14 de abril de 2012

UMA AVE DE VÁRIOS JULGAMENTOS



Adriana Teixeira Simoni

Um símbolo de paz e amor o Pombo urbano (Columba Lívia) é encontrado praticamente no mundo todo exceto nas regiões polares. Essas aves quando encontram facilidade de alimentação e abrigo se reproduzem descontroladamente. Uma ave que simbolicamente representa a Paz não trás a paz propriamente a todos os cantos, sua presença em certos lugares pode desencadear vários problemas tanto ao ambiente como a sociedade. E a própria sociedade, muitas vezes é a culpada ao facilitar ou disponibilizar alimentos a esses  pombos urbanos.

Os pombos em grandes concentrações contribuem para o comprometimento da saúde pública onde contaminam o ambiente com fungos e bactérias além de causarem transtornos ambientais e materiais. Suas fezes ácidas danificam e sujam monumentos, marquises e comprometem o visual central das cidades. Além também de atrair insetos e ratos devido a restos de comida e acumulo de fezes nos locais onde vivem. Os pombos também transmitem doenças aos homens oriundas da aspiração da poeira de suas fezes e também dos ácaros que carregam em suas penas e ninhos.

Essa ave símbolo da paz e do amor pode ser preservada sem que nos cause tantos dissabores, basta um manejo adequado diminuindo a disponibilidade de alimentos e locais utilizados para abrigo para desta forma não infringir o código de proteção aos animais e manter os pombos urbanos em número controlado. O que também proporciona a sua volta a natureza a procura de alimentos em locais fora do perímetro urbano de forma dispersada sem causar danos ambientais e a saúde humana.

O que na verdade me estimulou escrever sobre esse assunto foi uma semana que convivi com um columbófilo na Argentina. Tomar conhecimento dessa prática na qual não se ouve falar a muito tempo, onde o termo já foi utilizado até mesmo em letra de música “ Pombo correio, voa depressa e essa carta leva para meu amor...”  me desencadeou curiosidades sobre o assunto.

No Brasil essa modalidade desportiva já passa dos 60 anos, foi primeiramente utilizado para comunicação pelo exército brasileiro, porém é bastante difundida na Bélgica, Holanda, Alemanha, Argentina e Portugal. É um hobie que desenvolve fanatismo igual a futebol, e há columbófilos por todo Brasil proporcionando aos praticantes desse desporte reconhecimento internacional.

É Fantástico ver como um columbófilo se comporta num dia de corrida, hoje com a tecnologia usam celulares a todo instante para enviar as marcas sejam da partida dos pombos ou quando iniciam as chegadas aos pombais participantes. Em média cada columbófilo  manda para largada 5 a 6 pombos competidores e quando chegam trazem em suas patas um anel que consta seu número cadastrado na confederação e   este é depositado num relógio  lacrado na qual será aberto na associação para verificação de qual ave chegou primeiro,  calculando os quilômetros percorridos até  o seu pombal de nascimento  e o  tempo gasto. Nessa corrida que acompanhei, os pombos foram soltos a 1200 Km de distância e levaram dois dias para voltar ao pombal de meu amigo, isso porque pegaram chuva dois dias no percurso do vôo.

Todos os pombos são criados e tratados para essa prática com vacinas e alimentação balanceada, pois atingem a marca de 80 a 100 km/h nos vôos de retorno. Realmente é bastante interessante, pois os pombos se nada lhes ocorrer pelo percurso sempre voltam ao pombal onde nasceram. No caso da columbofilia trazem além da paz ao proprietário pelo retorno de seu indivíduo, trazem também  uma noticia boa caso o cálculo lhe propicie ser o vencedor da corrida com prêmios simbólicos e dinheiro. Ainda que fantástica a participação nesse esporte e meio de comunicação,ainda prefiro utilizar  o email.

7 de abril de 2012

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO LIXO


Adriana Teixeira Simoni


Do caminhar e cantar da canção de Geraldo Vandré, que acabou por inspirar esse texto, intento externar numa antiga lição quando se morria pela pátria e vivia por paixão. Todavia, os tempos andaram muitas vezes na contramão das demandas e necessidades sociais desse pais . E não se pode negar que ainda que a tropeços, pouco se conquistou e muito se deixou pelo caminho.

Em épocas que a imprensa e todas as condutas eram apontadas e controladas. Quando tudo deveria exalar perfume de flores e nunca da contrariedade ou da discórdia das ideias impostas por Generais e outros;  muitos ainda corriam  perigo de serem esfolados pelos domínios preponderantes da época, pois  instigavam com voluntariedade  a mudança e a democracia que desejavam.
A liberdade de ideias adentrou a roda da diversidade nos infortúnios e na extremidade;  nas glórias, como ainda hoje, são muitos com nada e poucos com muito. A angústia apenas mudou de forma, pois  agora vivemos na angustia de não saber sobre o futuro...

A angústia tenta se disfarçar no consumo das tecnologias que são as armas usadas pelo poder para que todos fiquem inertes, felizes, imóveis.  Todavia funcionais na ciranda comercial onde pouco importa se capaz de interpretar as próprias mensagens que escreve através das mesmas tecnologias que manipulam, o que importa mesmo: é que saibam operar quando solicitado uma urna eletrônica...

Nesta angustia sobre o futuro desse país, que vislumbra o progresso, mas que, não investe nada em sua própria coletividade, apenas vive de indicativos que não falam a verdade, pois nos mostram por telescópio a situação do país , não usam a lupa necessária para ver detalhes.  Apenas  servem  para  ilustrar a vaidade dos interesses políticos.

A  sociedade, “feliz pelo consumo”, vive assustada pela falta de disciplina e pela violência instalada  no desinteresse político  na qual nem  mantém a ordem , nem tão pouco avança   na conquista do progresso.  Porém neste caso,  tenta combater  a corrupção no meio político , esse já falido de créditos,para  assim  reconquistar alguma confiança.

