5 de maio de 2012

CONHECER PARA CONSUMIR





Adriana Teixeira Simoni 

A Atualidade nos enreda em suas articulações e nos transforma para o meio em marionetes consumistas. O perigo não está somente em ser enredado pelo excessivo apelo publicitário, mas também pelo apelo do valor baixo. 

Hoje os materiais usados na fabricação de objetos e utensílios estão cada dia mais frágeis, com a verdadeira intenção de não durarem mesmo, pois o lucro deixaria de existir caso fossem feitos com matéria prima e especificidades para garantirem uma melhor qualidade com conseqüente durabilidade. 

Ora, desta forma ficamos atados a essa cadeia capitalista que nos paga pouco e nos suga por completo fazendo a sociedade consumir sem necessariamente querer. E veja que somos atacados por todas as frentes; se ligamos o rádio lá vem blá, blá ; ao assistir televisão no canal aberto ou TV paga idem, somos bombardeados com propagandas exaustivamente; quietos em casa aguardando os boletos para pagar o já consumido , o que encontramos na caixa de correspondências? Propagandas. Paramos o carro no semáforo e lá vem mais propaganda. 

A propaganda só vem exaustiva no caso de fazer-nos consumir mais, se for para garantir-nos algum direito ela virá bem escondidinha, entre linhas, de forma que, para compreender de fato seu direito você lamentavelmente terá de contratar um advogado pela complexidade em que se torna o reclamar. 

Portanto no momento que desejamos adquirir algo devemos analisar além da aparência física do utensílio, também devemos esmiuçar o material ao qual é fabricado, história da marca, o preço, que tipo de energia e mão de obra usa , como usa e de preferência que esse produto seja ecoeficiente. 

Além desses itens físicos do produto, existe ainda o que está por trás e que hoje se torna algo que agrega muito mais valor ao produto final que é a responsabilidade social da empresa. É interessante procurarmos saber se não emprega trabalho infantil nem escravo, que o uso de recursos naturais seja de forma sustentável, que demonstre sua preocupação em diminuir seu impacto ambiental promovendo ações socioambientais responsáveis. 

Voltando as propagandas, essas em panfletos deveriam ser abolidas completamente, pois se tornam um resíduo pernicioso rolando pelas ruas, pois ao serem colocadas por todos os cantos dos portões e caixas de correspondência, na maioria das vezes é o chão que ganham e posteriormente um bueiro. Talvez devêssemos não consumir nada dessas empresas, pois colaboram com geração de lixo, com desmatamento e poluição das ruas e consequentes enchentes, e são ideia herdada das poluidoras propagandas políticas em épocas de eleição. 

Valorizar empresas responsáveis com questões socioambientais dignifica o produto adquirido e nos proporciona estar contribuindo como um aliado das iniciativas socioambientais dessa empresa escolhida. Logo, estamos também fazendo nossa parte pelo planeta e para a sociedade. O consumo consciente não garante só uma boa aquisição, mas se bem avaliado garante uma sociedade mais justa e um ambiente mais puro.

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