombal onde nasceram. No caso da columbofilia trazem além da paz ao proprietário pelo retorno de seu indivíduo, trazem também  uma noticia boa caso o cálculo lhe propicie ser o vencedor da corrida com prêmios simbólicos e dinheiro. Ainda que fantástica a participação nesse esporte e meio de comunicação,ainda prefiro utilizar  o email.

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...