Enfim, as tecnologias avançam para a sobrevivência do consumo e felicidade da nação. Porém  paralelamente cresce o lixo, o resíduo inerente desse progresso individualizado de crescimento.  Todo  avanço tecnológico  também é diversificado para dar o destino correto a esses, mas o que se vê na verdade...É muito lixo pelas esquinas.

A melhor escolha para o destino final do Lixo seria  garantir preservação do ecossistema gerando  emprego e renda e  incluindo com respeito e seriedade o serviço das cooperativas de reciclagem e catadores, para assim ostentar o tripé econômico, social e ambiental da sustentabilidade no município.

Tanto o lixo como as flores podem nos silenciar. O lixo pelo seu odor quando acumulado em grades volumes e as flores pelo perfume que pode nos inebriar. Já na política, jamais devemos nos silenciar; proteste, manifeste sempre sua inconformidade, vote consciente!


Quando acreditavam nas flores vencendo canhões, acreditavam na possibilidade de mudanças. Hoje se confiarmos na riqueza que é o lixo, ganharemos a tão sonhada sustentabilidade do planeta como conquista para o futuro das próximas gerações. Por tanto, vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora, não espera acontecer...



31 de março de 2012

RITUAIS AMBIENTAIS

A HORA DO PLANETA
Adriana Teixeira Simoni

Rituais são manifestações muito utilizadas pelas religiões como forma de persuadir e transformar ou ainda como cerimoniais cumprindo tradições para estimular um envolvimento numa influência psicoemocional positiva.Todavia , o ritual que eu gostaria de trazer  para reflexão aqui  dentro do tema ambiental é o JEJUM. Uma abstinência induzida como forma de incitação à conscientização sobre as  boas práticas ambientais.

No momento atual estamos sendo metralhados com chamadas de conscientização para o eminente risco de acabarem os recursos naturais, onde essa perspectiva pode ser desastrosa para a vida humana em curtíssimo prazo via aquecimento global. Portanto nos cabe reflexão e atitude e novamente reflexão, partindo então para a transformação de hábitos e atitudes. Há uma urgência nessa transformação cultural para que seja possível alcançar a sustentabilidade ambiental plena, valorizando também medidas que apoiem o social, econômico  em sentido global.

A sociedade no momento que se encaminha para o crescimento e para a transformação cultural entra num caminho sem volta, pois a transformação cultural só impulsiona para frente, jamais permite que retroceda. Depois de apreender boas práticas ambientais a tendência é sempre de crescimento, pois sabemos que o fim verdadeiro dessa atitude retorna a nós mesmos.

O ritual do Jejum será abordado como uma obediência ritualística para estimular a conscientização sobre a problemática ambiental.  A abstinência temporária já foi utilizada na questão ambiental como forma de demonstrar ressalvas quanto à forma de consumo moderna, abrangendo a pegada de carbono, substituindo formas de energia por energias mais limpas, intensificando o uso de bicicletas, enfim o jejum ambiental seria uma forma de abster-se por algumas horas, dias, minutos de extinguir, consumir, de destruir o planeta.

Entre esses organizados  movimentos de jejum os mais conhecidos foram: “O dia sem compras” -  uma convocação da sociedade para evitar o consumo durante um dia -   “O dia mundial sem carro” -  onde a sociedade deixa em casa o carro e utiliza outros meios de se locomover - “O dia da bicicleta para o trabalho ”  - convocando a todos  irem trabalhar de bicicleta ao menos um dia. No povo mulçumano iniciaram em Chicago no seu tradicional jejum o ”Ramadan verde” consumindo  em seu ritual apenas alimentos cultivados localmente em favor da economia familiar.


Portanto, hoje chegamos ao nosso primeiro dia de jejum no ano de 2012. Hoje, dia 31 de Março entre as 20h30 às 21h30 se dará “A HORA DO PLANETA”. Momento em que apagaremos as luzes durante 1 hora.

 

Esse movimento “A HORA DO PLANETA” foi uma iniciativa da WWF que tornou o movimento mundial ao convocar o mundo todo a apagar as luzes durante uma hora para poupar o planeta. Desde 2006, quando ocorreu a o movimento a primeira vez em Sydney na Austrália, tem garantido a cada ano maior adesão de países, sendo que no Brasil vem aumentando o apoio de empresas e setores públicos engajados à Hora do Planeta, onde  em 2012 o Rio de Janeiro será nossa cidade-âncora, monumentos da paisagem carioca serão apagados como o Cristo e a orla de Copacabana.

 

Além das luzes dos prédios públicos e sedes de grandes empresas serem totalmente apagadas numa manifestação pura e reflexiva sobre o aquecimento global e os demais problemas ambientais vividos pela humanidade.    

 

Participe! ! Seja mais um nesse bilhão de pessoas que participarão do movimento  mundial  A HORA DO PLANETA.  Apague as luzes durante 60 minutos num ritual em prol do planeta.



22 de março de 2012

SIMPLESMENTE ÁGUA



Adriana Teixeira Simoni

A água sendo um liquido imprescindível a vida planetária, também possui extraordinária importância para o corpo humano.  A proficuidade em todos os processos em que a água é extremamente necessária para que ocorram transformações, são impressionantes.Por exemplo: Para que aconteça a digestão, absorção transporte de nutrientes e excreção de substâncias a água tem essencial presença, não menos que para equilibrar a temperatura do nosso corpo, bem como para eliminar toxinas através da urina e facilitando a formação do bolo fecal. Eca! Precisava lembrar isso também?

Sim, todo processo que ocorre em nosso organismo envolve água. Para eliminarmos toxinas pelo suor, no processo de respiração, como veículo para a distribuição de nutrientes pelos órgãos do corpo, para demonstrarmos sentimentos extremos de tristeza, alegria e emoção.

Nós humanos e o próprio planeta Terra somos constituídos por mais de 60% de água, semelhança no mínimo emblemática.  Assim como a água irriga e alimenta a Terra, o nosso sangue irriga e alimenta o nosso corpo.

