Adriana
Teixeira Simoni
Hoje
um devaneio, me fez escrever tentando ilustrar o homem na roda do mundo, embaralhado
a esse progresso que cresce sem a ordem que flameja na Bandeira Nacional
Brasileira, em busca da consciência de que fora da bandeira as estrelas se
apagam assim como o verde que representa as florestas também se avermelha entre
as árvores derrubadas. Assim como no amarelo da bandeira é tão raro encontrar valores
como ouro, pois nesse losango que o País flutua as riquezas como a moral e a
dignidade que transformaram a humanidade são tão raras quanto onças livres nas
matas desse País. Na esfera central do
progresso o céu deixa de ser tão azul para mostrar uma face acinzentada e intoxicada prometendo tampar o sol e apagar as
estrelas numa contagem regressiva a cada nova tecnologia que o homem inventa.
Esse
artesão nato, caçador exímio. Foi atropelado pelo poder de acumular tudo, sem sucumbir
ao todo, foi derrotado por máquinas que o superaram em números. A produção de
massa o empobreceu enquanto ser, ainda que presente nos movimentos sociais foi
debelado pela façanha maldita do próprio homem e o poder.
Como
compreender tamanho acontecimento que o pôs em situação depreciada, onde os critérios
estabelecidos pela ciência foram promovidos pela sua própria curiosidade e
ânsia de responder as suas próprias hipóteses.
Ah! Como pode culpar algo ou alguém? Se na verdade procurou tudo que hoje encontra. Desde a floresta que não é mais virgem a todas as outras espécies que nem desenhar mais consegue, pois a imagem também já se apagou. Tanto fez que nem pensou na finidade possível até mesmo de sua existência, pois ao fim desse planeta nem ele mesmo existirá
Nos
rastros que deixa nessa ânsia de descobertas no caminho que essa roda percorre,
arrasa toda natureza inclusive a natureza humana de sentimentos e valores em busca também de encontrar no infinito, algo
que nem ele sabe ao certo porque tanto
busca e para que vai servir nessa busca.
Conquistou
a velocidade, atingiu doenças que o tentavam debelar. Determinou razões
infelizes para o futuro de sua própria vida e de seus semelhantes no uso de
descobertas irracionais, se perdeu em vícios e maledicentes corrupções a título
de acumular mais.
A
tecnologia se apresentou como uma arma contra ele próprio, pois nem sempre é
preciso estar presente para fazer esse algo funcionar. A toda volta que a roda
do progresso o leva, o homem acaba a deriva de todos os problemas que ocasionou.
De tantos recursos arremessados na atmosfera desfazendo de toda a biodiversidade
que deveria ser protegida por ser a sua companheira a sua dádiva salvadora na saúde
e na doença nada faz para impedir a crescente destruição e o crescimento da
desvalorização humana.
Nessa
terra repleta de florestas em se plantando tudo dá, espera-se nascer na consciência desses
homens à percepção de que todo esse mal atribuído um dia retorna, e muitas
vezes retorna para recuperar um outro dano causado, ou algo levado e assim o ontem será hoje e provavelmente não
será o amanhã.
“Cada dia a natureza
produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse
necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.” (Mahatma
Gandhi)