Adriana
Teixeira Simoni
Hoje
último dia do ano. Um ano pelos registros e acontecimentos foi de fracasso ecológico!
Leia-se novo código florestal, licença Belo Monte, vazamento de óleo , etc. Mas...
Estaria
eu falando dessa forma porque a angustia de que se foi mais um ano me
contaminou ou me amargou? Nada! “... Tudo passa tudo sempre passará, a vida vem
em ondas como mar...” na voz de Lulu Santos pego carona e digo que tudo passa. Conquistas vão e vêm, derrotas
acontecem, mas não perpetuam , há nascimentos bem vindos outros fora do programa , há
despedidas e recomeços, nada vem
para ficar porém nada será em vão, tudo
tem um sentido terá uma verdadeira razão.
Essa
comemoração esfuziante da passagem do ano conclama uma enorme diversidade de
acontecimentos negativos ecologicamente falando. Olha que eu nem sou eco-chata,
mas como dizem: Baixou em mim hoje, justamente hoje na última publicação dessa
coluna nesse ano de 2011 uma ECO-ANGUSTIADA!
No
fundo gostaria, de abrilhantar os demais recortes publicitários com imagem de
gente feliz brindando, rodeadas de onomatopéias de taças se batendo com riscos e estrelinhas diversas brilhando pelo
fundo da figura... Pare! Foi isso que me indignou hoje e me tornou uma eco-chata
ao quadrado nesse último dia do ano.
Esse
invento chinês realmente possui uma inebriante beleza pela diversidade de cores
e formatos que se apresentam aos nossos olhos. Apresentam também uma capacidade
de reunir muitas pessoas para assisti-los. Porém os fogos de artifício causam uma série
de impactos negativos próximos ao
ambiente onde são lançados. Alteram a rotina de aves e animais que assustados
mudam o comportamento e acabam migrando para outros lugares comprometendo a
sobrevivência da espécie. Animais domésticos se tornam irritados com o barulho,
pois para a audição animal esses aproximados 120 decibéis se tornam
ensurdecedores.
Para o meio ambiente o impacto é altamente nocivo dissipando
no ar mais emissões de dióxido de carbono (CO2), o maldito rojão liberta
estrôncio uma perigosa substância tóxica na atmosfera, além de fazer um barulho
horrível, chato e irritante para alguns. Ele também possibilita incêndios e
queimadas em mato seco ocasionando outros sérios problemas ambientais.
Toda essa poluição, mais a gerada pelo potássio cobre e bário
liberados quando ocorre a explosão, acumuladas em uma noite de comemorações no
Estado de São Paulo, a poluição gerada pode ser maior que a de um ano de funcionamento de “uma” usina de
lixo.
Portanto esse
espetáculo pirotécnico interfere no meio ambiente, portanto mudar esse hábito tão intrínseco da
convivência humana ancorado nas tradições comemorativas vai ser bastante
difícil. Porém, temos aqui uma ótima
oportunidade para fazermos uma reflexão sobre as coisas que referenciamos na
alegria, descontração e felicidade que nem sempre colaboram positivamente com a
vida por completo ao planeta. Onde muitos de nossos hábitos e costumes podem
nem sempre agradar a todos a nosso redor.
Tirando as
“ecochatisses” do ano todo, as despedidas que venhamos a lamentar, que todos tenhamos uma belíssima passagem de ano.
Feliz 2012 !