Hoje, mais do que nunca, a vida do homem depende da água. Uma pessoa pode gastar até 300 litros de água por dia com atividades domésticas além do consumo de água que não visualizamos quando para colocarmos a mesa 1 kg de carne onde  para isso são gastos  15,5 litros d’água ou  para adoçar o cafezinho da semana onde para fabricar 1 kg de açúcar refinado  se consome 1,5 mil litros de  água em sua produção.

Essas informações sobre o gasto de água na obtenção ou produção de qualquer produto é chamado de Pegada Hídrica, um conceito criado pelo professor Arjen Hoekstra para calcular o volume de água consumido na indústria, na comunidade, numa empresa ou por uma pessoa.

Esse conceito veio para compor uma norma padrão para que companhias entendam como utilizar os recursos hídricos de forma mais uniforme e devolvê-los limpos para a natureza. E nós consumidores, devemos nos preocupar com a origem dos produtos que consumimos e quais foram os procedimentos adotados na sua  produção.

Para garantir uma atitude sustentável podemos colaborar com muitas ações práticas como: Economizar água tratada, descartar o lixo corretamente, plantar mais árvores, gastar somente o necessário, denunciar poluidores, cobrar tratamento de esgoto, proteger nascentes e espalhar consciência ecológica para garantir uma vida em consonância com a natureza e convivência entre as pessoas num ambiente muito mais saudável rodeado de água LIMPA.

Portanto, apague hábitos perniciosos no consumo de água em sua residência, procure ser o mais racional possível promovendo a economia e não desperdiçando, pois não há conforto maior do que abrir uma torneira e obter água limpinha para suas atividades diárias. Não permita o uso de água para varrer calçadas essa é a forma mais maléfica do uso d’água. Use a água para a vida para matar somente a sua sede permitindo que a água conviva no planeta além da existência humana para oportunizar outros retornos. 


17 de março de 2012

LIXO ESPACIAL


Adriana Teixeira Simoni

Atualmente o que mais encontramos quando andamos pelas ruas é lixo. Lixos de todos os tipos, formatos e tamanhos. Às vezes é possível encontrar lixos dependurados em galhos de árvores após um temporal ou ventania, mas no geral encontramos lixos pelo chão, não difícil dentro de bueiros, isso claro, se você se prestar a esticar o olhar e observar a quantidade de lixo que se acumula dentro de bueiros, o pior e mais crítico local para acumular lixo haja vista os problemas que acarretam, mas enfim.... Falta educação, responsabilidade e atitudes, assunto para outro dia.

No entanto encontrar ou ver lixos pelas ruas jogados, amontoados ou aguardando o caminhão de coleta ou ainda o reciclador é muito comum, não obstante passa por nossa mente pensar em ver lixos voadores a nossa frente, que caem do céu efetivamente. Entretanto é possível acontecer de algo cair do espaço categoricamente aqui na terra, porém que eu ou você sejamos  atingido será uma chance em cada trilhão, mais fácil sermos atingidos por um raio.Bem eu   prefiro ficar fora dessas duas  estatísticas .

Lixos oriundos do espaço são possíveis de caírem aqui na terra sim, até porque vem crescendo o número de experiências e lançamentos de satélites a órbita espacial o que vem nos beneficiar com informações e confortos como a TV o GPS entre outros. Os foguetes ao serem lançados também sofrem acidentes o que faz com que os mesmos não tenham sucesso ao atravessar a atmosfera e acabam espatifados e espalhados em pedaços que podem atingir a terra, mas o mais comum já que a terra é formada de 70 % de água, de eles caírem no mar.

No espaço também há uma infinidade de lixos perdidos flutuando sem função alguma, são peças e detritos que se perderam de foguetes e que ficaram por lá. O perigo também está lá no espaço com esses detritos em órbita, pois podem se chocar com satélites importantes ou causar acidentes com naves tripuladas, sondas e também nas estações espaciais causando transtornos as pesquisas, já que possuem alta valoração tanto do custo financeiro quanto da dificuldade na implantação dessas estações espaciais, com perdas às vezes de vidas humanas inclusive.

É importante salientar que a curiosidade deve ser controlada caso você seja um sujeito de sorte e venha ter a sorte de ver cair a sua frente ou próximo a si  algum detrito oriundo do espaço, geralmente eles aparecem no horizonte como uma bola de fogo e ao caírem se apagam, porém continuam quentes. O fato é que não devemos nos aproximar demasiadamente, pois a possibilidade do objeto não identificado ser radioativo ou tóxico é algo a considerar. O mais indicado é que antes de nos aproximar é avisarmos autoridades para isolar a área e órgãos competentes como o INPE (instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para que recolha esse material e faça análise.

Saiba que se cair sobre sua propriedade e danificar algo ou alguém o responsável é o País lançador de tal artefato, apesar de raro acontecimento ainda bem que há responsáveis. Que eu nunca precise deles! Prefiro ganhar a mega sena que tem  semelhantes possibilidades.

Agora é bem legal lembrar que Mogi Mirim foi alvo de um desses lixos espaciais, seria isso sinal de sorte para a cidade? Enfim o fato é que em 1988 bem no centro de Mogi Mirim  caiu sobre uma casa um artefato do tamanho de um motor de fusca não feriu ninguém mas chamou bastante a atenção dos moradores, inclusive eu mesma me  espremi para chegar o mais perto possível, mas infelizmente não haviam celulares nem maquinas digitais para registrar o evento. Consta que a NASA pagou todas as despesas do morador. Agora dificilmente veremos isso acontecer novamente, pois a chance em um trilhão já aconteceu.

Vídeos noticiando o fato:


Saiba mais sobre LIXOS EPACIAIS.

7 de março de 2012

A MULHER E O PLANETA




Adriana Teixeira Simoni

Falar sobre o mundo feminino na qual participo fica bem fácil, porém vou ser imparcial para não causar nenhuma crise no mundo masculino que a muito tenta na sociedade humana colocar sempre a mulher subjugada a sua existência. Todavia esses dois mundos, o masculino e o feminino, jamais existiriam caso houvesse a falta de um deles e sendo assim é natural e saudável a disputa pela liderança nos colocando cada um como protagonista no desenvolvimento da espécie humana.

Que bárbaro seria discorrer sobre a sociedade humana, seus valores , normas e condutas sociais, o que hoje já em 2012 traria uma infinidade de assuntos para debatermos, alguns não muito saudáveis, porém essa coluna tem como tema o ambiente, meio onde se cingem a sociedade humana e o planeta inteiro, igualmente numa disputa de quem pode mais e também onde o ambiente tem se demonstrado sobrepujado à maioria das atividades humanas desenvolvidas em seu meio. 

A sociedade humana é histórica, muda conforme o padrão de desenvolvimento da produção, assim desde o período neolítico (entre 8.000 a 4.000 anos atrás) nas sociedades agrícolas onde o homem iniciava-se na produção de seus próprios alimentos. Iniciou também a definição de papeis e a divisão sexual do trabalho, donde surgiram as sociedades patriarcais e que colocaram a mulher subordinada ao homem por ela ser a progenitora da espécie humana e caracterizada pelas suas habilidades natas de cuidar, zelar pelos filhos quando lhe foram atribuídas e designadas como suas, as tarefas domiciliares, nas atividades relacionadas à criação dos filhos, cuidados da casa, e de alguma criação.

Essa sociedade patriarcal se mantém até os dias atuais não tão claramente expressas, porém ainda existem diferenças tratadas na área profissional que tentam menosprezar o valor profissional da mulher. Tentam, todavia não impede da mulher se sobressair frente ao homem em todos os campos possíveis da atividade humana. O que não é segredo algum em muitos aspectos pelo fato dela carregar essa habilidade nata de zelar de ter cuidados pelo filho o que faz dela a mais habilidosa para lidar com além da vida profissional , gerindo também o lar, a renda para suprir esse lar e dar conta de cumprir com seus compromissos profissionais de lazer e chefe de família.

Sendo a mulher esse ser capaz de deter mais responsabilidades concomitantes na vida faz com que a mesma desponte na sociedade comprovando seu valor na colaboração do desenvolvimento da humanidade. É possível encontrar mulheres de destaque no campo das artes, na literatura, nas ciências, na economia e política, na educação, na ação social, revolucionárias e líderes diversas espalhadas em comunidades por esse país defendendo a mulher, direitos, e a terra. 

Hoje uma nova categoria de mulheres guerreiras e conscientes tem crescido em defesa do nosso planeta, muitas anônimas, mas atuantes na sua casa, no seu bairro mobilizando vizinhos ou se doando por meio de palestras em escolas encorajando e disseminando a cultura de preservar o hoje para que as próximas gerações possam usufruir do planeta da mesma forma garantindo assim a sustentabilidade talvez por isso designamos ao planeta o nome de  a mãe terra.

Existem várias mulheres ambientalistas de renome tanto no Brasil quanto no exterior que construíram uma história ambiental repleta de iniciativas ambientais trazendo através de suas relevantes proposituras que se tornam em obras concretas a defesa do ambiente. Obras que se tornaram significativas e necessárias na preservação do nosso patrimônio natural e da nossa biodiversidade.

Comemorar o dia Internacional da Mulher celebrando a existência dessas mulheres ambientalistas anônimas ou famosas faz com que acreditemos na garantia da sustentabilidade, na preservação da espécie humana e na crescente prática de atitudes dirigidas a preservação ambiental. Parabéns a todas as mulheres conscientes da necessidade de preservar a vida!

3 de março de 2012

UMA DISPUTA PELA VIDA


Adriana Teixeira Simoni


A sobrevivência do planeta concorre à batalha da fome. O crescimento populacional é de 80 milhões ao ano e já chegamos a sete bilhões de pessoas. E toda essa gente precisa comer e a produção de alimentos precisa acompanhar esse crescimento.

A demanda por alimentos já chegou a dar um alivio a humanidade quando foi amplamente promovida a produção de grãos, mas a crescente demanda por carne e combustíveis fósseis corrompe essa estimativa.

Hoje o aumento da renda nos países emergentes fará com que o consumo de alimentos se eleve e com isso virá a necessidade do aumento da produção alimentícia, que logo levará de encontro a uma disputa entre o planeta e a sobrevivência humana, o que favorecerá a uma grande vulnerabilidade tanto para a humanidade quanto aos recursos do planeta.

A produção alimentar é responsável por um terço de toda a emissão de gases do efeito estufa, além da possível exaustão dos nutrientes causada pelo uso freqüente de fertilizantes  o que eleva a perda de biodiversidade preconizada pelos grandes latifúndios destinados a agricultura que devastam florestas protegidos por maledicente código florestal. Ainda há outros grandes impactos sobre os ecossistemas terrestres: como a mudança no curso de rios e a própria poluição, o que colabora para entrarmos numa era preocupante entre a vida humana e a escassez de recursos para prover a fome dessas pessoas.

Atentos a esse desequilíbrio alguns países da liga OCDE - Organização para a cooperação e o desenvolvimento econômico tem intensificado o desvinculamento do crescimento econômico do uso dos recursos naturais, promovendo assim um consumo mais sustentável preconizando a diminuição de perdas e acreditando no uso racional.

Sendo esta a forma mais prática de diminuir a pegada ecológica e permitir que a vida humana conviva em harmonia com o ambiente, as iniciativas e negócios devem sempre estar ligados a preservação ambiental e na eficiência no uso dos recursos permitindo o equilíbrio destas duas vidas, a humana e a ambiental.

Porém aqui no Brasil estamos fugindo um pouco deste equilíbrio haja vista os debates ao redor do novo código florestal. Nessa última aprovação acaba-se colocando as nossas APPS em vulnerabilidade, pois permitem produtores rurais avançarem ou flexibilizarem nas áreas  de preservação permanente a título de aumentar a produção agrícola. Precisamos combater  essas flexibilizações e incentivar realocação de áreas improdutivas ou destinadas a pecuária apenas para garantir movimento produtivo na propriedade rural e evitar assentamentos de movimentos por propriedade de terra.

Parece mentira, mas essa perspectiva de crescimento populacional maior que as possibilidades da produção foram citadas por Thomas Robert Malthus em 1798 onde dizia que a população crescia em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética.  A única falha de Malthus, no entanto foi não ter contabilizado as possibilidades tecnológicas que viriam incrementando as possibilidades  da produção que também crescem em progressão geométrica.

Mas nessa disputa pela sobrevivência do planeta e o combate a fome humana é só uma prova do que ainda poderá nos assolar em problemas futuros com o andar de nosso uso dos recursos do ambiente e nossa insustentável forma de viver. Precisamos mudar hábitos e esses... são complexos! Precisamos sentir a água bater no queixo e nos sentir ameaçados, isso pode ser tarde demais....


25 de fevereiro de 2012

DINHEIRO FAZ CRESCER COMO ADUBO


Adriana Teixeira Simoni

Nada mais animador que falar de dinheiro e crescimento. Imagina um montante de onze toneladas de cédulas de Reais. Dá pra ficar rindo a toa e até pensar em acender cigarro com nota de cem reais, isso pra quem fuma, não é meu caso, quem sabe acender uma lareira no inverno. Enfim, dinheiro desenvolve a imaginação rapidamente e sonhar com o que pode ser comprado com todo este dinheiro, chega a ser melhor que ser político brasileiro, não tem nem o desgaste da campanha.

Porém o  único inconveniente para esse sonho  todo é que  essas onze  toneladas são de cédulas picadas em pedacinhos menores do que 8 milímetros que serão misturadas  a um composto orgânico na porcentagem de 10 %  do total entre restos de frutas,legumes, folhas e palha para se transformar em adubo. Realmente já foram dinheiro de verdade já passearam na mão de muita gente e também fizeram falta na mão de outras tantas até ficarem  irreparáveis e impróprios para permanecerem em circulação.

Mensalmente o montante de notas de reais que saem de circulação em todos os nove pólos do Banco central do Brasil chega a 115 toneladas a um gasto anual para produção desse papel moeda de R$ 30 milhões. É muito dinheiro para fazer dinheiro. Por isso o Banco central está sempre investindo em novos materiais tanto para proteger nossos Reais de serem falsificadas bem como para tentar fazer com que os mesmos permaneçam mais tempo em circulação nas mãos dos brasileiros, o que dessa forma diminui gastos com sua própria produção, só falta dar um fim nas explosões de caixas eletrônicos.

Não é de hoje que os pais sempre orientam as crianças para quando peguem no dinheiro não ponham a mão na boca e outras antigas atenções familiares. O fato que as notas possuem grande quantidade de metais pesados em sua composição que podem acarretar em problemas ambientais sérios no seu descarte.Mas quando misturadas a proporção de 10% não acarretam problemas.

Antes desse projeto as notas eram despejadas depois de trituradas em aterros sanitários, porém com um convênio firmado em 2010 entre o Sindicato dos Funcionários do Banco Central, o Banco Central, a Secretaria de Estado de Governo e a Universidade Rural da Amazônia foi iniciado um projeto de produção de adubo orgânico numa ação socioambiental destinando o adubo para agricultura familiar proporcionando menor impacto ambiental e uma implementação de recursos as famílias participantes.

No entanto, o adubo, ainda está sendo usado apenas para testes e para nutrir hortas plantadas na própria sede  do Ceasa de Belém, aguardando a certificação  pelo Ministério da Agricultura, para depois incluir as famílias no projeto.

A iniciativa partiu dos funcionários do Banco Central de Belém-PA, porém a idéia é expandir para todo Brasil aproveitando o potencial da celulose descartada nas nove regiões onde o Banco central atua. Todavia a ideia já desencadeou interesse internacional onde Banco Central da Angola manifestou interesse em implantar projeto semelhante. Existe algo similar em outros países, mas não com a iniciativa social envolvida, apenas relacionada com a questão ambiental.

Dinheiro é sempre bem vindo até mesmo em forma de adubo, afinal se ele fizer crescer a plantação na mesma velocidade com que a inflação cresce, já dá pra ficar feliz.

18 de fevereiro de 2012

SAMBA SUOR E SUJEIRA



Cinco dias de festas onde  a conta fica para nosso planeta...



Adriana Teixeira Simoni

De Paris aos dias atuais, o Carnaval continua o mesmo deleite dos prazeres da carne, onde nesses dias de festa tudo está liberado, desajustes de comportamento parecem não estarem tão inadequados.  Logo, como a moral e os bons costumes ficam em casa, a bebedeira também está solta bem como a vergonha e o acanhamento. Viva o Rei Momo viva o Deus Baco e que a chave da cidade abra as festanças para alegria dos foliões.

Desfrutar da companhia de amigos, dar muita risada, paquerar, namorar, beijar e outras infinidades de verbos que representam alegria de estar vivo e brincando carnaval. Nada contra, também gosto, mas creio que há certo exagero cometido nessa época, onde as pessoas passam dos limites que o próprio corpo suporta tudo a título da liberdade de aproveitar até o último minuto de festa como se fosse a última de suas vidas, e às vezes até é...

Enfim festas, feriados, comemorações, shows, praia lotada é sinônimo de excessos. Nesses dias de carnaval de rua e desfiles além do samba a sujeira também desfila e é possível encontrar toneladas de lixo espalhados ao amanhecer das redondezas onde o carnaval passou, até mesmo nos espaços pagos como na Marquês do  Sapucaí no Rio de Janeiro ou no Sambódromo em São Paulo.  Agora me pergunto, onde vamos parar com isso? Ninguém sabe... Isso também me preocupa e a você? Deixa pra lá hoje é carnaval...

Esse fato ocorre independente da existência de lixeiras ou não. A sociedade quando em festa só pensa na diversão e o que menos importa é se tem lixeira. Bom o que pode se esperar de multidões assim é isso mesmo, a locomoção entre as pessoas é difícil e acaba sendo mais fácil a alternativa “jogar ao chão” do que buscar a lixeira. Qual seria a solução além da educação? Talvez um comportamento menos consumista, já que gosta de festa, curtir a festa sem cometer os excessos com a bebida com conseqüente diminuição da geração de lixo. Será possível tal comportamento no carnaval?

Recordo-me de ter lido algo numa matéria sobre carnaval em Salvador que dizia que os catadores recolheram 50 toneladas de lixo reciclável em 2011 (separados para venda) nos dias do Momo em Salvador, achei pouco, pois é uma festa estendida e percorre a cidade com multidões atrás de carros elétricos de som , apesar que, parte desse lixo vai parar no mar algo ainda mais desastroso para a natureza.

É previsto para 2012  que  Rio de Janeiro e São Paulo devam aumentar   ainda mais  o total de  lixo recolhido,  pois em 2011  foram  849 toneladas  recolhidas nos 5 dias de carnaval no Rio e 463 toneladas no Sambodromo em São Paulo . O importante é que todo esse lixo seja  recolhido e separado,  gerando renda a famílias de catadores, proporcionando um ótimo destino para o lixo e  diminuindo a contaminação  ao meio ambiente .


Já que é para sambar quero me acabar fantasiada com uma máscara sambando  num carro alegórico camuflado de floresta amazônica desfilar numa fantasia  chamada de Desejo Sustentável sentada a beira de uma corredeira onde  fulge límpida água representando nossas reservas de água doce. Carnaval é isso... Cada um fantasia o que quer... Só o lixo   que é sempre  tratado  como  lixo!

Lixo e carnaval 2011:



11 de fevereiro de 2012

MADEIRA LEGAL



Adriana Teixeira Simoni

O uso da madeira na construção civil ainda não dá para ser substituído completamente, mas caminha para se tornar sustentável quando impulsionado ao uso de madeira legal. Uma madeira que segue todos os princípios da sustentabilidade sem desmatar e com manejo adequado, porém com preço compatível com o impacto gerado à natureza. Lógico que se é legal tem um preço que confere sua legalidade mal se comparando ao CD original e ao pirata.

O Estado de São Paulo consome 15% da madeira amazônica sendo que 70% são utilizadas na construção civil. Portanto, é importante ser vigiada essa cadeia de consumo entre Estados, Municípios e construtoras, para que programem maior controle sobre a madeira utilizada, viabilizando nas políticas públicas formas de eliminar o uso de madeira ilegal e preservar nossas florestas. Pelo menos essa é a maneira ideal e mais legal.

Nossa biodiversidade, para se manter equilibrada não pode perder nem uma espécie, pois a falta dessa pode comprometer todo o ecossistema onde toda intervenção provocada pelo homem no meio pode desenvolver conseqüências sociais, econômicas e culturais extremamente danosas, com comprometimento difícil de mensurar. Por isso há essa busca incansável dos ambientalistas em promover a preservação de toda a biodiversidade para garantir a vida perene ao planeta.

E sendo assim, esse programa  Madeira é Legal! Difundido pela WWF-Brasil em parceria com o Governo de São Paulo, trás grande incentivo ao comércio de madeira legal dentro do Estado e atua como um dos principais agentes reguladores e indutores da preservação dos recursos florestais.

Para enfrentar esse desafio, é preciso reverter padrões históricos de exploração não-sustentável dos recursos naturais na região amazônica, que gerou conflitos sociais e que acabou por beneficiar apenas uma minoria da população.Todavia o que mais engrandece o programa “Madeira legal” é que ao viabilizarem manejo e reflorestamento de forma adequada e efetiva na direção da preservação florestal contribuem para a redução do efeito estufa, contabilizando maior estoque de CO2. Além de, dentro desta cadeia, as empresas receberem orientações para reconhecerem a verdadeira madeira legal ao comprá-la, e não serem ludibriados pela ilegalidade que dizima nossas florestas.

Esse programa se qualifica ao entrosar por elos, ligando o setor produtor, o terceiro setor e o consumidor final de uma forma bastante interessante. Enquanto cobra uma série de regularidades junto a órgãos governamentais e preservacionistas ele também exige um comprometimento dentro do Estado gerando assim um ecossistema comercial que preconiza e incentiva o uso da madeira legal ao mesmo tempo em que garante para o produtor o retorno do investimento que fez ao promover a exploração racional e sustentável da floresta.

Isso sim é uma maneira de pensar no planeta de forma sustentável, garantindo à biodiversidade, manutenção de seus ecossistemas embora nos cedendo alguns de seus recursos naturais.

Mais sobre o assunto:

4 de fevereiro de 2012

SUFOCO DE QUEM?



Adriana Teixeira Simoni

A questão recente e muito discutida sobre a distribuição gratuita ou restrição das sacolinhas nos supermercados é extremamente mais abrangente do que se apresenta, onde nessa campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco” a iniciativa aparece travestida de aspecto ambiental sem o ser inteiramente, pois é bem possível haver  outros fatores embutidos nessa iniciativa  verde.

Hoje é possível encontrar comentários, discussões e entrevistas em todos os meios de comunicação visando colocar a sacolinha como a vilã de toda a  problemática  ambiental na questão do lixo plástico, atribuindo a mesma muito mais responsabilidades do que lhe cabem em comparação a todo o plástico que consumimos.

Do ponto de vista ambiental a sacolinha não é a vilã como a APAS - Associação Paulista de 
Supermercados tenta lhe atribuir, afinal a sacolinha não é totalmente descartável, pois apresenta duas utilidades que são carregar as compras até sua casa e depois para destinar o seu lixo para a coleta urbana, onde 88% da população utiliza a sacolinha com esse fim.  Logo ela é reciclável trazendo ao consumidor economia ao deixar de comprar o saco preto de lixo que também é de plástico e demora o mesmo tempo para se desfazer na natureza.

Entretanto é bom salientarmos que a educação tanto para nos servir da sacolinha na boca do caixa bem como a consciência de como proceder com o seu descarte é algo que devemos valorizar e que acima de qualquer interesse comercial a EDUCAÇÃO é o que realmente fará com que seja garantida a sustentabilidade planetária. E levar sua própria sacola tem um fundamento ecologicamente correto também. E se faz necessário saber que essa iniciativa de abolir a sacolinha vem ocorrendo em muitos países.

O que gostaria de lembrar é que o plástico já faz parte da vida diária de todos no planeta, porém o que ainda falta é a EDUCAÇÃO para lidar com o que o plástico nos oferece. Ele está presente para nos facilitar a vida, proporcionando higiene e proteção. No entanto atribuir à sacolinha toda a carga de problemas nos aterros sanitários e lixões é algo extremamente vil.

A sociedade deve estar empenhada e consciente que somente com a sua colaboração é possível minimizarmos os problemas ambientais relacionados com o lixo gerado pós-consumo e não só com a sacolinha.. A solução correta para isso envolve também o governo, disponibilizando coleta seletiva por todos os cantos e desta forma a sociedade não encontraria razões para agir descomprometida com os resíduos que produz.

Analisando os interesses em jogo entre meio ambiente, comércio, governo e consumidor me parece que a causa propriamente dita, a preservação ambiental, está em segundo plano onde o consumidor é o protagonista único nessa missão. Ao vincular a campanha de cunho ambiental somente onerando o consumidor leva a dúvidas quanto a real seriedade dos propósitos dessa campanha.

Vejam bem, se os supermercados gastam por ano cerca de 200 milhões na compra das sacolinhas para distribuição “gratuita” aos consumidores e deixam de ter esse gasto, seria interessante designarem essa economia em investimentos para solucionar definitivamente a logística reversa dos resíduos pós-consumo que chegam as nossas casas via supermercado em forma de embalagens recicláveis, fato que não pude encontrar em nenhuma discussão sobre o assunto, qual seria o destino dessa economia dos supermercados.

Provavelmente alguém vai lucrar com essa campanha e não é o consumidor, pois esse terá de pagar pela sacolinha além de comprar o saco plástico para dispor seu lixo doméstico.  Enquanto o consumidor garante o comportamento ecologicamente correto e continua bancando o lucro dos supermercados que não estão se importando com os recursos naturais do planeta e a sustentabilidade, o ambiente, esse continuará no sufoco!

28 de janeiro de 2012

DÉBITOS E CRÉDITOS


Adriana Teixeira Simoni

A composição atmosférica de períodos em períodos se modifica causando extremos no clima da terra. Houve épocas que a terra era um sorvetão imenso com muito gelo e os vulcões tratavam de aquecer a terra expelindo dióxido de carbono. Porém desde a revolução industrial os vulcões se acalmaram e a chaminé do crescimento e do progresso vem despejado gás carbônico na atmosfera em quantidades muito maiores que a natureza fazia controladamente através dos vulcões. Hoje, esse componente calórico, os gases estufa, viraram problemas mas também valor de negociação.

Desde 2005 com a assinatura do protocolo de Kyoto que deve ser estendido até 2020, países desenvolvidos se comprometeram a diminuir em 5 % suas emissões em relação a marca de 1990 e necessitariam mostrar essa redução de 2008 a 2012, fato em que o Brasil não estava incluído, pois não faz parte das nações em desenvolvimento apesar de ser um dos 20 Países mais poluidores e com um agravante: Brasil colabora com emissões ligadas ao desmatamento, agropecuária e queimadas. Todavia o Brasil manifestou na reunião do COP17 compromisso em apoiar a prorrogação do Protocolo de Kyoto até 2020. E vivas ao novo código Florestal! Será que ele fará mudar algo positivo nesse quesito emissões de gases?

Atingir essas metas com o aumento populacional e o crescimento do investimento tecnológico para o aumento da produção é algo desafiador mesmo com o avanço tecnológico investido na diminuição da poluição, pois por mais que energias renováveis sejam estudadas e implementadas ainda assim é tímido seu avanço e a necessidade reconhecida pelas grandes nações desenvolvidas de colaborarem.

Durante a COP17 foi dito que 2011 foi um dos anos mais quente desde 1850, e tudo isso em razão da atividade humana, e esse cenário pode levar a mudanças profundas e irreversíveis ao planeta Terra e a vida humana, portanto não é o caso da opção não querer assinar o compromisso, e sim , se faz necessário o comprometimento imediato de todos países poluidores.

O valor econômico da proteção ao meio ambiente se estabeleu como algo promissor no mundo dos negócios. Eu em minha santa ignorância econômica confesso dificuldades para compreender tal processo apesar de parecer simples onde um país com altos níveis de emissão de gases na atmosfera pode pagar a outro país que esteja com esses níveis de poluição abaixo do limite comprometido e desta forma utilizando a Bolsa de valores ou de mercadorias negociam esses títulos. Quem passa dos limites de emissões de gases “ compra” o seu excesso de quem não poluiu tanto e que poderia ter poluído. Confuso não? Eu diria que parece uma forma de disfarce para o bem.

Esse tipo de valorização de gases de efeito estufa cria um novo mercado que envolve outra indústria, a indústria de projetos para diminuição de emissões. Onde busca nas empresas que não estão na lista negra disponibilizar seus créditos para serem negociados com as grandes poluidoras que não conseguem diminuir suas emissões.Confuso? Mas ainda parece trambique perante a natureza e a biodiversidade.

O assunto é complexo mesmo para uma coluna tão reflexiva proposta por mim. Porém o assunto se torna interessante para concluirmos que todo tipo de extração, seja ela dos recursos naturais ou dos recursos disponibilizados pelo desenvolvimento produtivo do país culminam em moeda corrente. Novamente o lucro em detrimento ao bem do planeta e da sociedade.

E essa moeda pode contabilizar tanto débitos onde se enquadraria na parte negativa do processo onde a indústria de produção exagera no uso dos recursos naturais devolvendo ao planeta só resíduo e os créditos quando advindos dos projetos ou implementações para conter a degradação ocasionada por essa mesma produção.

Porém, nesse ano em Junho teremos a Rio + 20 Conferência Mundial das Nações Unidas que terá como tema: "Economia verde, desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza". Nesse encontro depois de 20 anos da Eco 92 trará discussões tímidas em menção as emissões de gases e o aquecimento global, portanto creio que os débitos estarão sem limites para ocorrerem contra nosso planeta mesmo apesar das discussões socioambientais estarem presentes nessa reunião, o saldo pode ser negativo.

Sendo assim, resta a nós da sociedade providenciarmos mais créditos advindos de práticas sustentáveis como por exemplo separar e destinar corretamente o nosso lixo, na economia da água e se possível divulgando e convidando o vizinho a participar dessa conferência para o bem da nossa comunidade resultando em créditos para o planeta inteiro.Eu estou dentro e você??

27 de janeiro de 2012

SACOLINHAS QUAL A MELHOR SOLUÇÃO?

Nossa, ando um tanto  exausta de ler tanta coisa  referente ao acordo para não distribuir mais gratuitamente a mau fadada SACOLINHA no comércio e principalmente supermercados.

Bom, na  minha opinião  esse processo de não distribuição gratuita  da sacolinha não trará  o retorno  ambiental  esperado, mas é uma forma imposta para mudança de hábitos.  O que é  muito bom! Eu defendo uma EDUCAÇÃO ampla e irrestrita para lidar com o  nosso próprio lixo e ter essa consciência já colabora bastante com o ambiente.

Acredito também que conscientizar a sociedade para escolher produtos com menos embalagem, pensar e LER antes de consumir   é algo que leva tempo e talvez não venha a ocorrer com muita rapidez pois as ações no Brasil não andam de mãos dadas. 
Existe nisso  tudo um pouco de tudo, chamo os psicólogos para explicar melhor. Implica no  sentimento de  não TER as coisas que  posso ( as vezes até as que não posso) , se autobloquear  ao consumo é algo complexo.

As redes sociais , grupos de ambientalistas e industria do plástico flexível  estão se engalfinhando por esse assunto com trocas de publicidades diversas contra e favor.
Eu  havia me recolhido para não fazer nenhum post a respeito, porém me incluo nos ambientalistas e também tenho minha posição a respeito.

Penso que a mobilização contra o plástico deve ser maior e geral abrangendo embalagens de isopor também. Difícil! Também acredito nisso, pois embalagens são necessárias sejam para comercializar os produtos  , levar a marca  e  principalmente  proteção a contaminação.

Outros tipos de embalagens em substituição as sacolinhas nos supermercados  como a gravura abaixo, condeno!! 

PAPEL apesar de se desfazer mais rapidamente na natureza ele  consome um absurdo de recursos para  ser produzido desfazendo a natureza, as nossas  florestas. Impossível , esse  foto/cartaz abaixo se precipitou sem fundamento com essas iradas colocações.
  




A conscientização para mudança de hábitos ao ir ao supermercado, levando sua própria sacola, carrinho, caixa é uma ótima forma de fazer a sua parte e não prejudica ninguém. Você pode  até não levar nada para carregar suas compras se estiver de  carro pode jogar as suas compras no porta malas numa caixa para isso ou soltas,  é uma solução e  em casa você dá um jeito.

O problema é que uma grande parte das sacolinhas de supermercado distribuidas gratuitamente tornam-se   em casa saco para colocar o lixo na rua para a coleta  urbana .  Ora, sem elas os consumidores   terão de ADQUIRIR sacos pretos para colocar seus lixos na rua, certo? Pois bem  sacos plásticos são de PLÁSTICOS logo irão para os aterros  e seu ciclo é bem semelhante ao do PLASTICO da sacolinha ao  se decomporem. 

Enfim o consumidor tem um pouquinho mais  de trabalho, muda de comportamento levando sua  própria sacola ao mercado porém gasta mais,  pois terá de comprar o saco  preto para  disponibilizar seu lixo na rua.


Algo errado aí, pois o AMBIENTE continua com o mesmo problema... Com o PLÁSTICO


Quando há uma desconcientização ou despreparo para embalar seus produtos com as SACOLINHAS DISTRIBUÍDAS GRATUITAMENTE o excesso delas  pode ser encaminhado a reciclagem afinal é plástico... Melhor aprender a ser razoável!

Já penso  bem melhor quanto  a distribuição gratuita das sacolinhas biodegradáveis,   pois serão igualmente utilizadas para embalar o lixo e se degradarão em menos tempo, resolvendo  assim mais a contento essas discussões e não onerando o consumidor "diretamente"  SALVANDO  PARTE  do planeta.

Uma solução  mais  favorável também para solucionar o problema do lixo reciclável  seriam  PONTOS de troca nos supermercados  por vales sacolinhas ou outros produtos, você leva recicláveis separados em sua casa e ganha bônus, vales ou produtos, brindes...GANHAR algo no Brasil também anima....exemplo disso o aumento de arrecadação com os prêmios da NOTA FISCAL PAULISTA.  Não que isso  (a ideia)  seja  o supra sumo pra qualquer pessoa aderir, mas seria uma forma de condicionar as pessoas a separarem e destinarem corretamente o seu lixo  reciclável.  Já que vai ao mercado use a mão dupla e leve sua coleta seletiva  para o mercado  colaborando com a LOGíSTICA REVERSA, com o ambiente, com a cidade que mora também.
Em Curitiba há  um projeto  semelhante, trocasse  3 quilos de recicláveis por alimentos hortifrutigranjeiros, o que contribui social e ambientalmente certo?. 

 A sacolinha já foi bem vinda na sua  troca pelo saco de papel  distribuído anteriormente  a  elas. Desde então  descobriu-se uma infinidade de utilidades para as sacolinhas como catar caca de cachorro e  saco de lixo . Inventaram  também "PUXA SACOS" onde você guardava as sacolinhas enroladinhas para posterior utilização .
Nessa época os coitados sacos pretos é que sofreram, pois ninguém os  comprava mais. Enfim talvez a sacolinha tenha contribuído para o aumento do desperdício, pois facilitando o transporte as pessoas acabam levando para casa muito além do que precisariam.



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